google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Em entrevista concedida ao Estado de São Paulo o Sr. Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil, explica que por aqui tudo está sob controle. Acho que vale comentar alguns pontos da entrevista.
Tanto o Rick Wagoner, ex-presidente da GM mundial, "deposto" pelo Obama, quanto o Fritz, que assumiu o cargo, foram presidentes da GM do Brasil. Tudo que o Mark Hogan fez em termos de lançamentos no mercado nacional para honrar a antiga assinatura da GM, "Andando na Frente", foi desacelerado pelo Fritz, um financeiro. Daí concluo que ele consiga colocar a emoção de lado e fazer o trabalho que precisa ser feito agora, colocar a casa em ordem.

Nada a declarar sobre a nova fábrica no Rio Grande do Sul. No meio da crise, que aqui é bem menor, ninguém quer se comprometer com nada. Vamos ver como as coisas andarão daqui pra frente.

Infelizmente a GMB, apesar de ter a capacidade de fazer um carro do zero, ainda depende da coordenação da matriz "para não haver sobreposição de trabalho". Enquanto isso faz-se adaptações de baixo custo para o mercado local. Uma pena. Vamos ver como o Viva, um projeto local, se sairá.

Quando perguntado se o brasileiro vê o carro de maneira diferente dos outros, a resposta foi que não. Eu discordo e acho que o brasileiro tem uma ligação maior com o bem material e com a representação social do automóvel. De maneira geral, carros são sempre uma compra importante e um instrumento de imagem. Mas não vejo um apego muito grande ao bem nos Estados Unidos, Europa e Japão. Muito menos na Argentina. No Brasil não é difícil de encontrar pessoas que têm o carro como primeira necessidade, antes mesmo do que a moradia própria.

Quanto a preferências por acessórios, em que ele coloca que os brasileiros gostam de motores, rendimento e tecnologia e os americanos, de interiores. Discordo novamente. Se fosse assim não venderíamos tantos carros básicos e teríamos motores muito mais desenvolvidos. Brasileiro típico gosta de luzinhas e computador de bordo e "tiptronic" para mostrar para o vizinho. Ele também fala que brasileiro gosta de rodas, porém a grande maioria dos carros usa calotas. As rodas tem uma porção importante no visual de um carro. Além disso, a mudança de desenho de rodas é barata e fácil de fazer. Como os ciclos de vida dos produtos aqui no Brasil são mais longos, a troca de rodas a cada 2 anos dá um bom impacto no visual e é barato.

O Brasil é o terceiro maior mercado da GM, depois dos Estados Unidos e China. Acho que por isso deveríamos ter mais atenção e produtos mais modernos.

Quanto a liderança, ele diz que prestígio é mais importante. Pois é, a GM já teve muito mais prestígio e relevância no Brasil. Hoje perdeu essa imagem para as japonesas nos segmentos mais altos e não está respondendo à altura.

De qualquer jeito, todos os entusiastas do mundo amam a GM e querem ver muitos Camaros, Corvettes, Cadillacs CTS, GTOs, etc. De preferência no Brasil também. A GM tem uma aura de entusiasmo inalcançável por nenhum outro fabricante. É uma pena que nesse momento difícil essa aura não seja suficiente.

Mas eu continuo torcendo para que essa crise seja superada e os carros dos sonhos da GM se tornem viáveis e desejáveis no mundo mais real.

Segue abaixo entrevista publicada no Estado de S. Paulo.



Ontem a equipe oficial de endurance da Aston Martin venceu a 1.000 km da Catalunha, na Espanha, pelo campeonato europeu da Le Mans Series.

O carro número 007 do trio Jan Charouz, Tomas Enge e Stefan Mücke completou as 209 voltas a menos de 15 segundos do segundo colocado, o Pescarolo-Judd da dupla Christophe Tinseau e Jean-Christophe Boullion.

Essa foi a primeira vitória do Aston Martin-Lola LMP1, que marcou a estreia do carro nas pistas, e mostrou que, mais uma vez, David Richards não entrou no esporte para apenas fazer número no grid.

Mais um forte concorrente para a 24 Horas de Le Mans que ocorrerá nos dias 13 e 14 de junho.

Alguém se lembrava dessa recriação de um dos mais famosos corredores de Bonneville, feita pela GM em 2003?

O belly tank é um tipo de hot rod montado em um tanque de combustível suplementar de avião, que foram vendidos como excedentes de guerra após 1945 por mixarias que mal pagavam uma rodada de hambúrgueres com os amigos. Os motores eram quase sempre os Ford Flat-Head V-8, e muitos outros componentes vinham de Fords T e A, comprados em ferro-velho. Mas mecânicas GM e Chrysler também foram usadas, nessa época de tanta alegria, euforia e criatividade americanas.

Receita barata e que trazia diversão garantida, devido à aerodinâmica excelente. Os tanques têm esse formato pois é o mais eficiente aerodinamicamente, próximo a uma gota de água.

A So-Cal Speed Shop é propriedade de Alex Xydias, ainda trabalhando após 62 anos da fundação da oficina. Alex foi engenheiro do Army Air Corps, que voou Boeing B-17 na Segunda Guerra Mundial (só após o conflito seria criada a United States Air Force). O belly tank original foi sua criação, e o carro que ficou marcado como o mais famoso de todos os belly foi montado no tanque que custou 5 dólares.

Ainda hoje há gente fazendo carros a partir desses tanques, às vezes maiores e vindo de aviões mais novos, mas sempre obedecendo à máxima da construção amadora: "Nos Hot-Rods nada se cria, nada se perde, tudo se aproveita do lixo dos outros."

Lavoisier ficaria orgulhoso.

O jornalista Jason Vogel, entusiasta e amigão dos AUTOentusiastas, fez uma compilação dos achismos que ouvimos frequentemente em conversas sobre o mundo automotivo. Essa matéria saiu no O Globo no dia 1° de abril.


Pega na mentira!

Hoje é 1° de abril mas, para muita gente, todo dia é dia de contar uma mentira. Tenha ela perna curta ou não, que cruze os dedos quem nunca levou uma rasteira. Preparamos uma lista de lorotas, repetidas por maldade ou pura ignorância, para que o crédulo leitor não caia mais. Portanto, divirta-se e... cuidado! Nem tudo é como dizem.

NAFTALINA NO TANQUE: Diz uma antiga lenda que botar uma bolinha de naftalina no tanque aumenta a octanagem da gasolina e melhora o desempenho do carro. Até há algum sentido, já que a poeira do naftaleno é explosiva — mas para ter algum efeito seria necessário dissolver muitas bolinhas no combustível. Mesmo assim, o resultado seria duvidoso — lembre-se que nem todo carro se beneficia com gasolina de alta octanagem, como a Premium. De quebra, a naftalina deixa resíduos que podem entupir o sistema de alimentação.

ENCHENTE NA VW: A cada chuva forte, circula pela internet uma mensagem mostrando um pátio de carros alagado. O texto diz que foi na fábrica brasileira da Volks e que a imprensa nada noticiou para não afetar as vendas de automóveis. Mas quem der uma olhada melhor nas fotos antes de passar o hoax adiante notará que os carros sequer são feitos aqui. Na verdade, são da marca Skoda e a enchente aconteceu em 2003, na República Tcheca.