google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Faz tempo que estou para escrever! Assim começo meu primeiro post aqui neste blog... Fui convidado pelo Paulo Keller a particpiar aqui e ele me pediu para encrever sobre minha carreira automobilística. Comecei a escrever, mas como o os contratempos do dia-a-dia foram maiores, acabei deixando de lado. Para não deixar o Paulo na mão (depois de uns bons puxões de orelha) vou começar com outro assunto e deixar a apresentação para uma outra oportunidade - quem sabe para aqueles longos dias de "trabalho" antes do Ano-Novo.

Por que o pé gelado? Começando do começo... por escolha própria decidi experimentar outras culturas e emigrei para o Canadá em 2006. Neste tempo todo, vocês podem pensar igual àquela piada infame de um brasileiro que veio para norte dos Estados Unidos e que adorou o inverno nos seus primeiros dias, mas depois estava xingando com todas as letras a neve que não parava de cair. Pois bem, cá estou na frente do meu computador escrevendo este artigo e atrás de min uma enorme janela que vejo uma das ruas mais movimentadas de Toronto ser coberta com os flocos que não param de cair.

Mas o leitor já deve estar pensando, o que isso tem a ver com carros? Tem tudo a ver para um entusiasta. Num dia como o de hoje, onde a previsão é de mais de 20 cm de neve, as pessoas se preparam furiosamente para o que vem pela frente. Quem nunca experimentou uma nevasca como essa não tem idéia o quão complicado é dirigir numa cidade ou estrada coberta com neve.

Para isso, quem vai dirigir em condições de inverno é aconselhado a estar muito bem preparado com itens que seriam inimagináveis em terras tropicais. Aconselham a nunca dirigir o carro com menos de meio-tanque, ter cobertor, comida, água, espátula de raspar neve, cabo de resgate e cabos de bateria dentro do carro, pois caso o motorista fique preso ou saia da estrada, este deve ter condições de sobreviver até o socorro chegar, o que pode levar muitas horas. Mas tem um detalhe que muitos estão cada vez mais levando a sério e está virando lei em algumas províncias: o uso de pneus de inverno.

Posso dizer por experiência própria: sempre disse que colocar pneus de inverno é coisa de freirola e nunca tinha considerado isso, apesar da constante lembrança dos meios de comunicação e dos revendedores. Passei dois invernos por aqui com meus pneus de verão, estes duros como um porrete. Claro que sobrevivi, senão não estaria aqui para contar, mas posso dizer que não foi sem alguns pequenos sustos e muitas dançadas nas pistas cobertas de neve.

No fim de semana passado, debaixo de uma nevasca, passei reto em um cruzamento. É uma sensação estranha... estar dirigindo a no máximo 40 km/h, cravar o pé no freio e ver o sistema de antibloqueio (ABS) trabalhando que nem um louco para tentar segurar o carro, puxar o freio de mão e mesmo assim o carro passar batido, só parando um pouco mais a frente em um banco de neve. Felizmente isso aconteceu sem nenhum dano e de brinde ganhei um bom susto e a esposa gritando na orelha!

No outro dia estava decidido, a viatura iria ganhar sapatos de inverno. Após uma breve pesquisa, instalei 4 pneus de inverno e sai para testar em ruas ainda cobertas de neve. Puxa vida, quanta diferença! Passei pelo mesmo cruzamento que tinha passado reto no dia anterior e o veículo parou instantaneamente. Andei por outras ruas e o carro firme como se estivesse em asfalto. Aproveitei e fui apertar a borracha e esta estava mole, como manda o figurino.

Realmente a tecnologia do composto de borracha dos pneus de inverno (e não de neve!) realmente me impressionou. Em condições secas o carro agora freia e tem uma estabilidade muito superior em relação aos pneus de verão. Portanto, mais uma grande lição sobre carros aprendida em terras geladas!

Até à próxima!

Canadian

As discussões continuam fervorosas entre o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, e o chefão da Fórmula-1, Bernie Ecclestone.

Montezemolo fez declarações recentes sobre a forma com que a FIA controla o dinheiro da categoria e exigiu que as contas e os gastos sejam mais transparentes para as equipes, e ainda afirma que o dinheiro ganho deveria ser melhor distribuído entre as equipes. "A Fórmula 1 deveria ser como a NBA, onde uma liga com as equipes controlam o dinheiro, pois é o nosso próprio negócio."

Em contrapartida, Ecclestone retribui com bofetadas diretas. "A Ferrari recebe mais que as outras equipes e isso o sr. Montezemolo não fala. A Ferrari recebe cerca de US$ 80 milhões a mais por ano que as demais equipes. Nós (FIA) compramos a lealdade da Ferrari. (...) e no lugar de pedir dinheiro, ele deveria distribuir o extra que ganham entre as outras equipes."

Esta discussão, com certeza, ainda vai longe.

Foi naquela mesma viagem. Depois de alguns dias rodando pelos Alpes, depois de muitos quilômetros de sinuosas e fantásticas estradas de vários países, lembro de ter parado em algum café, logo após um passo de montanha, na minha frente um lago espelhando o céu azul, um capuccino fechava o cenário...

Eu conversava com meus novos amigos, muitos americanos, e lembro de ficarmos um minuto em silêncio, olhando a paisagem e esquentando o corpo com a bebida quente. Não foi combinado, simplesmente aconteceu e parecíamos estar todos com o mesmo olhar perdido.

Todos pareciam ter a mesma sensação de incompreensão, aumentada pelo fantástico cenário à nossa frente, pela incrível viagem que estávamos fazendo e pelos novos amigos. Ficou claro que somos todos muito parecidos. Mudava a língua, mas a paixão pelas motocicletas e pelas estradas e o companheirismo eram muito, muito parecidos.

CONTEXTO: a viagem começou 4 dias depois do 11 de setembro de 2001. Muitos americanos não conseguiram voar para a Europa devido à confusão em que o mundo se encontrava naqueles dias.

Depois de alguns dias na estrada, alguns cenários inesquecíveis, a relativa solidão no capacete nos faz pensar porque o mundo estava daquele jeito. E nos leva à certeza que o mundo é o que nós fizermos com ele.

Faça o mundo melhor. Em pequenos e grandes atos, mas faça. Comece com o espírito natalino, se quiser, mas não pare. Respeite o próximo, seja gentil no trânsito, um minuto a mais não vai te fazer falta.

Um bom Natal e ótimo 2009 a todos!

MM

NOTA: a foto é apenas ilustrativa, não é nem na Europa. Mas o cenário era sereno como esse.
Desde que este blog existe há quatro meses, paira uma discussão entre os blogueiros: carro é masculino ou feminino? Cheguei a postar uma matéria a respeito no dia 20 de outubro intitulada "Um ou uma?". Em especial, o Bill Egan é dos mais fervorosos defensores do feminino, em especial ao se referir ao Alfa Romeo. Ele gosta de falar "a Alfa".

Pela minha atividade profissional, que é o jornalismo especializado em veículos e também pelas minhas "horas de vôo" — tenho 66 anos — ofereci-me para ser o revisor das matérias, o que o administrador do blog, o Paulo Keller, aceitou de bom grado. Por que me ofereci, para isso tendo que dedicar parte do meu tempo? Pelo mesmo motivo que me norteia ao escrever qualquer texto: respeito ao leitor. Acho que todos têm direito a um texto claro, com gramática e ortografia corretas, bem como a determinados conceitos, gênero dos automóveis um deles.