google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Um de nossos leitores, Ony Coutinho Júnior, nos enviou um link para o blog da sua maravilhosa coleção de DeSotos.
Vale a pena conferir no link: DeSoto Ony

A DeSoto era uma marca da Chrysler criada em 1929 para ocupar uma faixa intermediária de preço. Mas logo em seguida a Chrysler comprou a Dodge e existiu uma sobreposição de marcas. Em 1934 o DeSoto Airflow foi lançado seguindo a tendência streamline e tinha como marca registrada a grade dianteira que lembra uma cachoeira. Além disso, a carroceria do Airflow era inteira de aço, enquanto a GM, a Ford e a própria Chrysler ainda usavam aço e madeira. O Airflow era o único modelo da DeSoto e tinha um irmão Chrysler com entreeixos maior. Ambos não foram bem aceitos pelos consumidores, que talvez não estivessem preparados para o desenho inovador. Isso levou a Chrysler a uma postura mais conservadora até a chegada do mago Virgil Exner nos anos 50.

Mas falando em DeSoto lembrei de um fato interessante. Outro dia desses folheando um livro sobre a história da Toyota, descobri que o Modelo AA da Toyota (seu primeiro modelo de produção) era uma cópia do Airflow com um motor que também era uma cópia do Chevrolet Stovebolt.

Quem diria que chegaria um dia em que a Toyota seria o maior fabricante do mundo e a GM e a Chrysler estariam à beira da falência!

AIRFLOW
Toyota AA

Ao contrário do amigo Milton, meu relato é sobre uma viagem de 1.000 km ao volante de uma gigantesca E-350 pela I-75, de Miami a Tampa (ida e volta). A maioria nem liga, eu mesmo prefiro mil vezes andar numa estradinha sinuosa com um carro bom de curva, esticando marchas, mas sei que tem gente que curte o estilo 'bus driver'.

A vanzona é dócil, mas pede pequenas correções em retas. Bem diferente da Dodge Caravan que usamos na semana seguinte, que mantinha 140 km/h como um carro de passeio menor. Sente bem vento lateral e exige que o motorista fique esperto em algumas condições. Permite cruzar a 120/130 km/h numa boa (corta a 140 km/h, nós experimentamos), com 10 pessoas mais um monte de bagagens, num silêncio invejável. É impressionante como o motor está ali do lado do seu pé direito e você nem percebe, tal a suavidade e o silêncio do V8 Ford de 5,4 litros.

Não dá emoção nenhuma, a não ser que você comece a inventar moda, mas aí a coisa pode ficar feia, afinal, são mais de 5 metros e 2,5 toneladas de carro pra controlar. A curtição é outra, viajar com um monte de amigos, ouvindo uma música legal, ar-condicionado mantendo o clima civilizado e aquela parada obrigatória para se entupir de 'junk food' em qualquer local FORA da estrada. Sim, nessa interestadual não há nada nas margens do asfalto, nem posto de gasolina. Fica tudo em cidadelas pelo caminho, que te obrigam a sair do (e voltar para o) leito principal por longas agulhas, que te permitem alcançar velocidades compatíveis antes de se misturar ao trânsito.

No fim da bagunça, uns 5,5 km/l, razoável pro monte de gente e tralha que ela levou, sempre acima de 100 km/h em estradas.

O novo Jaguar XF já passa por momentos típicos de um verdadeiro Jaguar: Problemas.

Dois recalls recentes convocam os proprietários do novo XF para duas ocorrências detectadas neste mês. A primeira é referente à fixação do cinto de segurança traseiro, que pode apresentar falhas. A segunda, como não poderia deixar de ser, é de ordem elétrica. Problemas na fiação do painel podem fazer com que avisos sonoros e outras funções deixem de funcionar corretamente.

Ingleses...

Há sensações que um bom entusiasta precisa ter, pelo menos uma vez. Uma delas é uma viagem com um bom conversível.

Liberdade. Um conceito que pode ter diversas representações, ligadas ao emocional e ao subconsciente. Assim podemos resumir o significado de passar algumas horas dirigindo sob o sol, vento ao rosto e velocidade, sem preocupações, a não ser a busca pela paz de espírito. E de preferência, a bordo de um bom esportivo.

Cinto de quatro pontos afivelado, motor já aquecido, partimos em direção à estrada, rumo ao interior de São Paulo. Primeiro trecho, uma larga estrada com grandes retas, mas movimentada. Bom começo de viagem. Algumas esticadas quando não há trânsito ajudam a criar um ambiente diferenciado, mas ainda não é este o ambiente que queremos.

Após sair da primeira via, partimos para a estrada paralela, de mão dupla, sinuosa e em meio à vegetação, esta criando sombra agradável ao longo da pista. Aí sim, começa a verdadeira viagem. Estrada vazia e tranqüila, as faixas não são estreitas e permitem uma movimentação lateral mais ampla e segura. Segunda marcha, motor virando e urrando alto logo atrás dos bancos, primeiras curvas e logo percebemos o quão certa é a escolha por um pequeno esportivo. Carros maiores, como os clássicos americanos dos anos 50 e 60 são ótimos também, mas para viagens em estradas mais retas, largas e ao som do good ol' rock' n' roll.

Pela sinuosa via não há espaço para altas velocidades, mas nem precisa. Só com segunda e terceira marchas já é o suficiente para se divertir muito, e ainda dentro dos limites de segurança. Afinal, nem só de alta velocidade é feito um carro. Em alguns trechos, passamos para quarta para aliviar um pouco o motor, que até então trabalhava sempre perto do corte, lá pelas 7.200 rpm, "virando como se não houvesse o amanhã". Intercalando curvas mais fechadas e outras mais abertas, em subida e em descida, pequenas retas para aliviar um pouco a adrenalina. Um carro bem equilibrado não vai transmitir nada fora do esperado, a não ser alegria, e a tal da liberdade que realmente todos precisamos um dia.