google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Em 2006 a onda tuning estava no seu auge no Brasil e coisas como esse 300 C exibido no Salão do Automóvel (naqueles estandes que ficam nas laterais) não eram difíceis de se encontrar nos diversos salões de tuning que estavam acontecendo.
Ainda bem que essa onda está passando.

photo of the day: Salão 2006

Nos anos 60 e 70, a Porsche se dedicava profundamente ao automobilismo. Como ela não participava do campeonato de Fórmula 1, a dedicação era total nos campeonatos mundiais de Esporte-protótipo e Endurance. A Porsche já havia se consagrada em Le Mans e Daytona com o 917, além de outras provas européias com os modelos 908 e 910. O grande desafio da fábrica de Stuttgart era o campeonado Canadian-American, ou Can-Am, disputado nos Estados Unidos e Canadá. Seus maiores rivais eram os carros de Bruce McLaren, que vinham dominando a categoria em função da força bruta dos motores V8 de grande deslocamento volumétrico.

O motor do 917, um boxer 12 cilindros não era competitivo o suficiente para combater os McLaren. Então a engenharia da Porsche, na época liderada por Ferdinand Piëch, criou um motor experimental que seria a solução para poder combater os McLaren. Foi desenvolvido um novo motor baseado no já existente modelo 912 (não confundir com o Porsche 912), mas agora contendo 16 cilindros, com a mesma construção básica e possibilidade de deslocamentos que variavam de 6 até 7,2 litros, pois o regulamento do Grupo 7, em que o carro corria, era praticamente ilimitado em termos de restrições de powertrain. O novo motor nunca recebeu um código de identificação próprio.

Há algumas controvérsias sobre quantos motores exatamente foram feitos, pois a Porsche fabricara diversas peças extras, mas registros apontam que três motores completos foram montados na época, dois para testes de bancada e outro que foi montado no chassi 917-27, ou 917 PA. Este chassi foi bastante modificado para receber o novo motor, que era bem maior que o 12-cilindros. Mark Donohue testou o carro e, em suas palavras, "Essa coisa é um monstro, era possível ouvir um lado do motor funcionar antes do outro". Não era à toa, pois este produzia algo próximo dos 800 cv e foi o mais potente motor aspirado que a Porsche já produziu.

Mas o tão brilhante monstro que Piëch havia criado nunca foi inscrito em uma corrida, pois outro desenvolvimento paralelo ao 16-cilindros mostrou-se mais eficiente. Com a adoção de sobrealimentação no motor 912, a Porsche havia extraído 950 cv, em um conjunto mais compacto e leve, que não gerava a necessidade de modificar os diversos chassis de 917 para receber o novo motor. Planos de produção de um carro especialmente projetado para receber o 16-cilindros foram arquivados e a fábrica direcionou seus esforços nos motores turboalimentados. Atualmente existem dois motores 16-cilindros, um deles no chassi 917-27 original e outro, completo, está guardado na fábrica da Porsche.


Em 2005 a Audi rompeu com a Senna Import e assumiu o negócio no Brasil.
Mas em 2006 o estande da Audi no Salão ainda era bem grande e repleto de novos modelos, como a RS4 da foto. No período da Senna Import o A3 produzido no Brasil chegou a vender mais de 800 unidades por mês e se tornou o sonho de consumo de muitos entusiastas (e muitos playboys).
Em 2008, com vendas mensais de aproximadamente 150 unidades, a Audi nem estará presente no Salão. Uma pena!

photo of the day: Salão 2006
Como sou apaixonado pela Fórmula 1 desde os tempos de Jim Clark, mesmo depois do nosso grande Senna ter ido participar de corridas em outros mundos, só perco um GP em caso extremo.
Mesmo não acreditando que Felipe Massa tivesse alguma chance de ser campeão do mundo neste ano, principalmente depois da classificação para este Grande Prêmio do Japão, coloquei o despertador para a 1:00 e levantei. Estava certo de que iria ver um belo show de pilotagem da geração pós-Schumacher. Hamilton largando na ponta, Räikkönen em segundo, Alonso em quarto e Massa em quinto eram indícios de que teríamos belas disputas.
As luzes vermelhas se apagam e Räikkönen pula na frente. Hamilton cai para segundo, mas numa manobra de coragem e habilidade, mais uma vez neste campeonato ultrapassa Räikkönen. O homem de gelo, que anda meio que derretendo ultimamente, toma um susto, se atrapalha junto com seu compatriota Kovalainen e acaba atrapalhando meio mundo, inclusive seu companheiro de equipe na Ferrari. Mais confusão pela frente e de repente lá está Massa ultrapassando Hamilton. Mais na coragem do que na técnica e escapa da pista. Na volta bate na roda traseira do carro de Hamilton e o faz rodar. Até aqui, se pensássemos com cabeça de temporadas atrás, tudo acidente de corrida. Para mim Massa era passível de punição não por má intenção, mas por afobação.
A partir daí abrem-se as cortinas e começa o festival de "besteiras". O grande narrador brasileiro da emissora global, dono da verdade absoluta, que entende de todos os esportes, desde corrida de cães amestrados da Transilvânia até corridas de barco com um remo só no lado esquerdo, coloca sua bola de cristal em ação e começa a desfilar uma série de conclusões que "prefiro não comentar".
A se julgar pela conduta adotada ultimamente pelos responsáveis pela FIA, em nome da coerência, o próximo passo seria uma punição ao Massa.
Paciência. Faz parte do jogo.
Aí vem a primeira surpresa!!!!!!
Estão sob investigação os pilotos dos carros 1, 2 e 22.
Carro 1? Mas esse é o carro do Räikkönen, o que será que ele fez?
Logo em seguida à surpresa passo ao susto. Räikkönen está envolvido numa investigação sobre as manobras na largada.
Ué, mas o que ele fez de errado?!!!
Finalmente, do susto ao absurdo. Massa e Hamilton punidos. Massa, pelo toque em Hamilton. Mais do que lógico, correto e Hamilton pela manobra na largada!!!!!
O quê?!!!!!!
Alguém um dia colocou uma regra na Fórmula 1 em nome da segurança: "Quem chegar à frente na primeira curva logo após a largada não deverá ser ultrapassado. A partir daí salve-se quem puder." Só que esqueceram, por interesses outros, que a reta do Japão é muito longa e que possibilita ultrapassagens seguras, mesmo nas condições de largada.
Aí, o que aconteceu ? Vamos dar mais uma paulada no Ron Dennis e sua turma.
Com isso, novamente por desaforo, Hamilton não pontuou e Massa diminuiu a diferença de 7 para 6 pontos.
Para os brasileiros, ótimo, não?
Não, foi legal mas imoral.
Parou por aí?
Não!!!!!!
O pessoal da FIA achou pouco o castigo dado ao desafeto. "Vamos ferrar mais um pouco. Vamos inventar uma nova regra, dar uma punição ao Bourdais e dar mais um pontinho para a Ferrari, diminuindo diferença para 5 pontos."
A partir do início da corrida de hoje, está passível de punição qualquer piloto que se atrever a esbarrar nos carros da Ferrari.
Não é porque a Ferrari atrapalhou demais os seus pilotos nesta temporada que FIA precisa compensar. Não foi nem na calada da noite que fizeram a safadeza, foi à luz do dia!!!!
Pô!!! Sou brasileiro, torço pelo Massa, mas assim é demais!!!!!