

Robert A. Lutz, o Bob Lutz, é o vice-presidente de Marketing e Comunicações da nova GM. Na antiga GM, ele ocupava desde setembro de 2001 o cargo de maior autoridade no desenvolvimento dos carros da empresa, e trabalhava como um guru, dando diretrizes básicas e acompanhando os desenvolvimentos ao redor de todas as divisões mundias que realizavam projetos.
Havia sido anunciado que Lutz se aposentaria no final de 2009, mas a GM voltou atrás, e o manteve em cargo de liderança, já que seus pensamentos são necessários para manter um tipo de contraponto ao que um comitê decide como sendo mais racional. Não que ele seja ilógico, apenas exprime-se de forma direta e sem meias palavras, e com uma grande dose de entusiasmo por automóveis, algo que ele assumidamente é.
Para deixar claro o que pensa, de forma direta, cunhou suas leis, que veremos a seguir.
Esse suíço nascido em 1932 tem uma história vasta na indústria automobilística, tendo antes atuado como fuzileiro naval (marine) de 1954 a 1965, onde pilotava aviões de ataque a jato, tendo obtido o posto de capitão. Há um bom tempo coleciona carros, motos e também tem alguns poucos aviões, inclusive a jato (um Aero L-39 de treinamento e ataque) , que ele mesmo pilota. Filho de diretor de banco suíço, podemos imaginar que dinheiro nunca foi uma de suas preocupações primordiais, e se com essa idade (77 anos) permanece ativo em um cargo de responsabilidade enorme em uma empresa tão complexa como a GM, é de se louvar a vontade de produzir e deixar uma marca positiva na sua história.
Iniciou sua carreira civil em 1963 na GM, e trabalhou na Opel, Ford Europa, e BMW. Após cruzar o Atlântico, ingressou na Chrysler, e depois de participar ativamente da segunda grande recuperação da empresa, foi trabalhar em fornecedores de autopeças, e retornou à GM em 2001.
Nesse tempo todo, alguns carros em que Lutz trabalhou e tomou importantes decisões definidoras de características foram:
Ford Sierra
Ford Sierra
BMW serie 3
Plymouth Prowler
Dodge Viper
Pontiac GTO, versão americana do Holden Monaro
Saturn Sky
Chevrolets Camaro e Malibu
Cadillac CTS
Buick Enclave e Lacrosse
Antes de retornar à General Motors em 2001, participou do projeto do Cunningham C7, um supercarro americano que não chegou a ser construído.
Mas o produto onde exerceu maior influência, ao menos como guardião do projeto, foi o Dodge Viper. Lutz arriscou o pescoço ao manter uma equipe trabalhando de forma extra-oficial, para aprontar os protótipos visando a aprovação para produção. Isso após a direção da empresa deixar claro que o Viper não era desejável, devido ao custo de desenvolvimento e aos pequenos números de vendas previstas.
Mas o produto onde exerceu maior influência, ao menos como guardião do projeto, foi o Dodge Viper. Lutz arriscou o pescoço ao manter uma equipe trabalhando de forma extra-oficial, para aprontar os protótipos visando a aprovação para produção. Isso após a direção da empresa deixar claro que o Viper não era desejável, devido ao custo de desenvolvimento e aos pequenos números de vendas previstas.
Como ele é um executivo entusiasta, apoiou o time criador, até chegar a um ponto em que não era vantagem cancelar o projeto. O que se viu foi o Viper como carro de sonho de meio mundo, fazendo a imagem da Chrysler melhorar muito, após períodos de baixa e falta de confiança quase que totais dos compradores.
Lutz é tido como um executivo de fibra. Mesmo que erre às vezes, tem sempre opiniões firmes, não ficando em cima do muro. Como ele mesmo diz, "frequentemente errado, mas raramente em dúvida".
No seu livro "Guts", listou as sete leis que sempre governaram sua atuação profissional, e deixa muito claro ser um entusiasta do automóvel, que sabe que a maioria dos consumidores não o são mas pagam as contas das empresas. Essas leis foram acrescidas de mais uma na reedição de seu livro, que pode ser facilmente encontrado à venda em diversos sites.
As leis de Lutz são espetaculares, e concordamos plenamente, já que ele conhece o negócio automóvel como um todo: o carro, a indústria, os governos e as pessoas.
No seu livro "Guts", listou as sete leis que sempre governaram sua atuação profissional, e deixa muito claro ser um entusiasta do automóvel, que sabe que a maioria dos consumidores não o são mas pagam as contas das empresas. Essas leis foram acrescidas de mais uma na reedição de seu livro, que pode ser facilmente encontrado à venda em diversos sites.
As leis de Lutz são espetaculares, e concordamos plenamente, já que ele conhece o negócio automóvel como um todo: o carro, a indústria, os governos e as pessoas.
Uma de suas frases ótimas se refere aos profissionais que desenvolvem automóveis: "If you pay peanuts, you got monkeys". Numa tradução livre, "Se você paga pouco, terá profissionais sem opinião".
As Imutáveis Leis de Negócio de Lutz:
1- O consumidor não está sempre certo.
2 - O objetivo primário do negócio não é fazer dinheiro.
3 - Quando todo mundo está fazendo alguma coisa, não faça!
4 - Excesso de qualidade pode arruinar você.
5 - Controles financeiros são um mal.
6 - Pessoas que causam problemas por quererem sair do usual são um bem.
7 - Trabalho em equipe nem sempre é bom.
8 - Quando você herda um ninho de ratos realmente grandes, não tente atraí-los para fora com comida. Use um lança-chamas.
No original inglês,
Lutz's Immutable Laws of Business:
LAW #1: The Customer Isn't Always Right
LAW #2: The Primary Purpose of Business Is Not to Make Money
LAW #3: When Everybody Else Is Doing It, Don't!
LAW #4: Too Much Quality Can Ruin You
LAW #5: Financial Controls Are Bad!
LAW #6: Disruptive People Are an Asset
LAW #7: Teamwork Isn't Always Good
LAW #8: When You Inherit a Really Big Rat's Nest, Don't Try to Lure Them Out With Food. Use a Flamethrower
Temos certeza que Bob Lutz irá fazer um trabalho diferenciado nessa sua nova fase.
JJ