google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Coluna 2614  26.junho.2014          rnasser@autoentusiastas.com.br        

Do bom Encontro de Antigos em Araxá
Encerrado o XXI Encontro Nacional de Veículos Antigos, adequadamente realizado no arquitetonicamente imponente Grande Hotel de Araxá, MG, a dúvida sobre a concorrência com outro evento em Águas de Lindóia, SP, dissipou-se. Araxá, como usualmente chamado, mostrou sua fórmula correta: veículos de qualidade; esforço para apresentar novidades; público qualificado; leilão de antigos. Dos veículos relevantes, Ferrari 212 Barchetta, restaurada no Ferrari Classiche, departamento desta fábrica para cuidar dos antigos; Bugatti 1938 carroceria Grangloff Stelvio; Alfa Romeo 2500 carroceria Boneschi, de 1950; Cadillac V-16, 1939 e, curioso e raro Cadillac 1958, sedã 4-portas sem coluna, versão Brougham, teto em aço escovado, de aparência incrivelmente leve sobre a carroceria com linhas bolhosas e excessos típicos do final dos anos 1950.

Ferrari 212 Barchetta

Alfa Romeo 2500 Boneschi

Vista do evento



A Continental aplicou no pneu ContiPowerContact (foto acima) o que classifico como o maior avanço em prol da segurança ativa, a marca TWI Wet. Como muitos sabem, a marca TWI (tread wear indicator, indicador de desgaste da banda de rodagem), em número de quatro e dispostas a 90° uma da outra, estão a uma altura correspondente a uma profundidade de sulco de 1,6 mm. Quando um pneu ultrapassa esse desgaste é considerado ilegal e leva tanto à apreensão do veículo quanto à recusa das seguradoras em saldarem um sinistro.

Só que tal profundidade de sulco, 1,6 mm, é completamente inservível em piso molhado por não drenar água, motivo para recomendarmos aqui no Ae trocar os pneus quando chegarem a 4 mm de profundidade de sulco, a metade de um pneu novo, se o objetivo é minimizar o mais possível a possibilidade de perigosa aquaplanagem. Inclusive, essa questão foi parte do polêmico post "Pneus novos na dianteira, por favor", de 3 de janeiro de 2010 (leia), uma vez que os fabricantes de pneus recomendam pneus novos atrás e os usados na frente em caso de troca de apenas dois pneus, omitindo — irresponsável e criminosamente, eu diria — o fato de que um pneu na dianteira tendo chegado à TWI ou perto dela é um sério risco à segurança pelo alto risco de aquaplanagem.

O que a Continental fez, e merece todo o aplauso do AUTOentusiastas e de quem preza a segurança ativa foi aplicar uma segunda TWI, a TWI Wet (molhado), que corresponde a uma profundidade de sulco de 3 mm. Seguindo essa valiosa orientação, os proprietários de automóveis terão noção exata da profundidade de sulco que garanta um mínimo de drenagem de água, reduzindo drasticamente, se observada, as possibilidades da perigosa aquaplanagem. Muitas vidas certamente serão poupadas.

Parabéns, Continental! Que seja imitada logo.

BS



O Jeep novinho em folha no jardim do Centro de Pesquisas da Ford em São Bernardo do Campo

O Jeep, um dos mais famosos veículos fora-de-estrada da história, foi usado intensamente pelo exército dos Estados Unidos e pelas forças aliadas durante grande parte da Segunda Guerra Mundial. Desenvolvido inicialmente pela empresa Bantan, seu projeto foi repassado para a Willys-Overland que, após o final da guerra, percebeu que o utilitário também era cobiçado pela população civil pelo que se conheceu de seu desempenho nos campos de batalha através dos noticiários. 

Para isso registrou para si o nome Jeep e lançou o CJ (civilian Jeep), uma vez que a Ford fora a maior fabricante do Jeep no conflito, graças ao seu poderio industrial, e poderia eventualmente querer produzir um veículo com as mesmas aptidões, dando-lhe o já popular nome.

Em nossa terra, o Jeep foi lançado pela Willys-Overland do Brasil em 24 de fevereiro de 1954 já o CJ-3B.

Em um país que se ressentia da qualidade das suas estradas, o Jeep topava qualquer desafio em qualquer terreno. Sua tração nas quatro rodas e reduzida tornaram-no o veículo ideal para o Brasil nos anos 1950, quando a esmagadora maioria dos caminhos não tinham pavimentação, eram em terra. Isso explica o por que a Willys vendeu mais de 50.000 Jeeps no Brasil, no período de 1954 a 1960.

De 1954 a 1957 o Jeep era ainda equipado com o motor 4-cilindros F-134 Hurricane e câmbio de três marchas com primeira não sincronizada (134 era a cilindrada em polegadas cúbicas).  A partir de 1958 um novo motor passa a equipar o Jeep, o BF-161 (pol³), de 6 cilindros e 2.638 cm³, fundido e fabricado no Brasil na fábrica de Taubaté (SP). O seu índice de nacionalização chegava perto dos 80%, um feito para a época de início da indústria de automóveis no Brasil. Agora era o CJ-5.

Motor BF-161 Hurricane

Fotos: autor

BMW 2002 ti Alpina 1969

Eu tive o prazer de visitar o XXI Encontro de Automóveis Antigos que foi uma das atividades Brazil Classics Fiat Show 2014 em Araxá (MG). Como prometido, as fotos do encontro foram postadas no Instagram e Facebook duarante a visitação do encontro. 

Sei que muitos leitores acompanharam em tempo real, mas outros não seguem as mídias sociais. Como são mais de 300 fotos feitas com o celular e mais 300 com câmera fotográfica ainda não foi possível montar um álbum completo. 

No entanto, para não deixar passar muito tempo, resolvi postar os destaques que mais me atraíram.

20 detalhes interessantes

"Spirit of Ecstasy", um dos ornamentos mais famosos de todos os tempos em um versão de joelhos