google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor


A Strada cabine dupla de três portas foi lançada em outubro do ano passado. Na ocasião só tive oportunidade de andar na topo de linha Adventure, de motor 1,75-litro. Ficou faltando conhecer a intermediária, a Trekking, o que ocorreu agora. O Arnaldo já havia feito o "no uso" da Adventure, mas na ocasião, por uma questão de logística da Fiat, recebeu a Trekking antes, tanto que o post dele acabou sendo um "duplo no uso". Eu pretendia aproveitar para dirigi-la, mas nos poucos dias em que o Arnaldo ficou com ela eu estava em viagem ao exterior. Por isso solicitei uma Trekking para ver como ela é no dia a dia. E gostei.

No lançamento ela custava R$ 48.360, mas partir de janeiro o IPI reduzido recuperou-se em 2 pontos porcentuais, saltando de 7% para 9%, e seu preço atual é R$ 51.750. Com todos os opcionais saía por R$ 53.788,  11,2% mais — hoje, R$ 57.460. Cores metálicas, como a prata Bari da Strada testada, mais R$ 1.140.

Estilo bem trabalhado, visual agradável; há degraus no pára-choque traseiro




F-1 discute plano de vôo






Mercedes usou slogan da Red Bull para celebrar sexta vitória de 2014

Nova dobradinha da Mercedes marca fim de semana de surpresas e debates: cada vez mais a F-1 se dá conta da necessidade de reinventar seu modelo de negócios, algo que o automobilismo brasileiro vive há tempos. Massa largou na pole e terminou em quarto, atrás do companheiro de equipe.
 
Placar do ano após 8 rodadas: Rosberg 165 x Hamilton 136 (Foto Mercedes-Benz)


Em um fim de semana que começou com uma surpreendente primeira fila ocupada por Felipe Massa, na pole position, e Valteri Bottas, a Mercedes ignorou solenemente o manifesto da equipe Williams e ao final do GP da Áustria conquistou a sexta dobradinha em oito provas já disputadas na temporada 2014. Se o resultado foi encarado como fato consumado, a intensidade das conversas em torno do que fazer para resgatar a F-1 de uma decadência cada mais notável foi levada bem a sério em um fim de semana de festa padrão Red Bull, a marca que colocou o país de Niki Lauda novamente no calendário da categoria.
Foto: negocioseveiculos.com.br


Por favor, gostaria de ser informado se no Brasil — o quarto maior mercado de automóveis do mundo — há quem fabrique peruas derivadas de sedãs médios. Claro que não há, porém o absurdo de não haver me parece tão grande que mesmo eu, um informado jornalista da área, de vez em quando me pego duvidando se é isso mesmo.

Vejamos. A Fiat fabrica a Palio Weekend e a Volkswagen, a SpaceFox, que são boas peruas, porém, para muitas famílias, como a minha, elas não satisfazem em questão de espaço interno, conforto, capacidade de bagagem etc., já que derivam de hatches compactos e não de sedãs médios. A Weekend Attractive só vem com motor 1,4-litro. Se você costuma viajar carregado e a quiser com um motor um pouco mais forte, o 1,6-l, terá que partir para a Trekking, ou seja, terá também que levar aqueles plásticos pretos envolvendo pára-lamas, além de outras peças decorativas feitas para agradar os jipeiros e que podem não cair no seu gosto. Uma perua; só uma perua normal, de asfalto e ocasionalmente terra, se necessário for, já que qualquer carro encara barro.

VW Passat Variant (foto en.wikipedia.org)

Fotos: autor



Apesar das dificuldades que o mercado automobilístico local vem encontrando, os tempos de vacas gordas da nossa economia e a tributação adicional de IPI para carros importados contribuíram para a tomada de decisão de marcas premium se instalarem no Brasil. E com isso BMW, Audi, Mercedes-Benz e Land Rover estão construindo suas fábricas. Com medo da "invasão chinesa", os fabricantes já instalados aqui bateram na porta no governo e pediram providências. Afinal, carros importados já estavam chegando na mesma faixa de preços dos nacionais. Como o governo não gosta de facilitar nada para ninguém, ao invés de implementar medidas para facilitar o desenvolvimento da indústria local e com isso atrair mais investimentos, decidiu dificultar mais ainda as coisas com o aumento em 30 pontos porcentuais  do IPI. Como nosso mercado é um dos maiores do mundo — o quarto — e os principais mercados já estão bem saturados, não restou outra alternativa para as marcas premium aumentarem suas vendas no Brasil a não ser produzindo localmente. Estamos ganhando novas fábricas ou atualizando já existentes (Audi), mais empregos, disponibilidade e confiança para comprar carros de luxo (melhor pós-venda). 

Além disso, a "invasão chinesa" foi contida. Mas o mercado de carros de luxo é de cerca de 50.000 unidades por ano e mesmo com a produção local não deve ultrapassar as 100.000 unidades. Praticamente irrelevante perto dos 4 milhões de unidades do mercado total. Além disso, essa política nada fez para os preços dos carros já fabricados no Brasil diminuírem de preços. Muitos podem achar que os preços dos de alguns importados caíram, mas na realidade eles voltaram ao patamar de antes do aumento do IPI. Isso nos modelos que serão fabricados no Brasil, que já contam com redução do IPI antecipadamente. Um reflexo disso é que quando forem fabricados aqui os preços não devem cair. 

Vermelho é a cor do A3 sedã