google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS



No dia 13 de abril publicamos o post (Des)graças brasileiras, em que uma das três desgraças falava da decisão da administração do trânsito de Porto Alegre em estabelecer o tempo fixo de 30 segundos de sinal aberto nas faixa de pedestres da capital gaúcha, nada menos que o triplo ou o dobro do tempo atual. Dissemos — vaticinamos? — que a medida, totalmente desnecessária e dissemos por que (está no post citado), seria fatal para a fluidez do trânsito, que já crítica em certos horários. Foi exatamente o que aconteceu hoje. A cidade parou.

Pois bem, agora no final de tarde chega a notícia pelo portal da TV Gaúcha, através do leitor Rodolfo O. Flesch, como anteriormente, de que o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT-RS), confirmou ao programa Gaúcha Repórter que vai vetar a emenda número 2 do Estatuto dos Pedestres, aprovada na Câmara dos Vereadores da Capital, que prevê um tempo mínimo de 30 segundos para a travessia de pedestres nas sinaleiras (faixas de pedestres semaforizadas).

Para o prefeito, diz a nota, "é importante que o pedestre possa atravessar com extrema segurança as vias de Porto Alegre, mas isso não pode impactar na mobilidade". Por isso Fortunati garantiu o veto.

A confirmação sobre o veto foi dada após a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) dar início nesta terça-feira a um teste nas principais vias que levam à região central da Capital, com o aumento do tempo nas sinaleiras. Fortunati afirmou também que já solicitou a normalização do sistema pela EPTC, que prevê 12 horas para o trabalho de reprogramar 238 semáforos.

Como se vê, trânsito no Brasil não é mesmo tratado com a seriedade que precisa. Que gente mais burra e irresponsável! Será para isso que esses imbecis são eleitos?

Bob Sharp
Editor-chefe
AUTOentusiastas







Estande da Audi no Salão de Genebra deste ano: tudo branco (foto Bob Sharp)


O AUTOentusiastas dá boas-vindas a Carlos Meccia, que passa a integrar o seu quadro de editores. Engenheiro mecânico, trabalhou nada menos que 40 anos na Ford Brasil Ltda (hoje Ford Motor Company Brasil), onde se aposentou. Com essa bagagem de conhecimentos e experiência, Carlos Meccia tem muito o que contar.
Ele estréia com o um texto singelo, quase uma "amostra grátis", porém significativo, a influência da cor do automóvel sobre o consumo de combustível. Tenho certeza de que você gostará.

Bob Sharp
Editor-chefe

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AUTOMÓVEIS BRANCOS CONSOMEM MENOS COMBUSTÍVEL


A cor branca em automóveis tem aumentado consideravelmente no Brasil e no mundo, sendo cada vez mais a preferência do consumidor. Segundo a Axelar, fabricante de tintas automobilísticas, a cor branca se faz presente em aproximadamente 30% dos veículos zero-quilômetro, em termos mundiais.

Modismos à parte, as cores claras, principalmente a branca, oferecem vantagens, ajudando a reduzir o consumo de combustível e o nível de emissões de poluentes pelo escapamento dos automóveis.

Qual é a mágica? Pura física aplicada somente.  As cores claras, como a branca, refletem mais os raios solares incidentes na superfície do veículo, ajudando manter a temperatura no interior da cabine mais baixa. Assim, o compressor do ar-condicionado, que é acionado pelo motor, fica ligado menos tempo para manter o conforto interno. A troca de calor entre o motor e o ambiente também é favorecida devido à menor temperatura do capô do motor, permitindo que o ventilador do radiador funcione menos.




As taxas de Ecclestone

 





Slavica e Bernie, juntos mesmo após a separação em 2009 (Foto Rex Features)

Enquanto prossegue seu julgamento na Alemanha, Bernie Ecclestone vê crescer o cerco à sua fortuna na Inglaterra. Vettel ganha carro novo para tentar vencer novamente e De Silvestro testa em Fiorano sonhando com presente de Natal

A vida de Bernie Ecclestone tem ficado mais animada a cada dia que passa e não necessariamente por causa do que ocorre nas pistas do Mundial de F-1. O julgamento do processo que envolve a propina paga ao alemão Gerhard Gribkowsky faz surgir possíveis resultados de investigações sobre a forma com que o bilionário cuida da sua fortuna. Os comentários mais recentes falam em dívidas com o fisco inglês supostamente superiores a £ 1 bilhão (cerca de R$ 3,76 bilhões) teriam sido quitadas com um pagamento de uma pequena fração desse valor. Além disso a imprensa inglesa explora o acordo financeiro resultante do seu divórcio com a croata Slavica Radić, que renderiam a ele entradas mensais de aproximadamente R$ 18.797.000.

Enquanto aguarda a segunda sessão do julgamento em Munique, quinta-feira, Ecclestone negou o possível acordo e mantém a calma e a fleuma que o caracterizam. As denúncias que vazaram na imprensa britânica são o resultado de nove anos de investigações do imposto de renda da Inglaterra sobre a estrutura fiscal dos seus negócios em torno da promoção e realização do Campeonato Mundial de F-1. Aos 83 anos de idade, o dirigente poderá finalmente ser substituído no comando da categoria caso a Justiça alemã o declare culpado.


Vettel terá chassi novo na Espanha

 

Superado por Ricciardo, Vettel  vai ganhar chassi novo (Foto Getty Images)




O  jornalista Boris Feldman, editor de Veículos do jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte, publicou na semana passada comentário sobre extintores de incêndio que bem mostra a roubalheira a que estamos sujeitos na velha e absurda questão da obrigatoriedade do extintor de incêndio nos automóveis. Considero a nota oportuna para o leitor do AUTOentusiastas e ela segue transcrita, com a devida autorização do autor.

Bob Sharp
Editor-chefe
AUTOentusiastas

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"O GOLPE DO EXTINTOR

Comentei semana passada sobre o “golpe” do extintor. Confira no seu carro: se for do tipo BC, não importa a validade de cinco anos, pois terá que ser jogado no lixo e substituído por um ABC, obrigatório a partir de janeiro de 2015. E cuidado para não empurrarem a você um BC bem barato, pois as lojas querem se livrar do estoque. Exija um ABC. Caso contrário, multa de R$ 127,69 e cinco pontos no prontuário.

O comentário gerou críticas: alguns leitores entenderam que eu defendia o extintor no automóvel, mas foi apenas um alerta para ninguém cair no conto do vigário e levar outro do tipo BC, que só vale até dezembro de 2014. Extintor é uma aberração e não defendo sua obrigatoriedade no automóvel. Na verdade, só mesmo alguns países incoerentes e corruptos como o Brasil ainda exigem o extintor, mesmo com a injeção eletrônica. Depois que ela eliminou carburador e distribuidor, uma dupla que até parece ter sido projetada para botar fogo no carro, são raros os incêndios em automóveis modernos. Fogo, só mesmo em Kombis e Fuscas...

Extintor sempre foi controvertido. Obrigatório desde 1968, o motorista dificilmente se lembra de onde fica e tem dificuldade para operá-lo corretamente. Pior: raramente tem eficiência ao combater incêndio em automóveis. Sua exigência foi motivada por um poderoso lobby de fabricantes que pressionou o Contran para estabelecer sua obrigatoriedade. Outros países aboliram o extintor quando o carburador foi substituído pela injeção eletrônica. E o inacreditável: em vez de abolir o equipamento, a exigência agora é por outro, mais caro e sofisticado.

Há 10 anos, não satisfeitos de encher as burras com o bilionário faturamento de milhões de extintores, seus fabricantes carregaram para Brasília mais alguns “argumentos poderosos“ e conseguiram emplacar no Contran uma outra resolução, desta vez exigindo um novo modelo de extintor. E a lei mudou em 2005, começando pelos veículos zero-quilômetro. Mas, até o fim deste ano, todos os automóveis terão de substituir os extintores pelos do tipo ABC. Sentiu a mão entrando duas vezes no seu bolso? Depois de utilizado ou dos cinco anos de validade, o ABC não é reciclável nem recarregável e tem que ser descartado e substituído por outro novo. Pode?

Fácil ganhar dinheiro com extintores no Brasil, não? É só multiplicar por R$ 50 (custo dele no mercado) as dezenas de milhões de veículos que ainda têm os antigos, mais os carros na linha de montagem e mais as substituições dos ABC vencidos para se ter uma idéia de quantas centenas de milhões de reais são faturados às custas — como sempre — do indefeso cidadão brasileiro. Um incalculável faturamento originário de um equipamento que, de pouco eficiente na época do carburador, tornou-se quase inútil com a injeção eletrônica dos automóveis modernos."