google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Em 22 de outubro passado foi publicado aqui no Ae a primeira parte de uma pretensa "saga" trópico-bávara que ilustrará o leitor, você, sobre as entranhas de minha garagem. Falo do texto sobre a BMW 320i ano 1986, o (já clássico, acho) modelo E30. Agradeço os 76 favoráveis comentários de então e agora, pedindo desculpas pelo atraso de mais de quatro meses na postagem, submeterei vocês a mais um capítulo, tratando da BMW 328i Touring, a 2ª a chegar ao meu lar.


Imponente


Segunda História: BMW 328i Touring

Gosto de cachorro, tenho dois. Se pudesse teria dez, doze. Quando passo diante de um pet shop quero “salvar” todos os filhotes. Mas naquele final de 2005, durante uma chuva do cão típica do mês de dezembro em São Paulo, o destino me levou a uma avenida na zona norte, coalhada de lojas de carros. Elas têm um efeito pet shop sobre mim — quero salvar todos os carros sem dono também. Com o canto do olho vi algo "abanando o rabo", de raça, preto, brilhando, com o deselegante VENDE-SE escrito com cal no parabrisa. Apurei a visão e identifiquei: um BMW (que pedigree, hein?) Touring, ou seja, carroceria “perua” em português paulistano.

Gosto de peruas (as de lata). Tive várias Fiat Elba e uma Marea Weekend, das primeiras. O rosnado do motor 5 cilindros em linha era libidinoso, promotor de ultrapassagens gloriosas no vai e vem dos finais de semana ao litoral. Vendida sem muita razão, deixou um vácuo de desempenho não preenchido pelo pacato sucessor, um Doblò.


Totalmente lisa

Volto ao “VENDE-SE” do tal dezembro: não consegui seguir meu caminho e o retorno fácil me levou em minutos ao BMW. Gostei da placa: 3, com três zeros na frente. Gostei de outro número aplicado na tampa da mala, 328, indicando o motor mais forte dos seis cilindros da marca de Munique para aquele modelo, codinome E36, também possível de ser achada em versão 323 e 325.

Interior em estado perfeito

Carro de avenida?

Nem todos os automóveis nasceram para desfilar na avenida. Claro que quase todos ficam muito bem no asfalto e tem suas melhores características trazidas à tona quando suas quatro rodas encontram-se com o solo em ruas, estradas e avenidas.

As cidades têm o seu tecido urbano desenhado para acomodar os carros, vida moderna e carros nas ruas são conceitos simbióticos. Por que então tentar usar os automóveis de outra maneira? Quem teve a idéia de tirar os carros da avenida?

Entramos então em um território diferente, onde o automóvel não tem função de levar alguém ao trabalho ou à escola. Em vez de ir buscar as compras no supermercado, neste ambiente os carros são apenas o instrumento para ir buscar aventura.

Retiremo-lo da avenida e vamos então para o fora-de-estrada, para encontrar aventura e emoção próximo à natureza.

Longe do asfalto

Fotos: Rohbson Teixeira de Oliveira e autor
V-8 e biturbo, força extra ao Galaxie, a combinação ficou inusitada e interessante.

Nem só de placa preta viverá um homem. A frase, com um quê de bíblica, é o que penso sobre os carros de uma garagem. Confesso que já fui muito a favor dos "streets", também já fui um "xiita zé-frisinho", hoje me considero no meio-termo. Atualmente penso: cada carro tem uma história e cada um faz o que quer com seus veículos.

O carro conserva muitos detalhes originais em sua carroceria, por exemplo, os frisos e lanternas...

... o que não é original do modelo veio de outros Galaxies e automóveis da marca, o que confere um charme ao projeto



Depois da vergonhosa absolvição de crime de formação de quadrilha dos líderes do Mensalão, que o deixou arrasado, todos nós vimos, V.Sª. é a única esperança que nos resta para voltarmos a ser respeitados e também acabar com a farra em Cuba, Venezuela e Bolívia com o nosso dinheiro.

Candidate-se a presidente, Ministro Joaquim Barbosa. O primeiro turno liquida o assunto.

Bob Sharp
Editor-chefe
AUTOentusiastas