google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)











Coluna 0914   26.fev.2014                rnasser@autoentusiastas.com.br            
Salão de Genebra, 6 a 16 de março, tem posição mercadológica bem definida para sobreviver na disputa entre a poderosa meia-dúzia que se impõe ao setor: novidades européias e pesquisas para os novos tempos com os automóveis — menores consumo, e emissões, integração com eletrônica, novos combustíveis.
Novidades
De veículos comuns, motores de ciclo Otto – combustível vaporizado e velas de ignição —, ainda tem seu lugar e serão, por tempos, maioria das vendas.
Ford Focus - No setor, é a novidade mais palpável a consumidores brasileiros, exibindo as próximas mudanças a ser aplicadas no produto feito na Argentina. Mudança maior, frontal, grade mais elevada, trabalho no grupo óptico, idem para o traseiro. Dentro, trabalho em materiais como o cromo satinado, no console, porta-luvas, para mudar, melhor operar, oferecer sensação de aconchego e refinamento. Mudança maior, embora culturalmente difícil ao mercado brasileiro, é a opção de um novo motor: três cilindros, 1,0, 12 válvulas, injeção direta e turbo, 123 cv e uns 15 m·kgf de torque. Este motor será produzido no Brasil, inicialmente com aspiração atmosférica, marcando o sucessor do Ka. Caixa de seis marchas, suspensão, direção e freios reacertados.

Ford Focus, refrigério nas linhas

Em virtude de estarmos sem conexão banda-larga (10 Mbps), por obra e graças da Vagalume Telecomunicações S.A. (nova razão social da Vivo Telecomunicações) desde as 11h15 de hoje, as liberações dos comentários estão levando um tempo considerável. 

O nome da empresa havia mudado sábado, quando começou a desconectar/conectar continuamente, vindo nesse regime até a hora acima, quando o inseto morreu de vez.

Estamos conectados através de um modem 3G da Claro, mas de apenas 236 kbps, tornando o navegar difícil e às vezes impossível.

Aos leitores as nossas desculpas.

Bob Sharp
Editor-chefe
AUTOentusiastas



Vender — e comprar — automóveis usados exige mais que interesse, conhecimento, técnica e, às vezes, arte. Há, às vezes, jogos de palavras, descrições imprecisas, verdades e mentiras flexíveis. Também, textos e gentes a arranhar os códigos civil, penal, do consumidor. É mandatório tino para interpretar, competência para aclarar. A internet, com seus portais ganhando espaço como mídia para vendas, e o tradicional anúncio classificado em jornais, têm muitas propostas neste sentido. Se interessado, um pequeno glossário sobre os verbetes e termos mais utilizados para ajudar a entender a hábil terminologia.
  

Bem calçado – síntese de pneus quase novos ou em bom estado.

Carro de colecionador – O vendedor não é do ramo, mas acha ser argumento sensibilizante para gente que também não é, mas quer ser. Ou seja, o carro pouco importa, e vale o tentar vendê-lo, por valor superior, ao ligado ao mercado dos usados.

Carro de médico – Rótulo intenta ser interpretada como elogiativo e valorativo. Entretanto, nunca descobri qual o vínculo entre os profissionais de branco e quais suas qualidades adicionais podem aspergir sobre um veículo usado. Tirando automóveis de origem nipônica do Dr. Carlão Freitas, o meu cardiologista, a conduzir como um canadense — os mais cuidadosos motoristas do mundo —, o restante trabalha muito, vai de um lado para outro, pula de emprego em emprego, pára de qualquer maneira; não tem tempo de aquecer motor; muito menos para manutenção. Para mim o rótulo desmerece e desvaloriza — menos, claro, os carros do Carlão. 

Carro de Mulher – Teoricamente um atributo aplicado como valorizador. Mas sobre a origem feminina há controvérsias e no atual leque de classificação de gêneros abre-se caminho com variáveis que me escapam. O produto original é, no usual, mais cuidadoso que homens para dirigir e manter veículos.
Se a classificação se amplia, o resultado também, e assim as há, e a elas sempre ligados comportamentos que em nome da paz de convívio são usualmente olvidados como, por exemplo, o descompromisso com a troca do óleo lubrificante do motor; rodas desalinhadas de raspar meio-fio; embreagem em fim de vida por excesso de esquecimento do pé no pedal; inacreditável porcariada sob os tapetes, entre encosto e assento dos bancos, o motor tem a pior aparência possível, estas coisas da superioridade feminina. 



Em março de 1994 era lançado o Fiat Uno Turbo i.e., inaugurando a era do motor de ciclo Otto turboalimentado no Brasil. O pequeno Fiat, sem querer, mostrava o caminho do futuro, o binômio baixa cilindrada-superalimentação hoje popularizado sob o nome downsizing, redução de tamanho (do motor, no caso) em inglês.

O lançamento para a imprensa automobilística foi no Autódromo Internacional de Caruaru, em Pernambuco, que teria o nome mudado naquele mesmo ano para Autódromo Internacional Ayrton Senna, homenagem ao nosso segundo tricampeão, que faleceria pouco depois, no dia 1º de maio. No evento houve um exibição de tiros de bacamarte, arma-símbolo de Pernambuco cujo estampido é ensurdecedor, um belo espetáculo. Existe até uma federação de bacamarteiros no Estado.

Como é padrão nos lançamentos da Fiat em autódromos, pista total, livre, sem chicanas artificiais para reduzir velocidade, e a novidade pôde ser explorada sem restrições por todos, inclusive pelo editor-chefe do Ae, na época editor de testes e técnica da revista Autoesporte

Era um desempenho inimaginável para um carro daquele porte e aplicação, com seu motor, importado, de apenas 1.372 cm³ (80,5 x 67,4 mm), 118 cv a 5.750 rpm e 17,5 m·kgf a 3.500 rpm, taxa de compressão 7,8:1 e 0,8 bar de pressão de superalimentação (tinha até manômetro!) pelo turbo Garrett T2, com interresfriador, e injeção multiponto Bosch Jetronic L 31.

Sua velocidade máxima declarada era de 195 km/h e a aceleração 0-100 km/h, em 9,2 segundos. Pesava 975 kg e vinha corretamente dotado de pneus 185/60HR14. A altura de rodagem era 10 mm mais baixa em relação ao Uno normal.

Marcou época, foi produzido até 1996.

Ae