google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Paulo Keller e autor



Os leitores certamente se lembram que estive no lançamento do novo Focus, realizado em Mendoza, na Argentina, em setembro, seguido de amplo post sobre o novo Ford. Fora mudanças de estilo e incorporação de itens da alta tecnologia minuciosamente citados naquele post, o grande salto no Focus foi, sem a menor dúvida, a adoção da injeção direta de combustível num motor previsto para funcionar tanto com a gasolina alcoolizada brasileira, quanto com álcool, puros ou misturados, dentro do conceito de ser flexível em combustível. Mas por questão de logística, já que o Focus é fabricado na Argentina, os carros da apresentação eram versão de mercado "não Brasil", que além de não serem flex rodaram com gasolina de lá, no caso a Super de 95 octanas RON, sem álcool. Outro motivo para isso foi o lançamento atender a imprensa brasileira e também toda a imprensa latinoamericana, em que não lhes interessava absolutamente dirigir uma versão que nunca terão em seus países.

Linhas atuais envolvem um excelente motor

Por isso, deixei Mendoza curioso sobre como seria o funcionamento do Focus 2-litros de injeção direta com álcool, o que só veio a ocorrer nos últimos dias. A curiosidade, além de natural, tinha outro motivo, o de que vinha sendo falado de que injeção direta e o nosso álcool puro eram incompatíveis. A razão, alegava-se, era não haver tempo suficiente para completa vaporização do álcool — bem mais difícil do que a gasolina, como se sabe — no breve intervalo de tempo entre a injeção e a ignição. Isso era dito não só pela própria Ford, como num workshop organizado pela fabricante ao qual compareci, dito por um engenheiro de motores, como nas conversas com as engenharias de outros fabricantes. Seria possível a injeção direta só se o álcool contivesse 15% de gasolina, que agiria como um "catalisador" no sentido de ajudar a vaporização. Inclusive, existe exatamente o mesmo motor Duratec aplicado no Focus comercializado nos EUA numa versão flex. Só que lá o álcool é o chamado E85, expressão que significa mistura de 85% de álcool anidro (sem água) e 15% de gasolina.
Fotos: autor




O ano de 2014 representa vários aniversários significativos na História da França. Há 100 anos, em 1914, começava a Primeira Guerra Mundial, então chamada de “Grande Guerra” por ainda não haver a segunda. A maior parte dela se desenrolou na própria França, apesar de ter participantes ambos perto e longe do país. Setenta anos atrás, em 6 de junho de 1944, houve a invasão aliada nas praias da Normandia, o que ficou conhecido como o “Dia D”, que no fim resultou na libertação da França do jugo alemão. E há 60 anos, em 1954, a França sofria uma sangrenta e trágica derrota no vale infernal de Dién Bién Phu, significando o fim da colônia da Indochina e a formação dos novos países, Laos, Camboja e Vietnã.

Os franceses estão no mínimo observando o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, celebrando os acontecimentos da Normandia e, por motivos difíceis de compreender, convenientemente esquecendo a vergonhosa derrota em Dién Bién Phu.

1914
Na Retromobile não havia referências diretas à Normandia. Isso vai só acontecer quando a primavera e o verão chegarem daqui a pouco. Mas havia uma apresentação completa sobre o início da primeira guerra. Como era seu hábito fazer, os alemães começaram a guerra invadindo a França. E quase chegaram a Paris, o que teria significada mais uma vez a derrota do estado francês e provavelmente o fim da guerra com uma vitória alemã e austro-húngara. Mas foram carros que salvaram o dia para os franceses. Carros, e não blindados, aviões, canhões ou artilharia? Sim, carros mesmo. Não havendo condições de transportar a infantaria francesa de Paris até o Vale do Marne, a uns 60 km a leste do capital, para enfrentar o avanço alemão, o exército francês apropriou milhares de táxis parisienses para levar as tropas. A maioria era táxis fabricados pela Renault. Carros normais, nesse caso cheios de tropas e as suas armas leves.

Táxi Renault 1914

Carlos Ghosn, executivo-chefe da Nissan Motor Co., prevê aumento da lucratividade do segundo maior fabricante do Japão em 2014 depois que a empresa perdeu os ganhos com a desvalorização do iene que favoreceu os exportadores. “Podem apostar no fato de que 2014 verá um aumento comparado com 2013”, disse Ghosn numa entrevista ontem em Thimphu, capital do Butão, na Ásia, onde ele anunciou acordo para fornecer Leafs para a frota governamental, sem informar o montante do negócio.

A Nissan, que lucrou mais do que qualquer outro fabricante japonês dois anos atrás, provavelmente gerará menos margens do que seus pares domésticos no ano fiscal que termina em março, enquanto o iene mais fraco contribuiu para elevar os ganhos de fabricantes como a Toyota a níveis recordes, segundo estimativa de analistas compilada pela Bloomberg. Isto se deve em parte à Nissan ter dado mais incentivos nos Estados Unidos do que qualquer outro fabricante asiático, resultando em queda do faturamento lá. Ghosn disse não esperar que continuem os incentivos e que as margens melhorem nos EUA. 
Fotos: autor e divulgação


O difícil de escrever no AUTOentusiastas é que não se pode brincar. Tem leitor que bronqueia – dizendo que “eu falto com o respeito”, como diria meu santo avô. Ou pior, alguém acredita na brincadeira. E desta vez foi próprio Bob, o Mister Sharp. Fiz a piada sem graça de que havia sido promovido à especialista em carro chinês e o Bob achou ótima a idéia. E a história foi se espalhando: até o Edu Picingher, o assessor de imprensa da JAC, passou a me chamar assim, de jornalista especializado em China.

E lá se foi o Tio Silveira, de São Paulo para Itu, ida e volta, onde as coisas são grandes, rodando com uma coisa grande da JAC, o T8, vulgo Jacão, com todo respeito. Qualquer elemento sobre rodas com mais de cinco metros de comprimento (o T8 tem 5,10 m) merece o aumentativo, como o Galaxão, já que nosso saudoso Galaxie, com 5,33 m, também passa desta barreira de comprimento.

Na traseira existe uma câmera de ré para ajudar nas manobras 

Mister JAC, vulgo Sérgio Habib (que comanda a marca chinesa no Brasil) não tem nada de tonto, como já disse aqui. Assim, com a aposentadoria da Kombi, ele logo alinhou a JAC entre as marcas que querem apresentar um substituto para o velho e querido Pão de Forma made in São Bernardo.

Não deixa de ser uma boa tentativa para uma marca que não consegue vender o que poderia. A JAC tem uma cota de importação anual, sem pagar o super-IPI de 30 pontos porcentuais adicionais, de 20 mil unidades, no entanto só vendeu 16 mil em 2013. Assim, Habib procura novos produtos para usar melhor sua cota. E aí surgiu o T8, que ele próprio classifica de multivan. Sempre segundo Habib, é um veículos sem concorrência, somente comparável à VW Caravelle, que foi importada no final dos anos 1990. Aliás, a Caravelle se tornou Multivan na Europa, exatamente a nomenclatura que a JAC usa para seu T8.

Interior da van T8 é bastante luxuoso. Bancos em couro são opcionais