google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Reboque com freio-gerador usado nos testes de arrefecimento (nhtsa.gov).

Este texto, que compartilho com os leitores com a devida autorização do autor, mostra um pouco do lado romântico mesclado com entusiasmo e comprometimento com a profissão de engenheiro de testes. Renato Zirk passou sua vida profissional praticamente toda na Willys, na Simca/Chrysler e na General Motors, onde se aposentou. Ele escreveu sobre os percalços e peripécias de seu tempo na Simca, quando precisava testar o sistema de arrefecimento do V-8. A foto acima é apenas para ilustrar o que ele comenta no trecho, recurso de que não dispunha e precisava encontrar outra maneira de fazer os testes. Espero que gostem, com eu gostei.
Bob Sharp
Editor-chefe
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TESTES DE ARREFECIMENTO

Por Renato Zirk

Como preâmbulo, devemos lembrar o que aprendemos no antigo curso colegial:

Refrigeração = abaixamento de temperatura partindo da temperatura ambiente para outra temperatura mais baixa. É o que fazem os sistemas de ar-condicionado e os refrigeradores (vulgarmente chamados erradamente de "geladeiras", pois tinham este nome os antigos armários herméticos com barras de gelo renovadas diariamente para a conservação de alimentos)

Arrefecimento = "cooling" em inglês = abaixamento de temperatura partindo de temperatura mais elevada para outra mais próxima à temperatura ambiente. É o que fazem os radiadores automobilísticos e os ventiladores.

Com relação ao que noticiamos em 21 de novembro sobre um acidente envolvendo um Mazda CX-5 numa demonstração de concessionário Mazda sobre a segurança do veículo, que bateu numa mureta ferindo duas pessoas e gerou pedido de desculpas do presidente da empresa Masamichi Kogai e o pesar pelas duas vítimas, a Mazda Motor Corporation emitiu hoje (26) uma informação à imprensa a respeito do acidente:

"Acidente ocorrido durante teste para demonstração de itens de segurança (segundo relatório)

A Mazda Motor Corporation, que havia informado previamente que em 10 de novembro de 2013, na cidade de Fukaya, no Japão, na região de Saitama, havia ocorrido um acidente num teste organizado para demonstrar itens de segurança utilizando um Mazda CX-5, novamente vem expressar de coração sentimentos pelo ferimentos sofridos por um cliente e um funcionário do departamento de vendas da empresa. Além disso, a Mazda pede sinceras desculpas pelos problemas e preocupação causados aos nossos clientes e outras partes envolvidas.
Após o acidente, por solicitação da polícia, a Mazda cooperou totalmente com a investigação das causas. Os resultados da investigação confirmaram que não havia defeito ou mau funcionamento no veículo envolvido."



Picapes Chevrolet 1955 a 1957. Os "Marta Rocha"

Quando lançados ao início de 1955, montadas no Brasil, os novos picapes Chevrolet — e sua linha camional GMC — fizeram impacto. Novidade não vista, motores de seis cilindros em linha, comando no bloco de ferro, válvulas no cabeçote do mesmo material, quase quatro litros de deslocamento e uns 100 cv sobre quatro mancais. Evolução do engenho apresentado em 1929, portavam grande novidade: abandonavam a lubrificação por unhas apostas às capas de biela, por onde recolhiam do cárter o óleo da lubrificação e, em substituição, bomba de óleo.

Maior referência era visual. Eram impositivos, marcavam evolução de estilo, abandonando as formas arredondadas e as soluções herdadas à estética pré-II Guerra Mundial, para adotar a voluptuosidade de linhas assinaladora do meio daquela década. Deixavam a aparência de partes arredondadas, ao elevar os pára-lamas contendo os faróis  circulares, simples, de 7 polegadas — quase 18 cm —, à proximidade do topo do capô e, na caçamba para carga os pára-lamas projetados para fora pareciam esculpidos, expressando volume com elegância e sugerindo dinamismo. Pelo pequeno estribo lateral foram chamadas posteriormente, quando iniciaram ser tratadas como objeto de coleção, como Step Side. Havia versão luxuosa, com caçamba reta, a Cameo — sem o charme do estilo.

Foto: watchdogwire.com 
 
Maria, José e Jesus, na manjedoura


Caros leitores e leitoras,

Independente de religião, tenho certeza de que cada um de vocês que nos prestigia com sua leitura sente o mesmo que nós do AUTOentusiastas, que esse período natalino tem algo de especial, quase mágico, que faz nos imbuirmos do espírito de cordialidade, de amor ao próximo, de fazer ecoar nas nossas mentes o trecho de uma conhecida oração que diz "Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido", que nos diz para zerarmos tudo o que dissemos e ouvimos de ruim. Começar de novo, renascer, o significado do Natal.

E o Papai Noel? De uma antiga tradição na Europa passou a figura indissociável do Natal, como o bom velhinho que traz presentes. Quem não se lembra dos anos de criança, da alegria de ganhar um presente trazido pelo Papai Noel? Quem não se lembra, já pai ou mãe, de criar a ilusão para os filhos e compartilhar a alegria com eles? Quem não se lembra do dia em que os filhos descobriram ser tudo inventado e pacientemente lhes explicamos que os "presentes" eram na realidade o retorno por nossas atitudes corretas, que nunca falhava, em forma de algo de bom que nos acontecesse, como um desejo realizado?

Imagem: www.pismo-bozicku.com

Essas são algumas das coisas incríveis do Natal e nós, do AUTOentusiastas, desejamos a cada um de vocês, suas famílias e pessoas especiais, um Natal muito feliz.

Para celebrarmos juntos, aqui vai um vídeo com o maestro holandês André Rieu comandando a execução de "Batem os sinos" (Jingle Bells), a imortal canção composta pelo americano James Lord Pierpont em 1857 e que, curiosamente, não tinha a ver com o Natal, pois versava sobre andar de trenó aberto puxado por um só cavalo (One horse open sleigh).

A primeira versão brasileira coube a Evaldo Rui em 4 de outubro de 1951 e o cantor João Dias gravou-a em 78 rpm com o selo Odeon. Pois esta versão, num certo aspecto, é superior à original, e como nos dois Natais passados, publicamos este ano, de novo, o vídeo de Luigi Bertolli, "Batem os sinos", do "Projeto 4 Cantos", de singular beleza e altamente tocante apesar de não se ver um floco de neve sequer.

Feliz Natal!

São os votos dos autoentusiastas André Dantas, Arnaldo Keller, Bob Sharp, Carlos Maurício Farjoun, Felipe Madeira, Josias Silveira, Juvenal Jorge, Marco Antônio Oliveira, Milton Belli, Paulo Keller, Portuga Tavares, Roberto Agresti, Roberto Nasser e Wagner Gonzalez