google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Renault e Lotus próximas do divórcio

 

F-1 vive fim de ano movimentado: Lotus pode fechar as portas, FIA procura novas equipes e Ron Dennis quer reassumir a McLaren

 

 



Lotus garantiu Maldonado e pode perder Renault (foto Team Lotus)


A temporada acabou há quase um mês, o campeonato de 2014 só começa dia 17 de março, mas nem por isso a F-1 está parada. Muito pelo contrário, o que não falta é notícia ou comentário, muitos deles nada promissores para o futuro da categoria. Enquanto Ross Brawn não se decide sobre o quer fazer no ano que vem, muita água vai passando por baixo da ponte do rio Tâmisa e muitos trens vão passando pelo túnel sob o Canal da Mancha, aquele de ligação entre a Inglaterra e a França.  Exatamente nestes dois países estão os focos das principais notícias da semana, que ainda repercutem na América Latina e na China.

Trocando em miúdos, algo difícil haja vista que na F-1 números e egos têm dimensões estratosféricas, a história do momento passa por Enstone, Viry-Châtillone e, obviamente, Paris. São nestas cidades que funcionam a equipe Lotus de F-1, a fábrica de motores de F-1 da Renault e a FIA, respectivamente, principais personagens do capítulo de hoje, cada um com papéis muito bem definidos. A outrora famosa e imbatível escuderia criada por Anthony Colin Bruce Chapman — que muita gente jura que está vivo e mora no Brasil —, parece cada mais encalacrada numa espiral de problemas. Segundo Gilles Gaignault, francês que já ocupou o cargo de assessor de imprensa da FIA na F-1, a relação entre a Lotus e a Renault já azedou de vez: segundo ele, a “Régie”, como a fábrica francesa é tratada por seus admiradores, lembrança do tempo em que era estatal, já estaria retirando motores e equipamentos da sede da equipe. Além disso, os contadores da fábrica teriam perdido a paciência com o atraso no pagamento do aluguel dos motores fornecidos e usados nas últimas duas temporadas. Quanto eles devem? Algo em torno de US$ 150 milhões…

Eric Boullier pode estar de volta para casa (foto Renault Sport)



Para quem ainda não sabe, o AUTOentusiastas começou a partir de um grupo de discussão entre amigos. Foram vários formatos de grupos com muitos participantes e muitas discussões, mas sempre tratando de temas relacionados com o mundo do automóvel e com muito entusiasmo. O conteúdo discutido sempre foi de alto nível e em um determinado ponto achamos que esse conteúdo poderia e deveria ser compartilhado com outros autoentusiastas. Então fizemos o blog AUTOentusiastas com essa idéia e passamos a ampliar as discussões com a participação ativa de muitos leitores através dos comentários também de alto nível que sempre recebemos. Com isso multiplicamos o autoentusiasmo.  

Alguns dos colunistas e ex-colunistas ainda participam de um grupo, agora bem mais descontraído mas nem por isso menos autoentusiasta. 

O Marea 2,4 ELX 2002

 Para matar as saudades dos meus leitores! Historinha de como fui me meter nessa de Fiats e Alfas.

Por culpa do meu amigo Alexandre Cruvinel, temos aqui uma Elba 1996 1.5 i.e. em casa, com a qual rodamos 311 mil km sem sequer tirar o cabeçote fora. Funciona bem ainda, mesmo que já queimando um pouco de óleo. Como funciona, não mexo.Ou seja, um carro invisível, que serve sempre a todos muito bem, sem despesas, sem crises e sempre numa boa. Requer quase nenhuma manutenção e é até um carro bem decente de se usar. Uma boa experiência nos anima a outras no mesmo gênero.

Tempos depois dela, a excelente experiência com ela me levou a pegar um Marea 2.4 ELX 2002 de um amigo de Belo Horizonte, que estava mesmo querendo vender o carro. Numa viagem que ele  fez a Brasília, o motor fundiu e ele me vendeu no estado, já que em teoria eu poderia consertar ele e ainda ficar com o carro num preço razoável. Como eu achava que o Marea 2,4 deveria ser um carro legal, resolvo encarar. No fim o custo ficou meio empatado, mas como ficou bom pra ambos, e o carro ainda ficou com um motor zero-km, diria que valeu bem a pena.

Mas vamos na ordem em que as coisas aconteceram. Primeiro, levei o Marea para oficina de um amigo e desmontamos para ver o que tinha rolado. Na desmontagem, primeira observação importante: o cárter estava sem óleo. Ou tinha vazado todo, ou tinha sido consumido. Sem vazamentos aparentes, ficamos com a hipótese do consumo, com um agravante: uma semana antes da viagem, ele tinha feito uma boa revisão nele e tinha trocado óleo e filtro. No decorrer da desmontagem achamos boa quantidade de óleo no escapamento, indicando mesmo consumo de lubrificante.
Fotos: autor


Um cavalo-vapor (cv) corresponde a 735,5 watts (W). O motor da Win Elektra desenvolve potência 1.000 watts (1 kW), o que corresponde a 1,36 cv. Pouco, não?

Sim, é pouco, mas o suficiente para levá-la a 60 km/h, segundo a Kasinski. De acordo com a fabricante, essa velocidade só é possível sob condições ideais, o que seria com um motociclista pesando 75 kg numa estrada plana e sem vento. Cheguei, eu pesando pouco menos que isso, a 58 km/h, pelo velocímetro.

A fabricante — que a monta em Manaus com parte das peças importadas e parte fabricadas aqui — também divulga que nessas mesmas condições ideais, e mantendo 30 km/h, é possível atingir uma autonomia de 80 quilômetros. Consegui 40 km no mundo real, e mesmo evitando solicitá-la muito, tocando, sempre que possível, na maciota, ao redor de 40 km/h, velocidade em que eu “temperava” entre o máximo de autonomia, mas mantendo um mínimo viável de velocidade. De vez em quando enrolei o cabo, sim, devido às necessidades do tráfego ou gradiente da via.