google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
O Marea 2,4 ELX 2002

 Para matar as saudades dos meus leitores! Historinha de como fui me meter nessa de Fiats e Alfas.

Por culpa do meu amigo Alexandre Cruvinel, temos aqui uma Elba 1996 1.5 i.e. em casa, com a qual rodamos 311 mil km sem sequer tirar o cabeçote fora. Funciona bem ainda, mesmo que já queimando um pouco de óleo. Como funciona, não mexo.Ou seja, um carro invisível, que serve sempre a todos muito bem, sem despesas, sem crises e sempre numa boa. Requer quase nenhuma manutenção e é até um carro bem decente de se usar. Uma boa experiência nos anima a outras no mesmo gênero.

Tempos depois dela, a excelente experiência com ela me levou a pegar um Marea 2.4 ELX 2002 de um amigo de Belo Horizonte, que estava mesmo querendo vender o carro. Numa viagem que ele  fez a Brasília, o motor fundiu e ele me vendeu no estado, já que em teoria eu poderia consertar ele e ainda ficar com o carro num preço razoável. Como eu achava que o Marea 2,4 deveria ser um carro legal, resolvo encarar. No fim o custo ficou meio empatado, mas como ficou bom pra ambos, e o carro ainda ficou com um motor zero-km, diria que valeu bem a pena.

Mas vamos na ordem em que as coisas aconteceram. Primeiro, levei o Marea para oficina de um amigo e desmontamos para ver o que tinha rolado. Na desmontagem, primeira observação importante: o cárter estava sem óleo. Ou tinha vazado todo, ou tinha sido consumido. Sem vazamentos aparentes, ficamos com a hipótese do consumo, com um agravante: uma semana antes da viagem, ele tinha feito uma boa revisão nele e tinha trocado óleo e filtro. No decorrer da desmontagem achamos boa quantidade de óleo no escapamento, indicando mesmo consumo de lubrificante.
Fotos: autor


Um cavalo-vapor (cv) corresponde a 735,5 watts (W). O motor da Win Elektra desenvolve potência 1.000 watts (1 kW), o que corresponde a 1,36 cv. Pouco, não?

Sim, é pouco, mas o suficiente para levá-la a 60 km/h, segundo a Kasinski. De acordo com a fabricante, essa velocidade só é possível sob condições ideais, o que seria com um motociclista pesando 75 kg numa estrada plana e sem vento. Cheguei, eu pesando pouco menos que isso, a 58 km/h, pelo velocímetro.

A fabricante — que a monta em Manaus com parte das peças importadas e parte fabricadas aqui — também divulga que nessas mesmas condições ideais, e mantendo 30 km/h, é possível atingir uma autonomia de 80 quilômetros. Consegui 40 km no mundo real, e mesmo evitando solicitá-la muito, tocando, sempre que possível, na maciota, ao redor de 40 km/h, velocidade em que eu “temperava” entre o máximo de autonomia, mas mantendo um mínimo viável de velocidade. De vez em quando enrolei o cabo, sim, devido às necessidades do tráfego ou gradiente da via. 

Fotos: Autor, Thais Roland, Paulo Mondoni e arquivo pessoal.
Galaxata 2013: a nona edição do passeio que o Galaxie Clube do Brasil organiza sempre no final do ano.

O dia primeiro de dezembro, a organização por conta do Galaxie Clube do Brasil, o evento da Galaxata, o tradicional passeio de Galaxies que se realiza todos os anos, para encerrar o ano com chave de ouro. Como diretor da associação, sócio fundador e com uma paixão especial pelo maior automóvel fabricado em nosso país, é natural pensar que eu iria com um dos meus Galaxies. Pois é... também pensei que seria assim.

O sábado foi dedicado a cuidar dos Galaxies, o plano era simples, ir a Galaxata de Galaxie
Lavei o carro, "deixei o menino tinindo", com direito a um trato especial nos detalhes.

Estava escrito. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), pelo seu órgão normativo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), havia determinado que a partir de 1º de janeiro de 2014 a totalidade dos carros (veículos de passageiros de até oito lugares) e caminhonetes (veículos de carga até 3.500 kg de peso bruto total) teriam de ser dotados de bolsa infláveis frontais (airbags) e sistema de freio antitravamento (ABS). O Contran havia emitido a Resolução 311 em 3 de abril de 2009, pela qual a partir de 1/1/10 8% de produção (de cada fabricante) teria de ser dotada dos dois itens — 15%/1/1/11, 30%/1/1/12, 60%/1/1/13 e 100%/1/1/14. Logo se soube, pelos próprios fabricantes, que nem a Volkswagen Kombi nem o Fiat Uno Mille teriam como ser produzidos com essas especificações. Suas vidas chegariam ao fim.

Ficou acordado que carros sem os dois equipamentos poderiam ser licenciados até 31 de março de 2014, prazo estimado para se exaurirem eventuais estoques nos pátios das fábricas e das concessionárias. Depois disso, não poderiam mais circular nas vias públicas