google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



End. eletrônico: edita@rnasser.com.br                   Fax: +55.61.3225.5511             Coluna 3013  24.julho.2013
De Utilitários Esportivos, os SUVs, por aí
É o segmento em expansão consistente, de agrado nacional, seja pela posição de dirigir, pela sensação de superioridade, poder, intocabilidade, pela usual e superior resistência para enfrentar os mal-educados pisos nacionais ou, simplesmente por permitir incluir-se, conscientemente ou não, numa etérea classificação de macho man. Seja qual for, os utilitários esportivos agradam gregos e goianos, e toda marca tem provocações internas de participar deste segmento mais identificado pelas formas que pelas verdadeiras habilidades – pergunte a teus amigos e amigas, que te-los-ão em quantidade imensurável, como se aciona e qual o modo ideal da tração nas quatro rodas. Terás uma decepção.
Inventora do segmento grande foi a Willys com seu Jeep Station Wagon, no Brasil e Argentina ditas Rural, final da década de ’40. Mais recentemente, em 1977, a então soviética Lada criou o Niva sobre o Fiat 127, base no nosso 147, acredita? Era brilhante em soluções, caótico em construção, descompromissado em qualidade, como tudo em regime totalitário. Mas idéia e conceito eram brilhantes. A Toyota o entendeu, passou-o a limpo, deu no RAV4, e quase todas as marcas seguiram a fórmula: reforçar plataforma de automóvel, usar mecânica disponível, colocar tração em todas as rodas para melhorar segurança e dirigibilidade.
Hoje o mercado nacional tem o Ford EcoSport que abriu e se manteve, inacreditavelmente solitário durante uma década, até a chegada do Renault Duster. Outras marcas sugerem aptidões e visões assemelhadas, como a Fiat com os Palio Adventure ou Idea; Volkswagen e CrossFox. Sem algo mais em disposição, apenas estampa e o conceitos que seus donos acham ter.
Neste e nos próximos anos, a regra temporal pouco importa, entre nacionais e importados, muitas novidades, como:
Alfa Romeo – Creia, apesar tanto pega e solta, abraça e empurra, amor e ódio, tudo tipicamente italiano, será uma das marcas produzidas na fábrica da Fiat em Goiana, Pernambuco. Lá, em plataforma comum, Dodge e Alfa terão sedãs e utilitários esportivos;
Chevrolet – Importará a nova versão do SUV Captiva;
Uma obra-prima nacional

Poucos dias atrás, o leitor Marco Antonio do Y. do Carmo, do Rio de Janeiro, nos mandou uma matéria que achei muito interessante e tratei de obter mais informações visando publicá-la no AUTOentusiastas. O contato foi logo feito, trata-se do site português AutoanDrive (http://autoandrive.com) e seu editor e autor da matéria, Hélio Rodrigues, pronta e gentilmente autorizou sua publicação no AE – que vai transcrito na íntegra, com a redação e a ortografia usada no país amigo. Tenho certeza de que nossos os leitores apreciarão.

Bob Sharp
_________________________________________________________________

 Esse foi o e-mail que o leitor nos enviou:

"Caro Bob: Recebi de um amigo portugues, esse email sobre o Alba, não conhecia, espero sua análise sobre o assunto, no autoentusiastas, se você quiser publicá-lo.
Abraço.
Marco de Yparraguirre
Rio de Janeiro

"ALBA - o carro Português!!!...
Nunca tinha ouvido falar disto....Mas já tinha ouvido falar de um outro que foi fabricado na rua de S. Dinis perto do local onde está agora instalada a CITV, empresa que se dedica à inspecção periódica obrigatória de veículos. Um dos modelos fabricados tinha como logótipo a Ponte da Arrábida logo, o carro em causa tem menos de cinquenta anos.

Curioso e praticamente desconhecido! É pena que projectos como este morram na praia. Só nós portugueses para desperdiçar o que temos de bom."



ALBA (1952-1954)
Uma obra-prima nacional

A ALBA foi o melhor e mais bem sucedido paradigma da incipiente indústria automóvel portuguesa, na década de 50. Apenas foram construídos 3 exemplares do ALBA, entre 1952 e 1954. Mas, ao longo dos anos seguintes, da metalúrgica de Albergaria saíram diversas soluções mecânicas entre elas, um espantoso e inédito motor de quatro cilindros e 1500 cc.

Empresa nascida em 1921, sob o nome de Fundição Lisbonense, mais tarde mudou para Fundição Albergariense, antes de, em 1923, assumir o nome do seu fundador, Augusto Martins Pereira, um homem modesto, nascido em 1885, em Sever do Vouga e falecido em Maio de 1960. Na vila de Albergaria é então já dono de uma considerável fortuna e reconhecido internacionalmente na indústria metalúrgica. E, além disso, é nomeado comendador.




Muitos acreditam que o errado está certo e o certo está errado quando o assunto é segurança

Caros leitores, este é um post de desabafo, mas também é um post didático para que os enganos que causam esse desabafo sejam em parte diminuídos. Há tantas mistificações, erros, enganos e falsas sensações, que este artigo se estenderá por 3 partes, e mesmo assim só arranhará o assunto.

Ele foi motivado por dois posts bem recentes:

Tenho boas razões para estar chateado. Uma das minhas atividades profissionais atuais é a de atuar como perito auxiliar em casos judiciais oficiais, e o que mais vejo nesses casos são justificativas das mais absurdas e descabidas, com total desconhecimento dos princípios mínimos da física e da tecnologia automotiva até de quem teria obrigação de saber.

Os casos variam desde reclamações de qualidade do produto a até acidentes com mortes. Juízes e mesmo os peritos oficiais não estão preparados para lidar com as sutilezas técnicas desses assuntos, e é aí que eu entro. Rotineiramente tenho que explicar o estado da arte sobre o assunto e testar as hipóteses formuladas por advogados ou mesmo de mecânicos que atuam como peritos, onde geralmente a mecânica da descrição do acidente ou da falha não conduz à realidade dos fatos.

Números e sonhos marcaram o treino de jovens pilotos realizado na semana passada em Silverstone. Sebastian Vettel foi o mais rápido e o espanhol Carlos Sainz Jr. foi a grande surpresa.

Há muito a Fórmula 1 não abria espaço para tantos novatos como na semana passada em Silverstone, quando 31 pilotos de 17 países completaram 2.494 voltas pelo circuito inglês, distância equivalente a quase 48 vezes a distância do GP. Das equipes, apenas a Mercedes não participou, cumprindo suspensão por causa do teste fora das regras realizado em abril, em Barcelona. O melhor de tudo isso é que não foi registrado nenhum acidente ou incidente motivado por pneus estourados, o grande barulho da corrida vencida por Nico Rosberg. E olha que pneu é o que não faltou: a Pirelli informa que levou nada menos de 344 jogos, ou seja, 1.376 borrachudos e a proposta inicial não era nem avaliar compostos.

Pois bem, embora os três dias de testes tenham sido disputados em pista seca e, coisa rara na ilha, sob sol, o evento da semana passada pode muito bem ter sido um divisor de águas na logística da F-1 atual. Verdade que a FIA já anunciou que os assim chamados “testes de pneus”, uma prática comum nos anos 1990, voltarão com regularidade no ano que vem, mas já deu para matar a saudade. Ao contrário do que acontecia no passado, agora essas provas serão realizadas na semana seguinte ao GP e com um dia de intervalo, solução adotada para conter custos dizem os cartolas. 

Vettel e Ricciardo (foto Red Bull Media)