google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Arnaldo Keller

Eu já disse algumas vezes aqui, uma coisa é conhecer um carro na sua apresentação, dirigi-lo um pouco, experimentá-lo; outra é usar o carro no nosso ambiente, rodar por onde costumamos passar, com as nossas referências. Com o Fox BlueMotion não seria diferente. O modelo com o novo motor de três cilindros é mesmo muito agradável, parece outro carro. O som produzido devido aos cilindros com intervalo de tempo de força maior, 240° em vez dos 180° de um quatro-cilindros, em vez incomodar, agrada, e bastante.

O EA211 R3 em seu berço
Só agora me toquei de que as dimensões básicas do motor,. o diâmetro dos cilindros e o curso dos pistões, são muito próximas das do DKW, que eram 74 x 76 mm, para 981 cm³, contra 74,5 x 76,4 mm neste Volkswagen EA211 R3 de 999 cm³. Outro dado próximo é comprimento da biela, que no DKW era de 145 mm, resultando na relação r/l 0,262, muito próxima da 0,270 do motor EA211 R3 com suas bielas de 141 mm.


Ténéré, um deserto africano que empresta seu nome a motos que são mitos. Tudo começou quando o malucão francês Thierry Sabine se perdeu exatamente no Ténéré, participando, com uma Yamaha XT 500, do rali Abdijan-Nice de 1977, chamado  também de "Côte a Côte" pois largava da Costa do Marfim, na África, para chegar à francesíssima Côte D'Azur, na Europa. O azar de se perder foi a sorte de Sabine, já que saiu da roubada vivo e decidido a organizar aquele que viria a ser o mais grandioso e polêmico rali-reide de todos os tempos, o lendário Paris-Dakar.

Thierry Sabine com sua XT 500 no rali Abdijan-Nice, onde tudo começou
Sabine morreu na 8ª edição de seu rali, em 1986, mas sua criação está viva, exatamente como a Yamaha nascida das areias da África. Vencedora das duas primeiras edições do Paris-Dakar com sua admirável XT 500, a marca nipônica não vacilou, e logo colocou no mercado uma versão de sua trail batizada de Ténéré e, à partir daí, o mundo dos motores incorporou a palavra ao seu vocabulário como sinônimo de motos fortes, tratores sobre rodas.

Grande mesmo: a maior das Ténéré é mais ágil do que se espera.
Foto: www.wired.com

Saiu na imprensa semana passada (dia 3). Projeto de Lei do Senado 404/2012, com um substitutivo da senadora Ana Amélia (PP-RS), foi aprovado naquele dia pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. De que se trata? Condutores e passageiros de motocicletas no Brasil serem obrigados a usar colete ou jaqueta com bolsa inflável (foto acima). Não é piada, não, é isso mesmo que o leitor leu. 

A proposta ainda deve passar por pelo menos duas comissões na Casa e, uma vez aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados.

Brincadeira, não, demência de quem pensou em criar uma lei dessas. Esses caras, ou essa mulher, estão tirando uma da nossa cara, justamente de nós, que a sustentamos e a seus pares, aproveitadores da nação. Essa gente horrorosa pensa o que o Brasil é deles. Não é não! É nosso!




End. eletrônico: edita@rnasser.com.br                Fax: +55.61.3225.5511                Coluna 2813  10.julho.2013

New Fiesta sedan. Ford ajusta pontaria
Esqueça as linhas, a boa administração de espaço interno, os cuidados, a qualidade da decoração, o extenso pacote eletrônico de segurança e confortos, o motor 1,6 atual, e o câmbio de cinco marchas manuais, feito em Taubaté, SP. Se com meia dúzia, tem duas embreagens, vem da alemã Getrag, joint venture da Ford, e trabalha como se fosse automático, com o ganho operacional da ausência de um conversor de torque, gastador de energia, filtro entre o motor e as reações do automóvel.
Melhor rótulo para o New Fiesta sedan é a pontaria fina no mercado: quer ser o topo do segmento dos pequenos, com refinamento de construção; do motor superior – não há opção do 1.5, mais barato, disponível no Fiesta hatch –, e do preço elevado em versões SE e Titanium para suprir, exatamente, a pretensão e a disponibilidade da fábrica mexicana para enviar máximas 1.000 unidades mensais. Poucas vendas – uns 10% do que faz o hatch produzido em São Bernardo do Campo, SP. Mercados norte-americanos – México, EUA e Canadá – reduzem a cota de fornecimento ao Brasil.
Como é
Automóvel bem acertado. Linhas frontais absorvidas do inglês Aston Martin nos últimos dias de controle Ford, perfil instiga a dúvida se sedã ou cupê, motor em estado de arte: todo em alumínio, duplo comando nas 16 válvulas, aberturas variáveis de acordo com a demanda, 1.600 cm3 gerando com álcool 130 cv – dirigi o carro em condições desfavoráveis: uns 250 kg de ocupantes e altitude entre 1.000 e 1.500m, com evidente prejuízo de performance pela redução da pressão atmosférica. Porém a relação entre a cilindrada e a potência – 130 cv por álcool e 125 cv a gasálcool bem indica a atualização do projeto e perspectivas de ganhos. Gira alto, potência máxima a 6.500 rpm, na contramão dos atuais apelos por redução de consumo, freando e baixando a faixa de giros para a potência máxima. Torque de respectivos 16 e 15,4 m·kgf.