A trilogia Pneus,
Redondos e Furados continua vendendo bem nas bancas de jornal (sim, elas ainda
existem...) e telas de internet pelo mundo afora. No fishn’chips de Silverstone
a fritura dos peixes contaminou as batatas, ingrediente igualmente consumido em
larga escala nas mesas tedescas, onde a F-1 se apresenta neste fim de semana.
A
questão agora é se é possível corrigir o tempero do Eisbein a tempo de salvar as batatas;
por mais internacional que seja o cardápio da Pirelli, cotechino – embutido típico da “Bota” feito com carne de porco de
segunda –, é um prato consumido regionalmente e menos consagrado que massas e
molhos.
A receita do que
aconteceu no fim de semana passado é das mais complexas: demandou muitos
ingredientes, muito tempo de preparo e cozimento, trilogia com explosivo poder
de desandar o ponto ideal do prato. E não deu outra.
No primeiro quesito
destacam-se o ondulado asfalto de Silverstone, detalhe que faz os pneus
trabalharem mais que o normal para absorver essas imperfeições. Além disso, as
já citadas zebras, que atuaram como lâminas típicas de sushiman que se preze, e o falido postulado de que a ordem de
montagem dos pneus não altera o produto contribuíram substancialmente para o
prato do dia honrar o grau de sofisticação da gastronomia inglesa.