google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


O Spadaconcept é um estúdio de estilo (ou de design, como muitos preferem) italiano. Apesar da grande experiência em indústria automobilística dos proprietários da empresa, não haviam feito um carro próprio com seu nome, e em 2008 resolveram essa pendência com eles mesmos ao apresentarem ao mundo automobilístico o Codatronca TS, um carro insanamente impressionante, com mecânica Corvette. Em 2011 a versão aberta, roadster, foi apresentada e batizada de Codatronca Monza.

O interessante aqui, além do carro, é que os donos da empresa são pai e filho. O filho é Paolo Spada, o estilista do Smart, o mundialmente simpático carrinho-miniatura, um brinquedo para bolsos abonados no Brasil, mas uma alternativa de transporte de preço razoável em lugares do mundo onde o cidadão é mais bem remunerado, menos roubado pelo governo ou ambos simultaneamente. Paolo também trabalhou na Honda, para constar.

Mas o TS Codatronca foi em grande parte idealizado pelo pai de Paolo, Ercole Spada, que trabalhou no estúdio Zagato em dois períodos, na Ghia, no I.DE.A Institute e na  BMW.

End. eletrônico:edita@rnasser.com.br                                   Fax: (61) 3225-5511  Coluna 2113  22.maio.2013

Inovar-auto. Outra regulagem
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apertou uma volta num parafuso e fez o contrário em outro. No hipotético carburador oficial: ao mexer na mistura líquido-ar, teve que acertar a marcha-lenta. Por aí.
O aperto aumentou o número de etapas industriais. Cumprindo, as empresas aderentes ao projeto oficial ficarão livres da imposição de 30 pontos percentuais sobre o IPI dos veículos importados, tendo maior chance de competição no mercado. A volta solta é o aumento de prazo para habilitação ao projeto, de 31 de maio, esticado a 31 de julho.
Outras regulagens: só o MDIC bota a mão no negócio. O Ministério da Ciência e Tecnologia recebeu agradecimentos pela parceria, e foi excluído. Também, importação favorecida apenas por empresa com vínculo formal com o fabricante. E, força a adesão das fabricantes ao programa de etiquetagem aferidora de consumo. Há fabricantes que não se inscrevem, boicotando o programa, uma referência para o consumidor.
Pontualmente automóveis deverão atingir, ainda este ano oito das doze etapas produtivas. Caminhões, nove entre catorze.
O governo se assustou ao receber informações que o Brasil vinha se desindustrializando, comprando, por exemplo, latas estampadas no exterior, apenas para soldá-las localmente, montando produtos com motores e transmissões importados. Dávamos empregos aos coreanos. Daí cobrar maior nacionalização nos processos.
A medida forçará as marcas indecisas a se pronunciar. Caso da Land Rover/Jaguar.

Para isentar o adicional do IPI, governo exige maior nacionalização



Este não é um post comum. Resolvi escrevê-lo depois que alguns leitores pediram, em razão do post sobre os meus três Fuscas. É um post muito longo, sei disso, mas acho-o importante dentro do contexto histórico da Gurgel.

BS

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ANATOMIA DE UM DESASTRE – OU MEUS DIAS NA GURGEL

Estava na minha sala na Ala Zero da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, onde ficava o departamento de competições automobilísticas que eu comandava, quando vejo pela janela o João do Amaral Gurgel estacionar, havia ido lá falar com alguém. Havia tempo que eu o admirava, tanto pela coragem peito de ter fundado uma fábrica de automóveis, inclusive estar lançando um carro nacional, o BR-800, quanto pela sua cruzada contra o álcool, com a qual eu compartilhava.

Eu havia mandado fazer um adesivo que dava a mensagem "Comida do solo, energia do subsolo. Use gasolina." e vi naquele momento a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e também lhe dar um adesivo. Saí da sala e fui cumprimentá-lo, dando-lhe um adesivo. Vi que ficou feliz em receber aquilo que era sintonizado com suas idéias e na breve conversa me convidou para ir conhecer a fábrica em Rio Claro, no interior do estado. Pressenti alguma coisa no convite.

Eram meados de novembro de 1988, já estávamos em plena fase Autolatina e minha atividade na Volkswagen estava praticamente encerrada, não tínhamos mais o empenho em pista e rali iniciado com força total em 1984. A minha equipe de mecânicos e técnicos estava ociosa, tanto que ela foi utilizada para a manutenção de cerca de 30 Santana 2000 (motor 2-litros, não o ano-modelo) engajados numa operação chamada internamente de VIP, que era emprestar o carro a personalidades para que o experimentassem. Era nossa função revisar os carros metódica e minuciosamente após terem sido devolvidos, indo ao detalhe de, por exemplo, pré-sintonizar as melhores emissoras de rádio AM e FM, e de cuidar da logística de entregar e apanhar os carros.
Foto: bestsellincarsblog.com


Parece incrível que depois do post do MAO de ontem sobre os BMW Alpina, o de hoje seja sobre um carro russo de um segmento totalmente diferente. Mas é que um leitor pediu, após o post sobre os meus três Fuscas, e como sempre, dentro do possível, gosto de atender tais pedidos.

Sim, o leitor pediu que eu falasse do Lada Samara que tive, mas é bom explicar por que tive um, para a história ter sentido.

Muitos devem se lembrar que tivemos uma grande operação Lada no Brasil em 1990, parte do processo de reabertura das importações ocorrida no governo Collor. A fabricante, a VAZ (sigla de Fábrica de Automóveis do Volga, Volshskij Automobilnyj Zavod), estatal russa formada em 1966 com tecnologia Fiat, já tinha presença na Europa Oriental e alguma coisa na região do Caribe, onde havia um grande importador e distribuidor da marca no Panamá. Juntaram-se os interesses dos russos com a do distribuidor e se estabeleceu uma grande operação de importação para o Brasil. Curiosamente, a Renault detém 25% do capital da Lada desde 2008.

Estilo tem "assinatura" de Giorgetto Giugiaro