google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

                                              

Há carros que por um motivo ou outro nos deixam saudade, nos cativam. Uns pelo conjunto e outros por características específicas. Selecionei alguns dos que dirigi neste ano de 2012 e escrevi o que primeiro me veio à memória, as características mais marcantes de cada um, o que associo ao modelo quando sua figura me aparece. E há também uma motocicleta, pois ela me cativou.




O Tio explica: você já pode ter visto esta matéria em outras publicações, como MotorShow, Full Power, Folha de S. Paulo, O Tempo de Belô.... Porém, esta é a versão completa, sem cortes e sem censura, a menos que o Bob esteja de mau humor. Depois que interrompemos a revista Oficina Mecânica, alguns coleguinhas alegam que eu virei uma prostiputa. Mentira. Apenas assumi uma velha vocação.

Na hora de encarar 640 cv numa pista de competição não tem jeito. Por mais “meretriz idosa” que seja o piloto, sempre aparece um frio na barriga e o coração dispara. O ronco do motor bem na sua orelha (são 10 cilindros em "V" com dois escapes bem nas portas, descarregando cinco cilindros de cada lado) provoca uma mistura estranha de receio e vontade de acelerar.

Foto: skyscrapercity.com


Embalado pela recente viagem pela Califórnia e pelo súbito aumento das passagens de avião neste final de ano, resolvi aventurar-me e ir de Brasília a Recife de carro para passar as férias.

Nesta viagem, fiquei reparando o quanto os motoristas são despreparados para dirigir em estrada. Não que isto seja culpa deles: quem na auto-escola (atualmente chamada de CFC, Centro de Formação de Condutores) aprendeu alguma coisa sobre como se dirige em uma rodovia? Ninguém, pelo contrário, lembro-me que nos meus tempos de auto-escola não se pegava sequer uma via expressa e não era permitido usar a quarta marcha e nem passar de 60 km/h. A auto-escola nada mais era do que um curso de como passar na prova do Detran: Ensinava baliza e ladeira porque isso era pedido na prova, mas como esta não incluía rodovias, este assunto sequer era cogitado.

Isto me deu a idéia de escrever este post e compartilhar com os leitores um pouco da experiência de o que é dirigir em uma rodovia.  
Foto: Paulo Sérgio Vieira Filho

Ônibus urbano (foto meramente ilustrativa)


Aqui onde moro, mesmo no 18º andar, escuto bastante o tráfego e noto constantemente como os motoristas de ônibus trocam de marcha. Boa parte deles dá uma boa patinada de embreagem a cada troca, percebo isso a cada arrancada do ponto. Não posso afirmar se é de propósito ou é inabilidade mesmo, mas o fato é que o desgaste da embreagem, especificamente o disco, aumenta desnecessariamente com essas patinadas, o que acaba incidindo em maior custo de manutenção e influenciando nas tarifas.

Desde que me entendo por motorista, e isso bem antes dos 18 anos, procuro me esmerar nessa operação relativamente simples e transmiti-la aos familiares ou amigos.

Começa pelo princípio básico de que a embreagem só deve patinar ao arrancar com o veículo e é exatamente para isso que ela existe – e não para trocar marchas, como muitos erroneamente supõem. Seu uso nas trocas de marchas é função secundária. Sempre digo, para explicar bem isso, que um carro pode não ter caixa de câmbio, ter somente embreagem, mas nunca o contrário.