google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: autor



Essa foto foi feita com o celular hoje às 18h30. Eu me encontrava na choperia "A Estalagem" aguardando o pesssoal da revista Fusca & Cia (da qual sou editor técnico) chegar para um bate-papo de fim de ano, como sempre fazemos, e notei duas bandeiradoras no cruzamento da Al. Iraé com Av. Moema, defronte da Praça Nossa Senhora de Aparecida, em Moema. Absurdamente, elas exibiam bandeiras com a placa PARE quando o sinal fechava.

Intrigado e ao mesmo tempo curioso, perguntei à moça da foto por que aquilo, já que havia um semáforo e a placa PARE só é usada quando não há tal sinalização. "É para ajudar as pessoas a atravessar a rua", respondeu. "Meu chefe trabalha para a CET, que mandou fazer isso".

Avisei-a para dizer ao chefe e à CET que aquilo estava totalmente errado. E onde está o erro?

1) A placa PARE é para o motorista; pedestre que não dirige não sabe o que a placa significa e tampouco vê a bandeira, pois está por trás dela.

2) Se é para orientar o pedestre, que as bandeiras reproduzissem a sinalização de travessia de faixa de pedestres (deveria haver duas bandeiras, uma para livre travessia e outra, não).

3) O mais grave de tudo: o motorista vir a entender que placa PARE só vale com sinal luminoso ou que este para se respeitado precisa de uma placa PARE associada.

Resumo da ópera: quem cuida do trânsito da maior cidade brasileira está deseducando o motorista. Não sei qual dos dois, se é triste ou revoltante. Essa deixo para o leitor decidir.

BS


Como vários leitores do AE devem saber, em 13 de novembro último a entidade Latin NCAP divulgou os resultados de sua terceira rodada de testes de colisão, que foi comentada aqui no blog questionando a eficácia das legislações das bolsas infláveis e do ABS, que tornam esses equipamentos obrigatórios em todos os carros a partir de 2014, no post do Carlos Maurício Farjoun.

Previmos também que os resultados de 2012 receberiam ampla cobertura na imprensa, a exemplo do que ocorrera nas duas primeiras edições dos testes e por isso nos abstivemos de fazer mais algum. Passado um mês dessa divulgação, uma procura ao Google e percorridas as dez primeiras páginas, posso concluir que essa forte divulgação não houve.

O que aconteceu?

Avaliar a segurança dos mais vendidos: nenhum Fiat, Chevrolet, nem Volkswagen Fox?




E após levar pra passear as loirinhas mais bonitas de Pirassununga e com elas ralar o Opala preto 6-cilindros invocadão da cidade, meu XK120 queria novos desafios. Só que para tanto era necessário pecar, mentir. Confesso, caro leitor, confesso que menti a meus pais. Por diversas vezes lhes disse que iria à noite para Pirassununga para pegar o “dancing” de sábado no clube, aqueles bailinhos que juntavam toda a moçada da cidade e tocava Tim Maia, “Você é algo assim, é tudo pra mim, é mais que eu sonhava, baby...”, e nessas músicas lentas é que era bom dançar devagarinho e colado e com o coração aos pulos... 

Bom, mas Pirassununga era muito perto e o XK, como um autêntico roadster, um estradeiro, tinha mais é que rodar bastante. Então, saindo da fazenda pela estrada de terra, ao desembocar no asfalto, em vez de virar à direita e ir para Pirassununga, os fachos dos faróis altos viravam à esquerda e eu me mandava para Poços de Caldas. 



Não era esse aí da foto, mas era o mesmo modelo, só que preto. Mercury  Monterey 1957.

Um dia parou um caminhão-baú de mudança defronte da casa vizinha à nossa, na rua Piratininga, na Gávea. Era 1957, mais ou menos meio do ano. Nós, meu irmão e eu, 17 e 15 anos quase completos, só olhando o movimento, caixas e mais caixas, geladeiras enormes, mobília boa. Mudança grande. Uma mulher, algo gordota, comandava a operação. Ao nos ver disse "Hi". Um de nós respondeu, "Hi". Tentou falar e logo vimos, americana, tentando falar português. Começou um papo, ali mesmo, na rua, enquanto ela não tirava o olho das coisas saindo do caminhão e sendo levadas para dentro. O papo logo passou para o inglês.

Pai, mãe e quatro filhos, um homem, três moças. Catorze, dezessete, treze e nove anos tinham o Tommy (Thomas), Sally, Melinda e Mary. A mãe se chamava Eula e o pai, Harold. Tinham vindo de Aruba, no Caribe (o Tommy nasceu lá), onde Harold dirigia um refinaria da Esso, para assumir uma diretoria na filial brasileira. Não demorou mais que algumas horas para todos se conhecerem. Tínhamos novos vizinhos. E, rapidamente, novos amigos.