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Foto: Paulo Keller |
A pedido de alguns leitores, conto minha história com um
amigo de infância, o Jaguar XK120.
Naquele começo de noite a temperatura estava amena; nem
calor nem frio. Era um domingo de 1972, portanto, 40 anos atrás, e a Honda 750
Four do meu tio estava passando uns dias em casa. Volta e meia ele a deixava
lá, casa de sua irmã, para que seus sobrinhos passeassem com a moto. Só
passear, sem acelerar, sem enrolar o cabo. “— Claro, tio! Tá louco acelerar
essa moto! Dá medo!”.
Eu tinha meus 16 anos, meu irmão é um pouco mais velho, e nenhum dos dois tinha medo de coisa nenhuma.
Pois nessa noite a morena Vi passara em casa à procura do meu irmão e para a minha sorte ele não estava e eu sim. Meus olhos de 16 anos latejaram diante dos tremendos “pulmões” da Vi, dois volumes redondos e macios só separados do mundo por uma leve camiseta branca de algodão. O cavalheirismo me obrigou a convidá-la para um passeio de moto. Uma moça não poderia vir à casa dos Keller e sair desapontada. Um dos dois teria que atender.