google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor


Por ocasião do lançamento do Etios, em setembro, em que o Bob escreveu o post falando tudo a respeito do novo Toyota, incluindo preços, ficha técnica e lista de equipamentos de série e opcionais, faltou ele dirigir as versões hatch e sedã com motor 1,5-litro, o que acabou ficando a meu cargo agora, no caso o topo de linha sedã XLS. Assim, este post é, a um só tempo, apresentação e "no uso".

O Etios XLS de 1,5 litro tem praticamente tudo que me agrada como veículo urbano. Apesar de não ter câmbio automático nem como opcional, que seus concorrentes têm – Renault Logan e Hyundai HB20, automático epicíclico e o Volkswagen Voyage, robotizado – trocar as marchas do Etios é o que há em facilidade. A alavanca de câmbio está bem posicionada e seu trambulador é perfeito, com curso curto, trocas leves e precisas – em suma, com trocas que rivalizam com as dos VW Gol e Fox, já nossos conhecidos como referência. 




Para quem está com saudades dos meus posts, vai um bem diferente. Desta vez nenhuma receita de motor, nem nada de preparação.

Estava dia desses pensando que uma coisa que me diferencia muito do cidadão normal que compra carro é o fato de que, uma vez escolhido e comprado um carro, gosto de passar muito tempo com ele. Carros, como cães, cavalos e bons amigos são coisas que levam tempo para se desfrutar na sua plenitude. Não sinto vontade de sair trocando com rapidez, com freqüência, porque está ficando velho.

Aliás, eu sou meio velho, logo, por que querer sempre capim novo?

Minha picape está com 18 anos e o Jeep com 15, ando com os dois, extremamente feliz, satisfeito e se me vem a idéia besta de trocar eles por outros mais novos, sempre me pergunto qual o motivo, na medida em que me alegram tanto o espírito e são tão absolutamente confiáveis. 
Fotos: autor e divulgação

Estilo dianteiro igual ao da versão atual na Europa; faixas são opcionais


O Clio chegou ao Brasil treze anos atrás, em novembro de 1999, produzido na nova fábrica Renault em São José dos Pinhais, na região da Grande Curitiba. Dez meses depois chegava o modelo sedã e a partir de novembro de 2005 o Clio passou a ser produzido na Argentina, de onde vem também o sedã Symbol desde março de 2009, o sucessor do Clio sedã. Mais de 325.000 Clios já foram vendidos no Brasil desde 1999.

A marca sempre se notabilizou por oferecer motores de quatro válvulas por cilindro, embora tenha cedido "à tentação" nos motores 1,6-litro ao passar a disponibilizar um 8-válvulas no Logan e no Sandero que recentemente passou por evolução também.



Bonneville (foto: Mario Torino)

Fazia tempo que eu não tinha aquela sensação. Fazia tempo que não soltava uns gritos Urraah!, de satisfação e prazer pleno. O imediato entendimento que tive com a Bonneville – ela se portando deliciosamente logo nas primeiras curvas, se antecipando aos meus desejos, deitando e levantando exatamente como eu queria, me passando informações exatas sobre a aderência dos pneus, apoiando-se um pouco mais na frente, um pouco mais atrás, tendendo inicialmente a resistir à deitada e, em seguida, conforme eu a forçava mais um pouquinho para que deitasse, deitando para valer como que chupada para dentro da curva e a fazendo bem deitada e agarrada – foi suficiente para que logo de cara me apaixonasse.

E lá fui eu, minhas botinas raspando no asfalto, ora uma, ora outra, a moto acelerando gostoso nas saídas de curva, o motor despejando com suavidade boa potência, até que ao fim da curta reta já estávamos a uns 140 ou 150 km/h e ela se mantinha perfeitamente estável. E assim íamos, até que, inesperadamente, ouço aqueles tais gritos de satisfação ecoando dentro do capacete. Boa moto! Companheirona. Passamos bons momentos juntos.

Coisas assim raramente acontecem. Parecia que eu montava o meu finado Gualixo, o melhor cavalo do mundo, ao menos para mim, um cavalo inteligente que só ele e rápido e brioso que só ele, que fazia tudo certo, que me obedecia tudo certo e, caso não me obedecesse é porque era ele quem estava com a razão e seria melhor irmos na dele. Parecia que eu surfava um mar dos bons com a minha Tom Parrish havaiana, a prancha que sabe tudo de tubo e se agarra com naturalidade em paredes escabrosas. Parecia que eu guiava o Ferrari 308 GTS, quando o peguei em Interlagos, um dos carros de melhor handling que já me caiu nas mãos.