google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

A pista da Velo Città (foto luizcezar.blogspot.com)

Tudo começou no final de setembro, quando o Juvenal Jorge me disse que seu amigo e também colaborador do AUTOentusiastas, o sueco Hans Jartoft, viria mais uma vez ao Brasil, em férias, no final de outubro, e queria ver de perto um carro de que ouvira falar em seu país: a perua Volvo derivada do sedã duas-portas PV444, fabricada no Brasil, e que soube haver uma por aqui. O Juvenal me perguntou se eu poderia ajudar a conseguir o que o Hans queria e rapidamente eu soube que a Mitsubishi Motors do Brasil tinha uma guardada no novíssimo Mitsubishi Racing Center, em Mogi Guaçu (SP), 180 quilômetros ao norte da capital do estado, onde está a pista Velo Città.

Passou-se algum tempo entre contatos com a diretoria da Mitsubishi e finalmente foi marcado o dia para irmos até lá – o Hans, o Juvenal e eu – por uma deferência especial da diretoria da Mitsubishi ao pedido do AE. Marcamos para ir no domingo 4 de novembro. E seria também quando eu teria a oportunidade de conhecer o Hans pessoalmente, um engenheiro mecânico de 46 anos que trabalhou 20 anos na Saab e hoje é jornalista free-lancer, atualmente escrevendo para a revista sueca Classic Motor.

Aí aconteceram duas coisas. Uma, eu havia viajado ao Marrocos no dia 31/10 para o lançamento do novo Range Rover, de onde voltaria naquele domingo vindo de Madri. Assim, emendaria direto do aeroporto de Guarulhos para Mogi Guaçu, o Juvenal e o Hans me apanhariam no aeroporto. às 9h30. A outra foi que o Hans tinha curiosidade de dirigir uma Kombi e havia conseguido uma com a Volkswagen. Foi com ela que me buscaram e viajamos.
Tesla S

A História se repete. Quanto mais a conhecemos, menos os fatos nos surpreendem. Anos atrás, meus parcos conhecimentos de História foram suficientes para prognosticar que as novidades que viabilizariam o carro elétrico não brotariam das entranhas da indústria automobilística estabelecida, mas sim de uma fonte inesperada. Permito-me repetir o exemplo que então dei: a lâmpada elétrica não foi inventada dentro de uma fábrica de velas de cera. Os fabricantes de velas só fizeram velas cada vez melhores, cada vez mais eficientes etc. Foi preciso um inventor maluco, um tal de Thomas Alva Edison, vir do nada para bolar uma coisa que não tinha nada a ver com velas de cera, nem com bicos de gás, nem lampião a querosene, e essa coisa revolucionária, a tal da lâmpada elétrica, veio a cumprir muito melhor a função de iluminar.

É assim que acontece. Imersão demais resulta na esterilização da criatividade, e é por isso que a sociedade precisa dos artistas, dos poetas, dos sonhadores, dos inventores malucos, gente que, vivendo “no mundo da Lua”, muitas vezes tem maior amplitude de visão do que se passa no mundo. Nem todos os malucos, nem todas as suas idéias, diga-se, prestam.


Tesla Roadster

Foto: diariodovale.com.br



Adeus, Manuella Sueth Montilla. Só bem poucos chegaram a conhecer você, sua passagem por aqui foi muito curta, não deu tempo. Você só esteve entre nós durante dez meses. Seu pai esqueceu-a dentro do carro durante quatro horas numa tarde quente em Volta Redonda (RJ) e você não resistiu ao calor e asfixiou-se, perdendo a sua preciosa vida.

Você não deve culpar seu papai pelo esquecimento, pode acontecer com qualquer um, pelos mais variados motivos, nenhum ser humano é infalível. Todos temos problemas demais nesses tempos, é muita coisa na cabeça. A última coisa que seu papai queria era perder você, tenha absoluta certeza disso.

Certamente ele teria comprado um banco especial para você mesmo que não fosse obrigatório; muitos pais e mães fizeram isso vinte, trinta anos atrás, pensando na segurança de seus bens mais preciosos, os filhos.
Fotos: autor


Já perdi a conta das vezes que me perguntaram como se dirige nos Estados Unidos. Normalmente, quem pergunta isso é porque está indo para lá pela primeira vez e que, como é praticamente mandatório em quase todo o país, terá que alugar um carro para se locomover. Com algumas exceções como Nova York, o centro de Boston e a capital Washington, DC, o país foi feito para o automóvel e costuma ter um transporte público muito deficiente, praticamente obrigando o viajante a alugar um carro.

Entendo a preocupação. Estamos acostumados a dirigir no Brasil. aqui estamos totalmente ambientados, mas bate uma insegurança quando pensamos que em outro país as regras podem ser diferentes e podemos acabar fazendo alguma “barbeiragem” sem nos darmos conta. Inspirado pela minha recente viagem aos EUA para o lançamento do novo Fusion, tive a idéia de passar estas dicas aqui no AE, para que o povo que vai viajar à terra do Tio Sam se sinta um pouco mais seguro ao pegar o volante por lá.

A primeira coisa a se pensar é que muitas das regras de trânsito são universais, ou seja, no geral, as coisas não variam muito, apenas em alguns detalhes. Pode ficar tranqüilo que não é necessário aprender a dirigir de novo para pegar o carro nos EUA, mas atentar para algumas poucas regras que explicarei ao longo deste post. Não demora muito para que a gente se acostume com a forma dos americanos dirigir e se integre ao trânsito de lá.