google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor


Estava faltando andar no Jetta 2,0 TSI em uso normal, só o havia dirigido quando foi lançado, no final de março de 2011. Pouco depois, em maio, pedi à fábrica o 2,0 Comfortline com câmbio manual de cinco marchas (link), uma vez que no dia da apresentação eu só havia dirigido a versão com câmbio automático epicíclico de seis marchas e queria ver como ele andava com o modesto motor 2-litros de apenas 120 cv sem as perdas associadas a esse tipo de câmbio. Finalmente pus as mãos no 2.0 TSI e usei-o na cidade e andei um pouco na estrada.

Há quem não aprecie as linhas do Jetta; não é o meu caso

O que posso dizer, sem nenhum exagero, é que o Jetta 2,0 TSI é um dos carros mais agradáveis e precisos que já andei, embora não tenha dirigido todos que estão oferecidos no mercado brasileiro. Dá prazer andar com ele, tanto faz se devagar ou rapidamente. Manobra bem, com 11,1 metros de diâmetro mínimo de curva, ajudado pelo entreeixos relativamente curto de 2.651 mm, que não tira espaço no banco traseiro e nem afeta o porta-malas – de dobradiça da tampa tipo “pescoço de ganso” – que acomoda ótimos 510 litros.


O Ford Fusion que conhecemos saiu de linha. O novo carro que veio no lugar dele não carrega nada do antigo além do nome. A plataforma CD3, emprestada da Mazda e compartilhada com o Mazda6, agora se despede e dá lugar à CD4, a nova plataforma mundial da Ford para carros do segmento C/D (C nos EUA, D na Europa). É uma plataforma totalmente nova, desenhada “do zero”. O novo carro será feito em cinco fábricas mundo afora: México (de onde virá para o Brasil), EUA, Bélgica, Rússia e China.

Na Europa ele se chamará Mondeo, aproveitando a longa história do modelo por lá, fato que não se repetiu no Brasil, onde o Mondeo nunca foi muito popular. Baixos volumes de importação, alto preço do carro e das peças e a pouca disponibilidade delas trataram de “micar” o modelo por aqui.

Mas ao lançar o Fusion em 2006, a Ford fez diferente no Brasil. Trouxe-o em grandes quantidades (para o segmento) e a um preço muito competitivo, rivalizando com os modelos mais completos do segmento inferior, trazendo tudo que estes traziam em um carro de um segmento acima, maior e mais espaçoso. A fórmula deu certo e, desta forma, Fusion foi o nome escolhido para o novo carro da Ford no Brasil, pegando carona na boa fama do seu antecessor que agora sai de linha.

O novo Fusion é o ápice do carro mundial. Será o mesmo carro no mundo inteiro, mas ainda assim haverá algumas diferenças para ajustá-lo às particularidades dos mercados locais. Na Europa haverá Mondeo de 1 litro e 1,6 litro, ambos turbo EcoBoost, pois o mercado europeu é mais exigente no que tange consumo. O povo do velho continente também terá sua opção diesel, exigência do mercado local. No Brasil e nos EUA, só gasolina, aqui por causa da legislação restritiva, nos EUA porque o mercado nunca viu com bons olhos este tipo de motor em carros de passeio.

Interior espaçoso e moderno



Lada Laika (foto: www.mercadolivre.com.br)

O Lada Laika tem uma delícia de câmbio. Isso mesmo, o feioso e meio desengoçado Laika é muito gostoso de cambiar. A troca marchas nele parece com a dos pequenos esportivos ingleses da década de 1960, Triumph e MG; têm o mesmo jeito, apesar de ser um projeto italiano, Fiat. Tem cinco marchas. Seus engates são curtos e precisos, e a alavanca tem base pivotante até que alta em relação ao banco do motorista.

E já que a arquitetura do carro é dos mais tradicionais – motor dianteiro, em posição longitudinal, e tração traseira – a alavanca incide direto sobre a caixa de câmbio, que está no túnel central, bem onde encostamos a perna direita, então essa proximidade e essa ausência de cabos e/ou varetas a se interpor entre a alavanca e a caixa faz com que recebamos na mão muitas informações diretas e sem interferências de como as coisas estão se passando.

Corvette Sting Ray (foto: www.corvettefever.com)




O Peugeot 208 será fabricado no Brasil, em Porto Real (RJ)


A notícia de unir as operações da Opel com as da PSA Peugeot Citroën vem ocupando as manchetes do setor na Europa esta semana. Num mercado difícil como o atual, espera-se que o volume de vendas de automóveis e comerciais leves na Zona do Euro, até dezembro, seja similar ao de 1993 e sem sinais de retomada firme para 2013 ou 2014. Uma fusão desses dois fabricantes europeus para muitos seria como a luz no fim do túnel, mas de um lado um trem de alta velocidade TGV francês ao encontro de um ICE alemão, em sentido contrário. 

O mundo anda maluco. Até há pouco, as fusões entre tradicionais fabricantes de automóveis tinham entre os objetivos resultados já no curto prazo. Para tanto, buscavam-se o máximo de sinergias, complementaridade de produtos e/ou mercados com um mínimo de sobreposição, no caso de ambos terem produtos concorrentes diretos. Se houvesse concorrência em mais de um segmento ou nos mais importantes, menos viável seria a fusão, e é exatamente esse o "case Opel–PSA". Para cada produto alemão, há seu equivalente francês, ou vice-versa. Ambos concorrem em todos segmentos num mercado em contração. Qual dos trens tem bolsa inflável mesmo?