google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Outro dia um leitor pediu para explicar como achar a velocidade por 1.000 rpm em cada marcha, a v/1000. É relativamente fácil o cálculo e uma calculadora ajuda, embora faça tempo que só uso a calculadora do computador (Iniciar, Todos os Programas, Acessórios, Calculadora). Se você não a conhece, veja foto no final.

É preciso saber a relação de cada marcha, a relação de diferencial e o diâmetro da roda completa, que é roda mais pneu.

Conhecendo a medida do pneu, acha-se o diâmetro da roda. Multiplique a seção transversal pelo perfil, tomando o cuidado de dividir por 100. Por exemplo, pneu 195/55R16: (195 mm x 55) ÷ 100 = 107,25 mm (na verdade considere o perfil dividido por 100, que é 0,55, e faça uma conta só). Multiplique esse resultado por 2, pois são dois flancos no pneu, o que dá 214,5 mm. Some ao diâmetro da roda, que sendo no exemplo de 16 polegadas, tem 16 x 25,4 = 406,4 mm de diâmetro. Somado com 214, mm, dá 620,9 mm. Esse é o diâmetro da roda.



Os limites e propriedades das válvulas circulares convencionais

Todos nós temos uma grande unanimidade debaixo do capô dos nossos amados carros. Dentro de cada motor que circula em um veículo pela cidade, quer seja um automóvel, quer seja um caminhão, quer seja um motor de ciclo Otto ou Diesel, do fabricante que seja, todos eles utilizam o mesmo tipo de válvula, em formato de tulipa, para controlar a entrada e a saída de gases dos cilindros.

Entretanto, esta não é exatamente uma unanimidade singularmente burra, como nos lembraria Nélson Rodrigues, pois ela é fruto de um processo técnico que já contei aqui, chamado de convergência tecnológica.

Se todos os fabricantes usam este tipo de válvula é porque ao longo dos anos de evolução esta se mostrou a melhor solução para controle de fluxo dos motores a pistão.

Há, entretanto, esquecido no fundo da gaveta dos projetistas, todo um universo de sistemas de válvulas que hoje não passam de mera curiosidade. Parte deste universo será explorado nas próximas partes deste artigo.

Embora a convergência tecnológica tenha tornado essas opções hoje mera curiosidade técnica, nada impede que que um dia ressurjam para o mundo real, já que o sistema de válvulas que usamos hoje possui muitas imperfeições.

É sobre essas imperfeições e demais caracteristicas das válvulas o tema desta parte.

Manchete típica do Notícias Populares; veja outras, sensacionais, ao longo deste post

O caro leitor que me perdoe pela manchete bombástica, mas sou fã do extinto Notícias Populares, o tal do jornal que pingava sangue e que fez muito sucesso na década de 1970. Suas manchetes eram de rachar de rir, tanto que meu irmão as colecionava colando-as na parede do quarto. "Morta riu e levantou-se no velório", "Bebê diabo assombra o ABC", "Velho castrou-se com marreta no hospital" (aos 90 anos ficou inconformado por ficar impotente...), “Cachorro fez mal à moça” (ela comeu um cachorro-quente estragado...), "Disco voador colidiu com ônibus na BR-116" (deve ter sido um disco-voador de alegoria de carnaval...), e por aí ia, uma mais saborosa que a outra; distorcidas, mas que tinham lá seu fundo de verdade. Sendo assim, bolei a minha: "O Governo decreta o fim do carro flex", e vamos ver se ela também tem seu fundo de verdade.

Há governos que dão com uma mão e tiram com a outra, que nem mágico, e esses são os bonzinhos. E há governos que tiram com as duas. O nosso é desses últimos. Tal qual o velho da marreta, nosso governo deu sem dó sua marretada de 30 pontos porcentuais de IPI no couro de quem lhe pagará impostos ao comprar um meio de locomoção. Para almofadar essa marretada no consumidor, os fabricantes terão que satisfazer intrincadas novas regras, que, por sinal, ninguém sabe onde vão dar. Uma delas é só aliviar os 30 p.p. de IPI adicionais se pelo menos 65% das compras de peças forem feitas aqui mesmo. Essa, a princípio, vai na contramão da moderna economia mundial, onde todos se beneficiam das vantagens da economia de escala e da aptidão de cada país.

Fotos: autor



Em 3 de setembro do ano passado publiquei post do Peugeot 408 Griffe, carro que apreciei bastante. Pouco depois, em janeiro deste ano, saiu a mesma versão com motor 1,6-litro turbo em acréscimo à de 2-litros de aspiração atmosférica, a qual faltava o AE avaliar. Todas as características do modelo em versão Griffe foram descritas nesse post anterior, de modo que, para não ser repetitivo, neste vou focar no motor e em outras diferenças pertinentes.

Além do motor turbo com interresfriador de injeção direta, só a gasolina,  de 165 cv a 6.000 rpm e 24,5 m·kgf a 1.400 rpm, ante o aspirado de 151 cv a 6.250 rpm e 22 m·kgf a 4.000 rpm (flex, números com álcool), este Griffe, como antes, só é oferecido com câmbio automático. Mas agora é um seis-marchas em vez de quatro, também com operação manual seqüencial pela alavanca alternativamente à automática (para frente sobe marcha). O novo câmbio é outro ponto alto do carro. Inclusive pelo bloqueio do conversor de torque da 2ª à 6ª, somente em 3ª e 4ª no 4-marchas de antes.

O Griffe 1,6 turbo custa R$ 75.990. Por ocasião do teste anterior o preço do 408 Griffe 2-litros era R$ 79.900, mas hoje é R$ 75.300 com a redução do IPI. Portanto, a versão ora avaliada está R$ 690 mais cara por conta dos novos motor e câmbio. Só houve um truque da Peugeot, tirar o ajuste elétrico do banco do motorista da lista de itens de série e passá-lo a opcional, por R$ 2.000, o que torna o 408 Griffe THP R$ 2.690 mais caro na realidade. Aliás, é o único opcional. Não é propriamente uma pechincha, carros no Brasil são caros, mas por R$ 75.990, considerando tudo o que oferece, o 408 Griffe THP é um sedã dos mais atraentes.

Os dois 408 Griffe pesam exatamente o mesmo, 1.527 kg. O bloco do motor 2-litros é de ferro fundido e o do 1,6, de alumínio, mas turbocompressor, interresfriador e outros acessórios contribuem para o empate. A aceleração 0-100 km/h melhorou bem, de 11,9 para 8,3 segundos, em razão do maior torque e numa rotação bem mais baixa, o que resulta em maior potência disponível em baixo giro. A velocidade máxima subiu de 208 para 213 km/h.

A elegância discreta de um interior