google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Car and Driver online
Miltonn Masteguin (1934-2012)

Faleceu hoje em São Paulo, aos 78 anos, Mitlon Masteguin, um dos fundadores da Lumimari, firma formada em 1964 para produzir o GT Malzoni e que depois se transformaria na Puma. Milton era sócio do piloto da Vemag, Mário César de Camargo Filho, mais conhecido por Marinho, na concessionária Vemag Comercial MM, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. Uma luta de dois anos contra um câncer o derrotou.

O estranho nome Lumimari era acrônimo formado por letras dos nomes dos sócios: Luiz Roberto Alves da Costa, Milton, Marinho e Rino Malzoni. Quando o gerente de competições da Vemag, Jorge Lettry (1930-2008), deixou a fabricante em julho de 1966, pouco antes de a Volkswagen comprá-la, e entrou para a sociedade como diretor técnico, a primeira coisa que fez foi mudar a razão social para Puma Veiculos e Motores Ltda, pois achava que Lumimari "era nome de loja de lustres", como dizia sempre. Lettry sempre contava que o Milton era um touro, com uma disposição ímpar para o trabalho.

Fotos: Citroën e autor



O Citroën, fabricado em Porto Real, no estado do Rio de Janeiro e lançado em maio de 2003, é um desses carros chegados mais tarde que se incorporaram à paisagem brasileira, havendo mais de 240.000 deles em circulação aqui.  Em 2008, como ano-modelo 2009, passou por uma revisão de projeto em que a maior mudança, fora um bom retoque no estilo frontal, foi o acerto da suspensão em questão de rumorosidade, "tropicalizando-se" de fato e se igualando aos concorrentes na aptidão para enfrentar bem o nosso chão. 

Na ocasião passou a ser oferecido o câmbio automático de quatro marchas. Uma nota curiosa é metade dos proprietários ser do sexo feminino, nota-se isso no trânsito. A caixa automática certamente contribuiu para esse inusitado equilíbrio.

O novo C3, ano-modelo 2013, está 94 mm mais comprido, 41 mm mais largo e 2 mm mais alto. Curiosamente, o enreeixos está 1 mm menor, 2.459 mm. O resultado é amplitude interna um pouco maior, exceto no espaço para pernas dos ocupantes do banco traseiro. O compartimento de bagagem ficou 5 litros menor, 300 litros agora. Engordou pouco, dos 1.075 do primeiro passou a 1.081~1.202 kg, da versão de entrada Origine à Exclusive com câmbio automático.

Não se notam as diferenças de tamanho, mas o visual melhorou bem



O premiado motor Ford 3-cilindros de 1 litro, vista em corte


Em 2012 o mercado brasileiro de automóveis vem assistindo a um intenso ritmo de lançamento de novos produtos, desconsiderando os face-lifts. A Fiat trouxe o Grand Siena (família 326); Citroën, o C3 de segunda geração, completando os modelos do projeto A5x (Air Cross, Picasso e C3); GM, o Chevrolet Cruze hatch, Sonic hatch e sedã, Spin, S10 de segunda geração; mais à frente vem o Onyx sedã; Ford, a Ranger nova geração e o novo EcoSport; Peugeot, 308 etc.; e nestas últimas semanas carros totalmente novos despontam, o Hyundai HB20 e o Toyota Etios.

Porém, nem todos os motores que equipam esses lançamentos são inéditos. O que então define a necessidade de trazer um novo motor ou trem de força? O ciclo de vida dos motores segue um tempo diferente?

Neste espaço do AE, não foram poucos os leitores que manifestaram suas críticas a alguns motores que estão há longo tempo em nosso mercado e ver os lançamentos mais recentes equipados com velhos conhecidos não lhes deixou boa sensação, no que de certa forma concordamos.

Fotos: autor
Corolla XRS, versão esportiva do Corolla

Outro dia fui buscar um Toyota Corolla XRS para o teste de um mês do site Best Cars na histórica sede da empresa, na primeira fábrica da marca no país, em São Bernardo do Campo. Lembrei que lá pela metade dos anos 1970 estivera ali, onde então se fabricavam apenas os sólidos jipes Bandeirante, ícones de uma época onde no Brasil as estradas ruins eram em sua maioria de terra e não de asfalto.

Naquela época me chamou a atenção a aparência daquela fábrica, uma série de galpões baixos, parecendo mais uma grande oficina do que uma indústria de veículos. Era um lugar quase deserto de gente, de maquinários imponentes e decorrente tecnologia digna de nota. O tempo parecia andar mais devagar ali, e de fato andava pois o modelo fabricado era praticamente o mesmo desde quando a empresa se instalou no ABC paulista em 1962, o simples e robusto jipe Bandeirante e suas derivações, herdeiro pouco evoluído do lendário Toyota Land Cruiser japonês do início dos anos 1950.

Na recepção da atual e bem mais imponente Toyota de SBC, esperando "meu" Corolla XRS (made in Indaiatuba, certamente uma fábrica que nem de longe se parece com a antiga Toyota), lembrei também de meu primeiro contato com um veículo da marca japonesa: quando adolescente, tive poucas e boas aventuras em um jipe Bandeirante, carro de trabalho do pai de um amigo do colegial, o Fábio. Adepto do esporte favorito de nossa turma antes de completar os 18 anos de idade (surrupiar carros da família sempre que possível) aquele Toyota foi protagonista de curtas mas intensas aventuras, que basicamente consistiam em subir e descer barrancos de terrenos baldios em uma região da capital paulista que hoje está coalhada de prédios residenciais, o Klabin.