google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: pr.quebarato.com.br


Estávamos em Campos do Jordão, e na casa do Sandrão tínhamos umas seis motos para escolher com quais sair. Cunhados e amigos deixam suas motos trail na casa do Sandrão, já que ele é um feliz morador das montanhas. Campos de Jordão é ótimo para trail, é um mundão infindável.

Como eu morava na fazenda e tinha uma Honda XL 250 normalzinha de fábrica, peguei uma XL com motor preparado, aliviada de supérfluos e com pneus biscoitudos para sentir a diferença e ver se valia a pena fazer o mesmo na minha. No asfalto esses pneus eram simplesmente horríveis, conforme o esperado; roncavam e tinham pouca aderência. Porém na terra eles agarravam bem acima do que eu esperava, já que não estava acostumado com esses pneus de utilização específica para a terra. Fiquei impressionado. A XL era outra coisa com esses pneus. Mudaram radicalmente a moto. Piorou um bocado no asfalto e melhorou muito na terra. 

Quando o Fiat Doblò foi lançado, dei uma boa guiada nele, já que era amigo do dono da concessionária de Pirassununga, e fomos juntos dar um passeio. Em seguida, quando o Doblò Adventure foi lançado, de novo fomos dar um passeio. A versão Adventure vinha, e vem, com pneus de duplo-propósito, ou seja, conforme propagandeiam, para uso na terra e também no asfalto. Já eu os considero como sendo de "duplo-despropósito", pois não são bons nem pra um nem pra outro. 

Fotos: Street Side Classics


Esse AMC Rebel é de 1968, tendo sido restaurado quando completou quarenta anos de idade em 2008.   Apesar da empresa ter morrido há anos, debaixo da batuta da Chrysler, ainda tem uma legião de fãs. E é fácil perceber por que.

Normalmente são pessoas que não se satisfazem apenas com os numerosos e muito comuns Ford, Chevrolet e Chrysler e precisam de algo mais raro, mais difícil de ser encontrado, para se alegrar de verdade. Entendemos que ter e apreciar carros que existem aos milhares pode ser muito bom, principalmente pelas facilidades de informação e manutenção. Pode-se inclusive fazer mais amigos, já que bastante gente tem o mesmo gosto, mas também é necessário entender que a raridade dá um toque especial a qualquer coleção.

O Rebel estava a venda há alguns meses em um site especializado em carros antigos, o Hemmings, por US$ 23.995. Na época do anúncio, tinha 95.000  milhas, pouco mais de 2.400 km rodados por ano. Não tão pouco, mas nada que realmente envelheça o carro.  É uma raridade, já que com essa mecânica foram feitos apenas 382 unidades.

Fotos': arquivo pessoal do autor
Num posto do Paraná antes de um Rali da Graciosa

Durante os cinco anos em que trabalhei na Volkswagen administrando competições viajei muito de carro. Sempre na maior lenha – com toda segurança, bem entendido, afinal estou aqui escrevendo, certo?. Muitos leitores poderão não conhecer o significado da palavra lenha neste contextto, é coisa dos mais velhos, mas dá para intuir: andar muito rápido, de pé em baixo.

Sempre que possível, optava por ir de carro aos locais das provas. Acima de tudo, dirigir é um prazer, relaxa, e nada como não depender de carro emprestado ou alugado nos eventos. Especialmente durante os ralis, quando eu precisava me deslocar muito rápido entre os pontos de apoio para chegar a tempo, antes de os carros chegarem.

Usei pouco um Voyage 4-portas (branco) a álcool, uma ou duas viagens apenas, todo o resto foi com Santanas a gasolina, um CD 1985 e outro, um GLS 1987, ambos brancos com interior bege, como na foto de abertura deste post. Gasolina porque participávamos de ralis na Argentina, Chile e Uruguai. Neste havia postos da Ancap, a petroleira estatal uruguaia, com uma bomba de álcool para os turistas brasileiros, embora o preço fosse exatamente o dobro do álcool aqui, que era subsidiado, mas isso não era problema por as viagens serem custeadas pela fábrica.  Mas sempre é bom contar com a maior autonomia proporcionada pela gasolina nas viagens longas, especialmente quando feitas "de pé em baixo", em que o consumo é alto.
Foto: curiosando708090.altervista.org

Honda 500 Four 1972

 O Arnaldo já falou a respeito no post sobre a Honda CBR 600F, mas acho que o assunto merece ser explorado. É a questão de passageiro ("garupa") na motocicleta.

Se o fabricante dota a moto de pedais de apoio para passageiro é porque este é previsto, senão não colocaria. Acho que não há dúvida a respeito disso. Tive motos japonesas quando começou a onda dela na década de 1970 e foi uma época agradável da minha vida usá-las no dia a dia (muito) e em passeios (nem tanto). Tive uma Yamaha RD 350 e depois uma Honda 500 Four (grandes motos, cada uma com seu jeito!)

Nesses anos, que foram até o começo da década seguinte, quando já em São Paulo comprei uma Honda CB 400 1981 de um amigo e vizinho no prédio onde moro. Usava-a para ir trabalhar no centro da cidade e graças à moto tinha tempo de almoçar em casa.

Tanto na miha fase carioca quanto na paulistana era comum ter alguém comigo na garupa – esposa, parente, amigo – o que constituía algo totalmente normal. Essas três motos citadas eram de dois lugares. A foto de abertura, uma Honda 500 Four (a minha era exatamente igual a essa), não deixa dúvidas quanto a isso.