google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos': arquivo pessoal do autor
Num posto do Paraná antes de um Rali da Graciosa

Durante os cinco anos em que trabalhei na Volkswagen administrando competições viajei muito de carro. Sempre na maior lenha – com toda segurança, bem entendido, afinal estou aqui escrevendo, certo?. Muitos leitores poderão não conhecer o significado da palavra lenha neste contextto, é coisa dos mais velhos, mas dá para intuir: andar muito rápido, de pé em baixo.

Sempre que possível, optava por ir de carro aos locais das provas. Acima de tudo, dirigir é um prazer, relaxa, e nada como não depender de carro emprestado ou alugado nos eventos. Especialmente durante os ralis, quando eu precisava me deslocar muito rápido entre os pontos de apoio para chegar a tempo, antes de os carros chegarem.

Usei pouco um Voyage 4-portas (branco) a álcool, uma ou duas viagens apenas, todo o resto foi com Santanas a gasolina, um CD 1985 e outro, um GLS 1987, ambos brancos com interior bege, como na foto de abertura deste post. Gasolina porque participávamos de ralis na Argentina, Chile e Uruguai. Neste havia postos da Ancap, a petroleira estatal uruguaia, com uma bomba de álcool para os turistas brasileiros, embora o preço fosse exatamente o dobro do álcool aqui, que era subsidiado, mas isso não era problema por as viagens serem custeadas pela fábrica.  Mas sempre é bom contar com a maior autonomia proporcionada pela gasolina nas viagens longas, especialmente quando feitas "de pé em baixo", em que o consumo é alto.
Foto: curiosando708090.altervista.org

Honda 500 Four 1972

 O Arnaldo já falou a respeito no post sobre a Honda CBR 600F, mas acho que o assunto merece ser explorado. É a questão de passageiro ("garupa") na motocicleta.

Se o fabricante dota a moto de pedais de apoio para passageiro é porque este é previsto, senão não colocaria. Acho que não há dúvida a respeito disso. Tive motos japonesas quando começou a onda dela na década de 1970 e foi uma época agradável da minha vida usá-las no dia a dia (muito) e em passeios (nem tanto). Tive uma Yamaha RD 350 e depois uma Honda 500 Four (grandes motos, cada uma com seu jeito!)

Nesses anos, que foram até o começo da década seguinte, quando já em São Paulo comprei uma Honda CB 400 1981 de um amigo e vizinho no prédio onde moro. Usava-a para ir trabalhar no centro da cidade e graças à moto tinha tempo de almoçar em casa.

Tanto na miha fase carioca quanto na paulistana era comum ter alguém comigo na garupa – esposa, parente, amigo – o que constituía algo totalmente normal. Essas três motos citadas eram de dois lugares. A foto de abertura, uma Honda 500 Four (a minha era exatamente igual a essa), não deixa dúvidas quanto a isso.
Fotos: Citroën



Depois de falar a respeito do Citroën DS3 por ocasião da sua apresentação há dois meses, usei-o durante uma semana, suficiente para confirmar o que já havia dito e observar mais pontos. Um deles é que quem não quiser chamar a atenção não deve comprar um. Cabeças se viram para ele, nos semáforos motoristas curiosos fazem as perguntas mais diversas, moradores do prédio onde moro querendo sabar que carro é aquele. Há muito eu não via isso. De fato, seu desenho é muito interessante, tem personalidade marcante.

Andar com o DS3 por aí, como se diz, dá enorme satisfação. Como acelera, como é ágil no trânsito! E depois de dirigir vários carros ultimamente com chave de presença e botão de partida, como é bom pegar a velha chave, introduzi-la no interruptor de ignição/partida e girá-la para acionar o motor de arranque. Pode ser coisa antiga, "de velho", mas é como prefiro. Certas "mudernidades" são inúteis.




A noite caía e o céu vagarosamente ia se cobrindo com estrelas, como se puxasse sobre si um manto fulgurante. O ar estava límpido, fresco, perfumado, o que fazia do ato de respirar uma degustação.

A Lua nascia. O céu de certas noites na Serra da Canastra é algo inesquecível, apaixonante.

Os cinco cavalos aos meus cuidados já o estavam sendo. Dei-lhes feno fresco, ração, e os baldes de água deixei aos seus pés. Amarrados com folga ao redor de uma árvore, foram escovados, e agora, baixando a cabeça e deixando as orelhas penderem, descansavam da viagem de caminhão. O Sheik, meu cavalo, castanho, árabe com inglês, já semicerrava os olhos e amolecia o beiço, sinal que começava a embalar no sono.

Cavalo dorme em pé, que nem carro.