google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: curiosando708090.altervista.org

Honda 500 Four 1972

 O Arnaldo já falou a respeito no post sobre a Honda CBR 600F, mas acho que o assunto merece ser explorado. É a questão de passageiro ("garupa") na motocicleta.

Se o fabricante dota a moto de pedais de apoio para passageiro é porque este é previsto, senão não colocaria. Acho que não há dúvida a respeito disso. Tive motos japonesas quando começou a onda dela na década de 1970 e foi uma época agradável da minha vida usá-las no dia a dia (muito) e em passeios (nem tanto). Tive uma Yamaha RD 350 e depois uma Honda 500 Four (grandes motos, cada uma com seu jeito!)

Nesses anos, que foram até o começo da década seguinte, quando já em São Paulo comprei uma Honda CB 400 1981 de um amigo e vizinho no prédio onde moro. Usava-a para ir trabalhar no centro da cidade e graças à moto tinha tempo de almoçar em casa.

Tanto na miha fase carioca quanto na paulistana era comum ter alguém comigo na garupa – esposa, parente, amigo – o que constituía algo totalmente normal. Essas três motos citadas eram de dois lugares. A foto de abertura, uma Honda 500 Four (a minha era exatamente igual a essa), não deixa dúvidas quanto a isso.
Fotos: Citroën



Depois de falar a respeito do Citroën DS3 por ocasião da sua apresentação há dois meses, usei-o durante uma semana, suficiente para confirmar o que já havia dito e observar mais pontos. Um deles é que quem não quiser chamar a atenção não deve comprar um. Cabeças se viram para ele, nos semáforos motoristas curiosos fazem as perguntas mais diversas, moradores do prédio onde moro querendo sabar que carro é aquele. Há muito eu não via isso. De fato, seu desenho é muito interessante, tem personalidade marcante.

Andar com o DS3 por aí, como se diz, dá enorme satisfação. Como acelera, como é ágil no trânsito! E depois de dirigir vários carros ultimamente com chave de presença e botão de partida, como é bom pegar a velha chave, introduzi-la no interruptor de ignição/partida e girá-la para acionar o motor de arranque. Pode ser coisa antiga, "de velho", mas é como prefiro. Certas "mudernidades" são inúteis.




A noite caía e o céu vagarosamente ia se cobrindo com estrelas, como se puxasse sobre si um manto fulgurante. O ar estava límpido, fresco, perfumado, o que fazia do ato de respirar uma degustação.

A Lua nascia. O céu de certas noites na Serra da Canastra é algo inesquecível, apaixonante.

Os cinco cavalos aos meus cuidados já o estavam sendo. Dei-lhes feno fresco, ração, e os baldes de água deixei aos seus pés. Amarrados com folga ao redor de uma árvore, foram escovados, e agora, baixando a cabeça e deixando as orelhas penderem, descansavam da viagem de caminhão. O Sheik, meu cavalo, castanho, árabe com inglês, já semicerrava os olhos e amolecia o beiço, sinal que começava a embalar no sono.

Cavalo dorme em pé, que nem carro.

Fotos: autor



No começo do ano, o colecionador e amigo Fabio Steinbruch me procurou para fazer uma proposta, a de, profissionalmente, escrevermos sobre os carros inesquecíveis do Brasil, uma obra para publicação em 50 fascículos com venda nas bancas de jornais e revistas e assinatura. Embalada junto com o fascículo, uma miniatura. O cliente, uma editora espanhola.


Tudo acertado, mãos à obra. A mim coube escrever o texto principal de 10.000 caracteres com a história de cada carro e a respectiva ficha técnica; ao Fabio, dois boxes complementares de 2.000 caracteres cada um e as fotos mais as legendas.