google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



— Cara! Você não pode imaginar o sucesso que fazia esse carro —  me dizia o Fábio diante de um Chevrolet Bel Air 1957, conversível, branco e vermelho, aquele discreto rabinho de peixe, interior vermelho e branco.
—  Imagino, sim — respondi. Ele nunca deixou de fazer um tremendo sucesso. Tudo continua parando pra ele passar.

Pois é, num dado momento, as nuvens no céu se abriram e um facho de luz iluminou o sujeito que o desenhou. Uma inspiração só possível dentro de determinada conjunção de fatores. Uma janela no tempo. Algo aconteceu que nunca voltará a acontecer.

No mesmo dia calhou de eu começar a ler o livro de memórias do Marcello Mastroianni, grande ator italiano – cuja maior glória, a meu ver, foi ter sido amante da Catherine Deneuve – e lá ele cita que lembrava perfeitamente do silêncio que tomou conta do restaurante Chez Maxim’s de Paris quando o Gary Cooper entrou de summer branco. Também tudo parou, inclusive o Mastroianni. E tinha mesmo que parar. Classe é classe. Tira-se o chapéu e deixa passar, e boa.

Página principal do site Reparador Fiat


Finalmente minha esposa trocou de carro. Conseguimos vender o Fiesta, pegando um Siena Fire 2008, com apenas 33.000 km, da mãe de um grande amigo nosso que havia tirado o carro 0-km. Carro com procedência acima de qualquer suspeita.

Gosto de conhecer bem a mecânica dos carros daqui de casa. Quando comprei o Fusion, aproveitei uma viagem que fiz aos EUA para trazer de lá os manuais de reparação dele, Comprei, pelo eBay, os manuais originais de concessionária fornecidos pela Ford americana, por 65 dólares. Já que a Ford Brasil não disponibiliza este tipo de informação ao público, precisei ir “direto à fonte” para conseguir os manuais, obviamente em inglês.


Manuais de reparação do Fusion que a Ford americana vende para quem quiser

Fotos: Volkswagen



Depois de quatro anos (julho 2008) e três anos e dez meses (setembro 2008), Gol e Voyage, respectivamente, passaram simultaneamente por atualizações mas sem mudança de geração, que permanece a quinta. As mudanças mais evidentes estão no estilo das extremidades, como ocorre muito, ambos ganhando identidade visual frontal "Wolfsburg", ou seja, acompanhando as linhas gerais de quase todos os Volkswagen alemães.  Aqui, ares de Fox e Polo.

Traseira mudou para melhor

Certamente haverá quem não goste, mas, francamente, não há por que reclamar da decisão da fábrica que tem provocado tanto admiração quanto desaprovação, caso, por exemplo da "semelhança" entre Passat e o Jetta. Mas o mais importante é que de feio não tem nada, pelo contrário, os dois nacionais ganharam presença.

Novo visual do Voyage, mais bonito e com bem mais presença

Foto: autor



Depois do post de ontem sobre a questão de vias impróprias para bicicletas, veio-me a idéia: por que não dar aqui no AE algumas dicas para o ou a ciclista trafegar com mais segurança? Vamos a elas.

1. A bicicleta, embora robusta a ponto de suportar 20 vezes o próprio peso, como eu disse ontem, paradoxalmente é um veículo frágil. Tem pouco contato com o solo, os pneus são estreitos (para menos atrito de rolamento e facilitar o pedalar) e por isso a área de aderência molecular é baixa, o que se traduz em baixa aderência geral. Ou seja, derrapa com facilidade e derrapagem de bicicleta costuma resultar em tombo. Essa aderência é crítica sobre superfícies escorregadias como as faixas de marcação do solo, além do fato de os pneus estreitos serem afetados pelas tachas refletoras nas faixas, podendo até desequilibrar o ciclista. Se ocorre até com motocicletas, o que dirá com bicicletas. Aliás, aplicar esses refletores na vias públicas iluminadas é um crime, na minha opinião: são absolutamente desnecessários nas vias iluminadas das cidades, sendo úteis apenas nas estradas, que não têm iluminação, em que a luz dos faróis é que permite sua visualização.

2. O conjunto bicicleta mais ciclista é estreito e por isso não é facilmente avistado pelos motoristas. Esse problema se agrava significativamente com a praga nacional dos "sacos de lixo" nos vidros, as películas escurecedoras que estão totalmente em desacordo com a legislação (todo carro já sai de fábrica com transparência dos vidros nos limites mínimos, portanto qualquer película que não seja transparente torna o carro irregular). O ciclista precisa ter consciência de que as chances de não ser visto são enormes e deve ficar atento, na defensiva.

3. Lembrar que uma porta de carro que se abra é dos maiores perigos ao andar de bicicleta. Já aconteceu comigo quando bem jovem, felizmente não passou de um corte na região da clavícula direita. Nunca passar junto de um carro, quanto mais hoje que não se sabe se há pessoas a bordo ou não, devido aos "sacos de lixo" (no meu caso citado, era um furgão Chevrolet, dos grandes, dos anos 1950, não tinha como saber se tinha motorista ou não).