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Depois do
post de ontem sobre a questão de vias impróprias para bicicletas, veio-me a idéia: por que não dar aqui no AE algumas dicas para o ou a ciclista trafegar com mais segurança? Vamos a elas.
1. A bicicleta, embora robusta a ponto de suportar 20 vezes o próprio peso, como eu disse ontem, paradoxalmente é um veículo frágil. Tem pouco contato com o solo, os pneus são estreitos (para menos atrito de rolamento e facilitar o pedalar) e por isso a área de aderência molecular é baixa, o que se traduz em baixa aderência geral. Ou seja, derrapa com facilidade e derrapagem de bicicleta costuma resultar em tombo. Essa aderência é crítica sobre superfícies escorregadias como as faixas de marcação do solo, além do fato de os pneus estreitos serem afetados pelas tachas refletoras nas faixas, podendo até desequilibrar o ciclista. Se ocorre até com motocicletas, o que dirá com bicicletas. Aliás, aplicar esses refletores na vias públicas iluminadas é um crime, na minha opinião: são absolutamente desnecessários nas vias iluminadas das cidades, sendo úteis apenas nas estradas, que não têm iluminação, em que a luz dos faróis é que permite sua visualização.
2. O conjunto bicicleta mais ciclista é estreito e por isso não é facilmente avistado pelos motoristas. Esse problema se agrava significativamente com a praga nacional dos "sacos de lixo" nos vidros, as películas escurecedoras que estão totalmente em desacordo com a legislação (todo carro já sai de fábrica com transparência dos vidros nos limites mínimos, portanto qualquer película que não seja transparente torna o carro irregular). O ciclista precisa ter consciência de que as chances de não ser visto são enormes e deve ficar atento, na defensiva.
3. Lembrar que uma porta de carro que se abra é dos maiores perigos ao andar de bicicleta. Já aconteceu comigo quando bem jovem, felizmente não passou de um corte na região da clavícula direita. Nunca passar junto de um carro, quanto mais hoje que não se sabe se há pessoas a bordo ou não, devido aos "sacos de lixo" (no meu caso citado, era um furgão Chevrolet, dos grandes, dos anos 1950, não tinha como saber se tinha motorista ou não).