google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: quatrorodas.abril.com.br
Chevrolet Veraneio


Hoje a coisa está fácil. Dirigir está cada vez mais leve e as reclamações sobre um carro ou outro chegam a ponto do ridículo. Irrita ouvir ou ler homenzarrões reclamando de uma direção pesada, tipo um Uno Mille que não tem direção hidráulica: "Affe! Imagine só, aquele Uno tinha uma direção pesadíssima, terrível para manobrar! Um carro assim não dá para guiar! Affe!"

E nessas vem a clara lembrança de minha mãe, sempre linda e arrumadinha, dirigindo uma perua Chevrolet Veraneio com direção "seca", ela com seus franzinos um metro e sessenta e poucos, e pra ela tudo bem, estava com um carro novo e grande, bom pra família viajar nos fins de semana e levar um monte de malas e crianças e cachorros, e ela contente virando aquele volantão e tudo bem.




Uma invenção do começo do século 20, numa pequena cidade do Meio Oeste americano, está entre nós até hoje. Ao dirigir um carro de câmbio manual deve-se agradecer aos irmãos Packard pelo padrão "H", patenteado em 1902 por James Packard e William Hatcher. Packard foi o co-fundador da Packard Motor Car Co, com seu irmão William, e Hatcher era um engenheiro projetista. Historiadores confirmam que eles foram os primeiros a usar o padrão "H".

A descrição no pedido da patente, assinada por Packard e Hatcher, dizia “Inventamos algumas novas e úteis Melhorias no Mecanismo de Controle para Veículos a Motor“, o que veio a se comprovar ser apenas parte do que era realmente. E acrescentava: “Esta invenção compreende aperfeiçoamentos nos dispositivos de controle do veículo; e ela é relativa aos meios pelos quais o veículo pode ser parado, posto em movimento e dar ré, e sua velocidade controlada, pelo simples movimento para frente e para trás de uma alavanca de controle”.
Foto: revistaepoca.globo.com

Pátio da Renault em São José dos Pinhais, PR

O excelente post do Carlos Maurício Farjoun A hora e a vez do carro usado me levou a tecer algumas considerações sobre o tema.

Numa paródia ao popular "só há dois tipos de...", só há dois tipos de comprador de automóvel, os que só compram carro zero-quilômetro e os que só compram carro usado, ambos por convicção. Sou do primeiro grupo, embora minha última compra de carro zero tenha sido em fevereiro de 2003. Antes, em 2001, a contragossto, havia comprado o Escort 1,8 Zetec 1998, com 50.000 km, que vendi para o Arnaldo Keller em dezembro de 2008  e 100.000 km depois e está com ele até hoje. Por que a contragosto? O montante de que que eu dispunha tinha destino, uma ampla reforma no meu apartamento.

Meu "jejum" de carro novo explica-se pelo fato de na minha atividade eu me ver às voltas sistematicamente com carros de teste, portanto novos, e também pelo tipo de uso dos meus carros particulares, circulação na cidade somente. Mas há outro motivo, secundário: a avaliação pelas concessionárias dos carros usados a serem dados em troca de um novo costumar ser muito baixa – não as condeno de todo, faz parte do objetivo comercial o lucro, mas, por outro lado, recrimino a prática da maioria delas de valer ano de fabricação na compra e ano-modelo na venda, que considero uma tremenda "isperteza".



Há muito que eu queria dividir com o leitor está matéria publicada na revista Plane & Pilot de setembro de 1969, uma das que eu costumava comprar no tempo em que voava habitualmente nos fins de semana, por esporte, quando ainda morava no Rio de Janeiro.

Em vez de Car and Driver, Plane & Pilot...

O assunto é avião, pode parecer que não tem nada a ver com automóvel, mas só tem. A visão de um motorista não é menos importante que a de um piloto de avião – tenho dúvidas se não seria até mais.

A leitura da matéria, algo longa mas valiosa, vai ajudar todos a dirigir melhor à noite, com mais segurança. Por isso eu queria postá-la.

O autor é o Prof. Dr. James R. Gregg, na época instrutor de Optometria da Faculdade de Los Angeles, um dos maiores especialistas em problemas visuais enfrentados pelos pilotos. Este foi seu segundo artigo para a Plane & Pilot. O primeiro, “Óculos de sol para pilotos”, foi publicado na edição de fevereiro de 1969, que não tenho. O Dr. Gregg faleceu em 29 de setembro de 2009, aos 94 anos. Mais sobre ele pode ser lido em http://www.scco.edu/index.php/happenings/news-article/548.

No texto, onde se lê piloto, leia-se motorista. Praticamente todos se encaixam  Ao longo da matéria faço alguns comentários, grafados em itálico
Leia, vai lhe ser útil.
BS


OS PROBLEMAS DO VÔO À NOITE

Por Dr. James R. Gregg

O olho humano é, em verdade, dois olhos em um. Durante o dia, um mecanismo é responsável pelo que se vê. À noite, um sistema inteiramente diferente é usado. No crepúsculo ou com baixa iluminação, ambos funcionam de alguma forma.

Quão bem o processo de troca funciona depende em parte da natureza inerente dos olhos de cada um. Mas, até certo ponto, é possível uma pessoa influenciar sua capacidade de enxergar à noite. Os resultados são óbvios – mais acuidade, maior segurança e mais conforto visual.