Vivemos hoje sob o pseudo-terrorismo dos plásticos, sempre odiados pelos jornalistas testadores de carros daqui e do resto do mundo. A ponto de sempre falarem em plásticos “bem-encaixados e sem rebarbas”, como se isso fosse mérito ou então como se não fosse geralmente assim. Os fabricantes têm que fazer das tripas coração para que seus produtos de menor preço não tenham plásticos com cara de menor preço. Senão, lá vem malho.
Sabedoras de longa data da perseguição aos plásticos, as fabricantes procuram minimizar o problema com inteligência. A Peugeot, no 408, aplicou revestimentos de portas de toques diferentes nos espaços dianteiro e traseiro, mais duros atrás. Sendo um sedã médio a ser dirigido pelo dono, este teria, em hipótese, sensação de maior "luxo".
Pensei nesse assunto numa viagem de avião semana passada, um
Boeing 737-800 da Gol, pelo jeito bem novo na frota. Fiquei procurando
plásticos macios e o resultado foi tudo duro. Nunca vi ninguém reclamar de
plásticos duros em avião. Já em automóvel...