google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


A maioria das pessoas deve ter notado que a pintura dos veículos militares é fosca. A razão é simples, evitar reflexos que possam facilitar sua localização por forças inimigas. Porém, na ótica de segurança no trânsito, a do próprio motorista inclusive, é justamente o que não se deve querer, um carro com pintura fosca.

Um item brilhante torna fácil localizá-lo mesmo em condições de luminosidade próxima a zero. É por esse motivo que as maçanetas internas de abertura de portas são cromadas ou bem claras em todos os carros hoje. Num acidente à noite, em que o carro pode ficar sem energia elétrica, aquele ponto brilhante tem mais chance de ser visto se brilhar, possibilitando sair do carro.

Apesar disso, carro fosco é uma mania que se espalha pelo mundo e, claro, aqui também. Mas não se trata de tinta fosca, e sim do uso da técnica de envelopamento. Esta consiste em aplicar um adesivo próprio, de grande área, contínuo, da modo a não haver emendas – não necessariamente preto fosco, mas da cor que o cliente desejar – por toda a superfície da carroceria, produzindo o mesmo efeito de uma aplicação de tinta a pistola..

O envelopamento não é proibido e nem contra-indicado. Tampouco é o aspecto fosco, caso seja desse tipo. Só se a cor mudar é que o proprietário precisará regularizar a alteração perante a autoridade de trânsito, que são os Detrans ou as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans); exigência bem antiga e conhecida. Basta ir a um desses órgãos munido da nota fiscal do serviço que alteração é concedida. Muitas vezes nem precisa vistoria.
 Foto: carplace.virgula.uol.com.br



A questão de velocidade e a recente Resolução 396 do Contran gerou o post de ontem, o Requiem Aeternum. Pelos comentários de alguns poucos, parece que o automóvel é o grande vilão do nosso tempo, ligado que está a acidentes, tráfego congestionado, poluição, despesas, ocupação de espaço desmedida, entre outras mazelas. Há até os que aplaudem o "Dia Mundial Sem Carro", em agosto. Será que é isso mesmo? Não é.

O ano ainda não acabou e os governos estaduais já entram em êxtase só de pensar na arrecadação proporcionada pelo IPVA, com os governos municipais indo no vácuo por lhes caber metade do que o estado fatura com esse imposto. Ainda na semana passada, antes do Natal, chegaram as minhas duas guias do IPVA. E no vácuo do IPVA as seguradoras lambem os beiços com o momento do seguro obrigatório, o DPVAT.

IPVA: sede ao pote


Do dicionário Aulete:

(.qui:em)
sm.
1. Litu. Na liturgia católica, parte do ofício dos mortos que principia com a palavra latina requiem aeternam (repouso eterno) 

Pois a placa acima entrou em repouso eterno em seguida a um hábito que se enraíza cada vez mais em terra brasilis – aliás, essa última palavra lembra alguma coisa que arrepia, não lembra? – que é arrasar com a imagem de bom velhinho do Papai Noel, aquele que traz presentes que deixam felizes crianças dos 8 aos 80 anos.

Pois no dia 22, na ante-véspera do Natal, entrou em vigor a Resolução 396/11 do Conselho Nacional de Trânsito anarquizando com a sistemática de controle de velocidade nas vias públicas implementada pelo órgão em novembro de 2006 – o Contran era decentemente dirigido por Alfredo Peres da Silva desde janeiro daquele ano, mas lamentavelmente ele deixou o cargo com a mudança de governo no começo de 2011. 

A Resolução 396 foi um presente que  Papai Noel jamais daria, pois de louco ele não tem nada.

A sistemática, adotada pela Resolução 214 de 13/11/2006 era a obrigação de haver placa de aviso, como a mostrada na abertura deste post, sempre que houvesse um detetor de velocidade de qualquer tipo.

A medida tinha um cunho de honestidade por parte do órgão máximo normativo de trânsito do Brasil. Mais do que honestidade, a obrigação de informar presença de detetores de velocidade nos alinhou com o Primeiro Mundo, o que sempre é motivo de júbilo ao se ter uma informação a que se tem direito, como entendia o Contran.


Malibu Eco 2012 (foto revista Car and Driver)


Na edição de dezembro da revista Car and Driver americana foram-nos oferecidas algumas impressões da versão pré-produção do novo Chevrolet Malibu Eco; semanas depois, saiu matéria sobre o Buick LaCrosse no The New york Times, co-irmão que divide a plataforma e vários sistemas com o Malibu e também o mesmo conceito “Eletrificação light num powertrain tradicional”, como a GM americana definiu (leia)

Buick LaCrosse 2012 Light Hybrid (New York Times)

Para ambos os modelos a GM desenvolveu um sistema que faz uso de um motor e de um gerador elétrico, que substitui o alternador e é alimentado também por um pacote de baterias de íons de lítio de 32 células, que pesa 29,5 kg e se localiza no porta-malas. O MAO e a BMW, que adoram posicionar baterias atrás do eixo traseiro para melhor distribuição de peso e consequentemente maior equilíbrio dinâmico, mal saberiam o que fazer com tamanho "presente"...


Porta-malas do Malibu Eco 2012 (Car and Driver)

Este motor/alternador é feito na China e presta sua contribuição ao motor a combustão tradicional de 2,4 litros e 182 cv, via correia de borracha ligada à árvore de manivelas, adicionando 15 cv elétricos. O fabricante alega que o uso combinado de ambos motores faz o consumo melhorar de 8 km/l para 11 km/l no ciclo EPA urbano. No ciclo rodoviário o consumo vai de 12,7 para 16 km/l. Esses números realmente são bons, considerando o peso em ordem de marcha do Malibu ser de 1.634 kg.