A maioria das pessoas deve ter notado que a pintura dos veículos militares é fosca. A razão é simples, evitar reflexos que possam facilitar sua localização por forças inimigas. Porém, na ótica de segurança no trânsito, a do próprio motorista inclusive, é justamente o que não se deve querer, um carro com pintura fosca.
Um item brilhante torna fácil localizá-lo mesmo em condições de luminosidade próxima a zero. É por esse motivo que as maçanetas internas de abertura de portas são cromadas ou bem claras em todos os carros hoje. Num acidente à noite, em que o carro pode ficar sem energia elétrica, aquele ponto brilhante tem mais chance de ser visto se brilhar, possibilitando sair do carro.
Apesar disso, carro fosco é uma mania que se espalha pelo mundo e, claro, aqui também. Mas não se trata de tinta fosca, e sim do uso da técnica de envelopamento. Esta consiste em aplicar um adesivo próprio, de grande área, contínuo, da modo a não haver emendas – não necessariamente preto fosco, mas da cor que o cliente desejar – por toda a superfície da carroceria, produzindo o mesmo efeito de uma aplicação de tinta a pistola..
O envelopamento não é proibido e nem contra-indicado. Tampouco é o aspecto fosco, caso seja desse tipo. Só se a cor mudar é que o proprietário precisará regularizar a alteração perante a autoridade de trânsito, que são os Detrans ou as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans); exigência bem antiga e conhecida. Basta ir a um desses órgãos munido da nota fiscal do serviço que alteração é concedida. Muitas vezes nem precisa vistoria.