google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Li esse texto quando trabalhava na GM. Alguém me deu para lê-lo, li, achei muito interessante, tirei uma cópia e guardei. Foi publicado na revista americana AutoWeek em agosto de 1998. Seu autor, Leon Mandel, foi editor-chefe e publisher da revista e escreveu sobre automóveis durante quatro décadas. Faleceu em 5 de março de 2002 aos 73 anos.

Procurando determinado papel nos meus guardados, encontrei a cópia - é sempre assim, procura-se uma coisa e se acha outra. Achei que o texto merecia ser compartilhado com os leitores do AE por ter muito a ver com o que acontece nos nossos dias.

BS


O QUE MARCA SIGNIFICA REALMENTE

Por Leon Mandel

Fala-se muito nas escolas que a lealdade à marca teve o mesmo fim do aperto de mãos quando se fechava um negócio. Pois estão todos redondamente enganados.

Algumas edições atrás eu escrevi um artigo exaltado sobre como a GM poderia definir melhor suas marcas - vender Chevrolets na Kmart, oferecer Buicks com revestimentos interiores exóticos, escrevi; vender Saturns de micro em micro pela internet ou nas livrarias das universidades, acrescentei...já deu para vocês saberem do que estou falando. É o fim do mundo.

Foto: m.noticias.uol.com.br

Espelho retrovisor esquerdo do novo Fiesta e Fusion


Na única vez que estive em Seul, Coréia do Sul, notei duas coisas nos carros de lá. A maioria tinha um pequeno espelho circular de grande convexidade sobreposto ao normal, plano, evidentemente para aumentar o campo de visão. Como todos os carros que vi tinham espelho esquerdo plano, pressuponho que seja norma, tal como nos Estados Unidos, onde é proibido espelho convexo no lado do motorista. A mão na Coréia do Sul é direita, como aqui.

A outra que vi em muitos carros foi o botão aplicado ao volante de direção, fazendo deste uma manivela, para facilitar uso em manobras. É um acessório bem antigo, que se via com relativa freqüência por aqui e continua sendo usado, mas em carros adaptados para portadores de necessidades especiais.

Botão acrescentado ao volante, para girá-lo rapidamente em manobras
Foto: Paulo Keller



Quase tudo que é demais cansa. Dirigir demais cansa, enche a paciência. Dirigir em São Paulo tornou-se uma atividade que raramente nos dá prazer.

Mesmo estando num baita carrão gostoso, dos melhores que há, a única coisa que ele pode nos oferecer a mais é mais silêncio, mais maciez, melhor ergonomia, menos movimentos para ser conduzido e melhor controle da temperatura ambiente, além de um som melhor. De prazer em guiar, mesmo, do jeito que um autoentusiasta gosta, nadicas. 



Não há quem não conheça esse nome e esse logotipo, o do programa dominical da TV Globo exibido às 9 horas da manhã. Uma proposta elogiável da emissora n°1 do Brasil, falar sobre o mundo automobilístico. Quando começou, em 2002, se a memória não me falha, era absolutamente agradável de assistir, coisa de um primeiro mundo que ainda era algo distante para nós. Mas depois mudou de caráter e enveredou por um caminho lamentável, o do título desse post.

Ter "ação comercial" no seu conteúdo significa que o Auto Esporte não é um programa jornalístico como se espera de um programa de tevê, mas o que o próprio nome indica, um programa comercial. Para que um automóvel seja avaliado ali é preciso pagar, o que não existe na imprensa séria, inclusive a imprensa automobilística.