google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Não há quem não conheça esse nome e esse logotipo, o do programa dominical da TV Globo exibido às 9 horas da manhã. Uma proposta elogiável da emissora n°1 do Brasil, falar sobre o mundo automobilístico. Quando começou, em 2002, se a memória não me falha, era absolutamente agradável de assistir, coisa de um primeiro mundo que ainda era algo distante para nós. Mas depois mudou de caráter e enveredou por um caminho lamentável, o do título desse post.

Ter "ação comercial" no seu conteúdo significa que o Auto Esporte não é um programa jornalístico como se espera de um programa de tevê, mas o que o próprio nome indica, um programa comercial. Para que um automóvel seja avaliado ali é preciso pagar, o que não existe na imprensa séria, inclusive a imprensa automobilística.
Foto.estadao.com.br


Saiu esta semana o resultado do exame de alcoolemia da motorista do Hyundai Tucson que perdeu a vida na colisão com um Porsche 911 na esquina das ruas Tabapuã e Bandeira Paulista, em São Paulo, na madrugada de 9 de julho último: 2,1 gramas de álcool por litro de sangue. Representa 250% mais que o limite estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro e 11.500% sobre o permitido pela lei seca.

O triste fato apenas corrobora o que venho dizendo há mais de três anos, desde que a lei foi promulgada. Quem causa ou sofre acidente relacionado a ingestão de bebida alcoólica não é quem bebe comedidamente, dentro do limite de 0,6 g/L que o CTB autorizava e que estava alinhado com a vasta maioria dos países, e que baixou para 0,2 g/L com a lei, mas quem está efetivamente bêbado, de porre. E isso significa alcoolemia 1,0 g/L, no mínimo.

Há cerca de dez anos eu viajei para Peruíbe, litoral sul de São Paulo. Estava entre amigos e durante a noite decidimos ir a um barzinho no centro da cidade, de frente para o mar. Estávamos em três carros, que foram estacionados junto ao meio fio do calçadão da Avenida Governador Mário Covas Júnior.

Um dos carros, um VW Gol preto, estava com um jogo de pneus Goodyear GPS novos em folha. Quando saímos do bar, fomos em direção aos carros e os passageiros do Gol logo perceberam que o carro estava apoiado sobre tijolos: haviam roubado as rodas do lado direito do carro, justamente o lado voltado para a praia, sem iluminação alguma.

Muitos anos depois, ocorreu de novo: um primo deixou seu carro (um Vectra GT) em um desses "valets" da Vila Olímpia e a devolução do carro começou a demorar. Meu primo já estava ficando aflito quando um dos gerentes do bar o chamou para comunicar que haviam roubado as quatro rodas do carro. É óbvio que o carro ficou largado na rua, para alegria dos rapinantes, mas a casa decidiu cobrir o prejuizo e ficou por isso mesmo.

Fotos: autor




Tenho certeza: não se sabe mais fazer ruas no Brasil. Há coisa de dois meses terminaram recapeamento de uma importante rua no meu bairro, a alameda dos Nhambiquaras, e a curvatura transversal, ou câmber da rua, é impressionante, forte demais. 

A foto acima foi tirada a uns 50 centímetros do chão e não dá para se ver o meio-fio do outro lado, tal o exagero da curvatura, apesar de ser uma rua estreita. E o que tem isso, muitos podem perguntar. Muita coisa.

Um veículo que esteja trafegando nas faixas laterais, ao frear forte, travando roda, pode desviar para o lado do caimento, uma simples questão da força de gravidade. Esse tipo de erro existe também em vários trechos da marginal do rio Pinheiros, na capital paulista e constitui ameaça para todo tipo de veículo, os de duas rodas principalmente.