google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Colin Bond, Tony Roberts e o Holden Monaro  GTS350 provavelmente nunca irão receber os merecidos créditos pelo que realizaram na prova "500 km de Bathurst", na Austrália, de 1969. Apesar de vencerem, aquela corrida teve muitas distrações sérias.

As imagens dessa vitória competem com as dos vários acidentes que ocorreram, e com uma Ford derrotada com muitos problemas de pneus, culpando o fabricante destes pelos contratempos.

Na verdade, a equipe de fábrica havia decido usar pneus que não haviam sido testados antes dessa corrida, e o famoso Murphy, o autor da lei das coisas que dão erradas, estava trabalhando nesse dia. Se poderia dar algo errado, daria.


Nestas últimas semanas, os principais assuntos dos noticiários são acidentes de carros. Como este assunto pode gerar polêmica, desde já digo que não estou defendendo ninguém e não vou nem falar em culpa, certo ou errado. Quem estava envolvido nos acidentes deve responder pelos seus erros, mas não é aqui que vai ser abordado o tema.

O que incomoda é como a mídia, sempre dona da verdade e manipuladora dos acontecimentos retrata os fatos para que gere maior repercussão e assim, maior audiência. Os três casos mais comentados foram o do Porsche com o Tucson, o do Land Rover que atropelou uma pessoa, e o Camaro que entrou na praça com o motorista bêbado.
Fotos: HotCampinas.com
Em um dos meus posts, citei o 5º Festival Brasileiro de Recordes, organizado pelo Auto Union DKW Club do Brasil e realizado em outubro de 2006, no Aeroporto de São José dos Campos. Fiz a cobertura do evento para a revista Oficina Mecânica, editada desde 1986 pela família Silveira (o "tio" Josias e seu filho Guilherme, o "Badu").

Chegando lá, havia um grande número de esportivos, de todas as escolas e nacionalidades: Ford Mustang, Audi RS2, De Tomaso Pantera, Mitsubishi 3000 GT, Porsche 993, Subaru Impreza WRX, BMW M3, Toyota Supra, BMW M5, Jaguar XJS Lister Le Mans, Nissan 300 ZX, entre outros. Mas o que mais me chamou a atenção foi um Opel Calibra vermelho.


O Conde Zborowski foi o feliz proprietário do lendário “ChittY-ChittY-Bang-Bang”, carro de 1919, motor realmente estúpido de 23 mil cm³.

Finda a 1a Guerra Mundial, em 1918, centenas de motores de avião com ao redor de 300 hp passaram a atravancar os galpões do Ministério das Munições Inglês. Não havia uso para eles e o Ministro os pôs à venda por meras 30 libras inglesas cada um, dinheiro de whisky, como diriam os ingleses, já que pinga não tinham ali. Achavam-se motores V-12 Sunbeam de 225 hp, V-12 Rolls-Royce Falcon de 275 hp e o célebre 6-cilindros Maybach de 300 hp, todos, como disse, de avião.

É aí que entra nosso amigo Conde. O Zborowski deu um jeito de encaixar esse Maybach de 23 litros e 300 cv num chassi de Mercedes. Manteve radiador, embreagem e câmbio do Mercedes. Deu esse nome bizarro ao carro: “Chitty-Chitty-Bang-Bang”, que caracterizava seu bom-humor e, no início dos anos vinte, participou de corridas em Brooklands além de sair pelos arredores de sua mansão em Canterbury a atazanar o mundo todo. O troar aviônico de seu motor já prenunciava a chegada do furacão. Sua passagem era um caos, mas conde é conde e os outros que se agüentassem.

O Zborowsky não ficou só nesse Chitty aí. Montou mais três deles, tudo monstro.