google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Marinha do Brasil


Quando escrevi o post Nas mãos dos outros em 28 de maio, literalmente me adiantei ao relatório final do acidente pelo Bureau d'Enquêtes et d'Analyses (BEA), da França, publicado há alguns dias em toda a imprensa. Foi um acidente que jamais poderia acontecer e a culpa cabe exclusivamente dois copilotos que estavam na cabine de comando no momento.

Tudo o que eu disse àquela altura se confirmou na íntegra. Não sou perito em acidentes aeronáuticos, mas  uma pouco de lógica associada ao conhecimento de voo por ter brevê de piloto permte fazer determinadas análises. A deste lamentável acidente foi uma delas.

Foto: olive-drab.com


Como muitos já sabem, quando a Alemanha foi derrotada em 8 de maio de 1945 e terminou a Segunda Guerra Mundial na Europa, o país foi dividido em quatro zonas de ocupação: americana, francesa, inglesa e soviética. A fábrica do carro do povo ficou na zona britânica e dois oficiais do exército inglês passaram a dirigir operações de reparação de veículos, logo passando a produzir sedãs VW. De tudo o que encontraram o que mais os encantou foi o anfíbio Tipo 166 Schwimmwagen (carro nadador).

Um dos oficiais, o major Ivan Hirst, um verdadeiro entusiasta de automóveis, logo pensou em produzir o veículo, mas numa consulta ao governo britânico foi-lhe dito que não havia dinheiro para aquele tipo de veículo e ele foi obrigado a jogar fora as ferramentas de prensa que estampavam o casco de aço. Um veículo que podia ser considerado a obra-prima de Ferdinand Porsche não poderia mais ser fabricado.
Fotos: Nora Gonzalez


Alguns leitores me criticam por ser muito "reclamão" nos assuntos de trânsito e outros. Um chegou a me dizer que personifico o seu Saraiva, personagem do programa humorístico "Zorra total", da TV Globo, no quadro Tolerância Zero, vivido pelo saudoso Francisco Milani (1936-2005). Mas o que vou contar agora vai mostrar que não reclamo à toa.

Um amiga de longa data, a jornalista Nora Gonzalez, escreveu-me alguns dias atrás dizendo que em Araçoiaba da Serra, SP, próximo a Sorocaba, onde costuma ir com frequência nos fins de semana, o prefeito fez das calçadas ciclovias. A foto acima mostra o "capricho" da obra, com demarcação simplória da via que se subtende ser de mão única com duas faixas de rolamento.
Foto: automobilemag.com


Vi esses dias no Jornal Hoje, da TV Globo, matéria sobre reprovação nos exames práticos para motorista e me veio de novo a pergunta: dirigimos no modo manual ou no automático? Será que temos um "piloto automático" dentro de nós? O que percebo depois de muitos anos ao volante  é que temos dois modos de funcionamento ao dirigir, o manual e o automático. Para caminhar também.

Na maior parte das vezes em que dirigimos estamos no automático, o fazemos sem nos dar conta. Pensamos na vida, nos compromissos, nos problemas e enquanto isso estamos em marcha. Podemos ver um sinal fechar e parar, mas sem nos darmos realmente conta que estamos conduzindo um carro naquele momento. Ãs vezes, numa viagem, só nos damos conta que passamos por determinado ponto ou cidade bem depois, já tiveram essa experiência?