google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
 Foto: zap.com.br


Outro dia estava dando uma olhada no "arquivo morto" da minha memória e comecei a me lembrar de defeitos que eram comuns não faz muito tempo. É surpreendente como as coisas mudaram em relação ao automóvel. Eis alguns defeitos que vivenciei, alguns bem antigos.

Mola quebrada
Quantas vezes meu pai teve que achar uma oficina de molas na estrada nas nossas viagens do Rio a São Lourenço, eu com 6~7 anos. O carro era um Mercury 1946 cupê, que tinha eixo rígido até na frente e as molas eram feixes transversais. Como quebravam!

Ponta do chassi rachada
O Oldsmobile 88 ano 1950 lá de casa teve de receber um "bacalhau", ou uma chapa de reforço soldada na ponta do chassi, que rachou com o peso do para-choque devido à buraqueira das nossas estradas, muitas ainda de terra, como a Niterói-Nova Friburgo. Falhas estruturais são raras hoje, mas fala-se em quebra das soldas entre assoalho e túnel do transeixo nos Santanas.

Painel bastante simples para um topo de linha

Ao planejar minha viagem de férias aos EUA, queria alugar um carro diferente dos "budget", diferente dos pony cars V-6 pelados, tinha de ser algo entusiástico. Puxei a opção dos premiums, as alternativas para seis dias começaram a se estreitar, locação de BMW Série 3 ou Mercedes Classe E custavam mais de duas vezes a do Cadillac DTS e não havia disponível, enquanto o Caddy estava lá, prontinho, me esperando.

Nunca havia dirigido um carro dessa marca antes. Talvez a primeira vez que entendi o que seja um Cadillac foi o impacto visual que um modelo Eldorado 1955 me causou rodando na Rodovia dos Bandeirantes, uns 6 metros de comprimento, capota baixada, belo clássico, e era a metade da década de 80.









Classe, sim, mas bonito?


Porta-malas não é gigante, mas é adequado para a proposta do DTS
Manhã de sábado, feira na avenida Francisco Prestes Maia, no centro de São Bernardo do Campo. Não gosto muito de fazer compras em feira de rua, mas sempre invento uma desculpa para saborear um delicioso pastel de feira com caldo de cana.

Estou a 50 metros da barraca do pastel quando ouço a primeira pancada. Outra pancada mais forte em seguida e vejo um Renault Clio preto capotando, com aquela sonoridade típica de borracha e cacos de vidro no asfalto.

Ao volante do Clio, um jovem de 20 e poucos anos. Conseguimos abrir a porta do carro e ele saiu espontaneamente, com a ajuda de algumas pessoas. Confuso, não sabia se sentava ou se ficava em pé, só conseguiu balbuciar que queria um cigarro...

Hálito etílico? Talvez. Alguns disseram que ele dormiu ao volante, talvez não aguentou o pique da noitada. Ninguém sabe ao certo.

Depois do susto, ficou fácil entender: ele desceu a avenida, "levou" a lateral do Celta branco parcialmente encoberto pelos transeuntes na foto acima e depois acabou com a traseira do VW Gol, que por sua vez foi parar embaixo do caminhão de um dos feirantes.


Não fosse o Gol e o caminhão, ele teria pego a barraca do pastel, provavelmente atropelando a pequena multidão que ali estava para saborear a gostosa fritura. Falta mesmo muita seriedade por parte de quem se senta ao volante, é irresponsabilidade demais.

FB
Fotos: autor

O JAC J3 surpreeende pelo bom desempenho. O pequeno 4-cilindros de 1.332 cm³, bloco de alumínio, duplo comando de válvulas acionado por conrente e 4 válvulas por cilindro, empurra forte mesmo, principalmente a partir de 3.800 rpm. O comando de válvulas de admissão conta com variador de fase (VVT, Variable Valve Timing) e contribui bastante para a boa elasticidade. Mas quando o comando de admissão vai para a fase de potência, aí  o motor encorpa e estilinga com uma valentia que não se espera de um 1,3-litro, e o faz com um ronco gostoso e invocado.

Produz 108 cv a 6.000 rpm, o que dá uma potência específica bem alta: 81 cv/l. E tem torque muito bom também, para a cilindrada: 14,1 mkgf a 4.500 rpm, torque específico de 10,6 mkgf/l.

Em baixa ele responde mesmo muito bem, sempre pronto a acelerar. Parrudinho o danado. Em suma, um motor com muita disposição e com um toque bem esportivo para a pequena cilindrada.

Não conheço nenhum motor de 1,4-litro que acelere que nem este e seja tão bom em baixa. Todos levam pau. Comparável a este, só os 1,6-litro.

O motor projetado pela austríaca AVL é brilhante