google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Antes de entrar no assunto, considero esse logotipo das Peças Originais Fiat o melhor da indústria de todos os tempos. Pena que não exista mais devido à mudança de logotipo da marca ocorrida em 2005, se não engano, depois que terminou a associação com a General Motors. Se o leitor notar bem, os "A" representam uma parte qualquer do automóvel. Um deles, o de fundo claro, é a peça cansada, enquando o de fundo vermelho é a peça de reposição, nova, que aparece entrando no lugar da velha. Perfeito! Mas vamos ao quero dizer neste post.

Como muitos leitores já sabem, fui concessionário Vemag e depois Volkswagen, num total de 11 anos. Baseado primeiro na intuição quando adolescente, depois na lógica e finalmente na experiência pessoal, um dos pontos de honra na concessionária era aplicar nos carros dos clientes exclusivamente peças originais fornecidas pelo fabricante do veículo, primeiro Vemag e depois Volkswagen.
Sábado agora, voltando a pé da padaria lá pelas sete e meia da noite, passo ao lado de um ponto de ônibus. Um ônibus para e dele desce um pai com uma criança no colo. Mais três crianças levando duas bolas de futebol o acompanham.

Eles atravessam a Av. Brigadeiro Faria Lima e seguem sei lá pra onde. Todos cansados. O pai mais ainda, porque o moleque no colo era dos pesados e estava largadão de babar.

Bom, pensei comigo, esse tá numa boa e numa pior. Numa boa porque está com a filharada e foi se divertir com ela, e numa pior porque foi mordido feio no que gastou de transporte.

A tarifa de ônibus está custando R$ 3,00, que eu sei porque de vez em quando pego.
Foto: Portal Uol/Miguel Costa Jr.


Quem assistiu a 6a, etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V-8 hoje, no Autódromo Nélson Piquet, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, teve todos os motivos para ficar perplexo. Alguns, que conhecem a fundo o automobilismo, como eu, indignados.

Na segunda volta começou um incêndio no carro de Tuka Rocha, um "Chevrolet Astra". As chamas cresceram rapidamente em intensidade e na reta dos boxes - antigos, fizeram outros na reta principal porque a pista foi mutilada, passando de 4.932 para 3.336 metros e a saída do box original ficaria depois da curva de acesso à reta principal - o piloto se jogou  do carro, em velocidade que estimo 40 km/h, dada a quantidade de fumaça preta no interior, que deveria o estar asfixiando, além de chamas, cujo perigo não é preciso dizer. O carro ainda andou um pouco por sí só, tocou a defensa e parou, mas por pouco não voltando à pista.

Perplexidade, fácil de entender; indignação, explico.

Não vou aqui dar uma de que andei muito de ônibus escolar, não. Graças a Deus tínhamos carro em casa. Quando moleque, pra ir pra escola funcionava, e muito bem, o esquema de rodízio. Cada dia um pai ou mãe se encarregava de lotar seu carro com a molecada. Era ótimo, na ida todo mundo dormindo uns por cima dos outros e na volta uma algazarra maluca e todos esfomeados raspando as lancheiras dos outros e tomando restos de groselha quente e melada difícil de engolir devido às cotoveladas na boca do estômago. O rodízio rolava porque meus pais não confiavam nem nos ônibus escolares nem nas vans da época, que invariavelmente eram Kombis 1200, e com razão.

Essas Kombi eram instáveis e se não bem dirigidas capotavam com facilidade. Minha mulher, quando criança, capotou numa dessas Kombis escolares e seus olhos, os olhos mais lindos do mundo, se encheram de cacos de vidro. Tudo bem, por sorte sem sequelas.