google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



É relativamente corriqueiro na indústria automobilística uma fabricante mudar de dono. Bem recentemente, em 2008, a Jaguar e a Land Rover passaram a pertencer à indiana Tata Motors. Antes, em 2000, haviam passado à Ford. O curioso disso tudo é nada aparentemente mudar na maioria dos casos,  tudo continuar como antes.

Uma exceção foi o Jaguar X-Type, construído sobre plataforma Mondeo, de tração dianteira ou nas quatro rodas. Foi fabricado de 2001 a 2009 na Inglaterra e em Taiwan. Mas os Jaguares atuais - XK, XJ, XF, R - continuam autênticos e produzidos em Conventry e o Land Rover, em Solihull, ambas as cidades na Inglaterra.

Bem antes, no começo de 1929, a alemã Opel foi comprada pela General Motors Corporation, mas continuou a mesma Adam Opel AG (AG é Aktiengesellschaft, a nossa S.A.) e produzindo os modelos que nada tinham a ver com a linha de produtos do novo dono. Para os alemães a Opel continuava  alemã (e continua até hoje), sediada em Rüsselsheim, como se nada tivesse acontecido.

Inclusive, sempre houve atrito entre as diretorias das duas empresas. Aqui na GM do Brasil sabia-se que Detroit não "apitava" muito em Rüsselsheim, uma situação no mínimo curiosa.
Foto: autor

A maior cidade brasileira, o segundo aeroporto mais movimentado do país (perde, por pouco, para Guarulhos), área de embarque para veículos particulares e táxis e desembarque para aqueles: a placa de trânsito se contradiz. Esse é só um dos exemplos do caos que assola o trânsito no Brasil causado pela má condução de assunto de tamanha importância, a sinalização.

A placa "E" com duas barras vermelhas cruzadas indica parada proibida; mas abaixo dela, autoização para parar. Coisa para o :"Acredite...se quiser" do Jack Palance. Aí a Companhia de Engenharia de Tráfego, com a qual as rádios-trânsito, especialmente a Sul América Trânsito, fazem coro, fala em "excesso de veículos".

O que não pode em áreas de embarque e desembarque demarcadas para isso é estacionar, por motivo óbvio.
Foto: andscifi.com

Matéria publicada na Folha de S. Paulo de 27/6, que nos foi alertado pelo leitor Fernando Antônio, não deixa dúvida: tem gente odiando automóvel. Para nós, autoentusiastas, é incompreensível e revoltante. Todos têm o direito de odiar o que quiserem, mas não de impor ideias desprovidas de bom senso para fazer prevalecer seu ponto de vista. Caso de certos administradores de cidades europeias.

A reportagem, publicada originalmente no jornal The New York Times, de autoria de Elisabeth Rosenthal escrevendo de Zurique, com tradução de Clara Allain, começa com "Enquanto cidades americanas sincronizam faróis verdes para melhorar o fluxo do tráfego e oferecem aplicativos para ajudar motoristas a encontrar lugares para estacionar, muitas cidades europeias vêm fazendo o contrário: criando ambientes abertamente hostis aos carros. Os métodos variam, mas a missão é clara: encarecer e dificultar o uso do carro, visando pressionar os motoristas a optar por tipos mais ecológicos de transporte."
As pessoas mais próximas do meu convívio sabem que o meu carro de uso diário é uma velha e surrada Volkswagen Quantum fabricada em 1996 (para os íntimos, "Panzerwagen"). Como sempre digo,: não vale grande coisa, mas também não está à venda, terá sempre um lugar em minha garagem enquanto for um veículo útil e confiável, situação que sempre dependerá de um mínimo de cuidados com a sua manutenção.

O carro está na família desde 1999, mas veio parar em minhas mãos apenas em 2003. Já em 2004, senti que após oito anos de bons serviços prestados estava na hora de um overhaul completo (revisão total) na suspensão, com componentes novos, tudo do bom e do melhor para que o carro ficasse justinho e confortável, como se tivesse saído da fábrica.

Deleguei a tarefa ao meu mecânico de confiança, deixando o carro em sua oficina pela manhã e pedindo também para que ele desse uma inspecionada no estado geral do monobloco da Panzer. Voltei lá no final da tarde e ele me passou a relação completa de peças a serem trocadas, afirmando ainda que o monobloco estava bem íntegro, mesmo após 15 anos de uso nas esburacadas estradas desse país. Por enquanto, não há sinal algum de rachadura na parede de fogo ou no túnel da transmissão.