google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: autor

A maior cidade brasileira, o segundo aeroporto mais movimentado do país (perde, por pouco, para Guarulhos), área de embarque para veículos particulares e táxis e desembarque para aqueles: a placa de trânsito se contradiz. Esse é só um dos exemplos do caos que assola o trânsito no Brasil causado pela má condução de assunto de tamanha importância, a sinalização.

A placa "E" com duas barras vermelhas cruzadas indica parada proibida; mas abaixo dela, autoização para parar. Coisa para o :"Acredite...se quiser" do Jack Palance. Aí a Companhia de Engenharia de Tráfego, com a qual as rádios-trânsito, especialmente a Sul América Trânsito, fazem coro, fala em "excesso de veículos".

O que não pode em áreas de embarque e desembarque demarcadas para isso é estacionar, por motivo óbvio.
Foto: andscifi.com

Matéria publicada na Folha de S. Paulo de 27/6, que nos foi alertado pelo leitor Fernando Antônio, não deixa dúvida: tem gente odiando automóvel. Para nós, autoentusiastas, é incompreensível e revoltante. Todos têm o direito de odiar o que quiserem, mas não de impor ideias desprovidas de bom senso para fazer prevalecer seu ponto de vista. Caso de certos administradores de cidades europeias.

A reportagem, publicada originalmente no jornal The New York Times, de autoria de Elisabeth Rosenthal escrevendo de Zurique, com tradução de Clara Allain, começa com "Enquanto cidades americanas sincronizam faróis verdes para melhorar o fluxo do tráfego e oferecem aplicativos para ajudar motoristas a encontrar lugares para estacionar, muitas cidades europeias vêm fazendo o contrário: criando ambientes abertamente hostis aos carros. Os métodos variam, mas a missão é clara: encarecer e dificultar o uso do carro, visando pressionar os motoristas a optar por tipos mais ecológicos de transporte."
As pessoas mais próximas do meu convívio sabem que o meu carro de uso diário é uma velha e surrada Volkswagen Quantum fabricada em 1996 (para os íntimos, "Panzerwagen"). Como sempre digo,: não vale grande coisa, mas também não está à venda, terá sempre um lugar em minha garagem enquanto for um veículo útil e confiável, situação que sempre dependerá de um mínimo de cuidados com a sua manutenção.

O carro está na família desde 1999, mas veio parar em minhas mãos apenas em 2003. Já em 2004, senti que após oito anos de bons serviços prestados estava na hora de um overhaul completo (revisão total) na suspensão, com componentes novos, tudo do bom e do melhor para que o carro ficasse justinho e confortável, como se tivesse saído da fábrica.

Deleguei a tarefa ao meu mecânico de confiança, deixando o carro em sua oficina pela manhã e pedindo também para que ele desse uma inspecionada no estado geral do monobloco da Panzer. Voltei lá no final da tarde e ele me passou a relação completa de peças a serem trocadas, afirmando ainda que o monobloco estava bem íntegro, mesmo após 15 anos de uso nas esburacadas estradas desse país. Por enquanto, não há sinal algum de rachadura na parede de fogo ou no túnel da transmissão.
Foto: www.uol2.com.br/bestcars

Cisialia 202

— Olha aqui, senhor Cézane, não dá pra pintar aquelas montanhas ali do fundo um pouco menos azuladas? – pede o pretendente a comprador da obra de arte, enquanto vê o artista diante do cavalete. Não sei aonde é que o senhor está vendo tanto azul assim naquelas montanhas lá.

— Mas, afinal, senhor Da Vinci, essa mulher aí, a Gioconda, estava sorrindo ou não quando o senhor a pintou? Não dava para ser mais claro, mais evidente? – outro comprador opina.

— Veja bem, senhor Rodin, esse sujeito aí sentado no toco e segurando o queixo não está muito do meu gosto, não. Além do mais é irreal. Ninguém pensa pelado sentado num toco. A gente pensa pelado só quando está sentado no vaso. É ou não é? – outro opiniento mal educado.

Pois é, qual seria a reação dos artistas teriam diante dessas opiniões bestas?

No mínimo uma bicuda bem dada no traseiro do energúmeno.