Era 1976. Eu tinha a concessionária VW no Rio e corria na equipe oficial Ford, a Mercantil Finasa-Motorcraft, dirigida pelo saudoso Luiz Antônio Greco. O primo Billy Sharp comprou um Maverick para correr, em sociedade com um amigo comum, o Mauro de Sá Mota Filho, e o carro era assistido na pista pelo Greco e seu time de grandes mecânicos. Era um "agregado" à equipe.
O Maverick V-8 era muito atraente e o primo gostou tanto do Maverick de corrida que acabou comprando um para uso pessoal. Comprou direto da Ford, da frota, cor marrom médio metálico (foto), que não era disponível e por isso o carro era único. Tratava-se de pintura para o "show de cores", como era chamado na Ford o expediente para a escolha de cores.
Assim que retirou o carro no pátio da Ford, no Taboão, deixou o carro na Greco Competições, que era o QG da equipe, para pôr no motor o pacote Quadrijet, igual ao que se usou nas provas de Turismo Divisão 1 nos dois anos anteriores. Trocou as rodas pelas Scorro, também de corrida, e mandou pôr amortecedores Koni. O carro era um verdadeiro canhão, até para os padrões de hoje, e feliizmente não tinha a "GT decor", aquele monte de faixas pretas que o primo não gosta e tampouco eu.
Dias depois o Greco avisou que o carro estava pronto e o Billy me chamou para irmos a São Paulo buscar o carro (morávamos no Rio). Pegamos um avião, chegamos, almoçamos e apanhamos o Maverick para viajar para casa. "Vai tocando você", disse o primo, e saímos.