Foto: antigoverdeamarelo.blogspot.com
A família foi uma das primeiras do Rio a ter Fusca, no começo de 1953, que foi trocado por um 1955. Ambos foram comprados zero-quilômetro na concessionária Auto Industrial, que pertencia ao presidente da VW, Schultz-Wenk A Auto Industrial só vendia, a assistência técnica era na Rio Motor, que não vendia carros. Também pertencia ao n° 1 da VW do Brasil, recém-fundada.
O motor do 55 já era o 1200 de 30 cv, bem melhor que o anterior 1100 de 25 cv. Adolescentes, eu e meu irmão curtíamos o Fusca, fazíamos a maior lenha com ele e posso dizer que foi uma grande escola, dadas as características digamos não muito saudáveis de um carro de motor traseiro com suspensão por semieixo oscilante atrás, combinado com os pneus diagonais 5,60-15, que em nada ajudavam.
Verão 1958/1959, estávamos em Teresópolis, como fazia alguns anos. A nossa diversão predileta era andar com o Fusca na estrada Teresópolis-Itaipava, cerca de 30 quilômetros de um magnífico piso de concreto que serpenteava na serra, com subida e descida.
Um dia, subindo a serra, meu irmão, ao volante, me diz para olhar para trás. Um DKW-Vemag cinza-chumbo se aproximava. Acelera aí, disse-lhe. Não adiantou, o DKW tirou, emparelhou, ultrapassou e pouco depois havia sumido. "Esse é o carro", disse para o mano. Foi amor à primeira "jantada", o que nos levou a desejar aquele carro.