google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: autor

Há muitos anos vi no SBT uma matéria sobre o que faz o excesso de população, no caso de ratos. Começava com um número reduzido ocupado determinado espaço ordenadamente. Depois havia mais ratos e se notava alguma alteração de comportamento, uma certa hostilidade. Na terceira parte da matéria, uma quantidade enorme de ratos no mesmo espaço. Resultado: convívio impossível, um rato querendo acabar com outro.

Pensei nisso ao atravessar a rua na esquina daqui de casa coisa de dois meses atrás. Vi esse Peugeot estacionado sobre duas faixas de pedestres e na curva, sendo que no local carros vinham da transversal e podiam dobrar à direita.

Fiz a foto só para ter um exemplo de mau comportamento, mas a motorista  não gostou, perguntou seu eu não tinha mais o que fazer, ao que respondi polidamente.

O que tráfego denso, complicado e sem planejamento é capaz de fazer! Uma motorista assumir uma postura totalmente anti-social ao procurar resolver o seu problema. Não estava nem aí se os pedestres tivessem que desviar para efetuar a travessia da rua ou se motoristas tivessem que calcular a trajetória para fazer uma simples conversão à direita.

Sempre digo que essas coisas só acontecem porque o policiamento eficaz, educativo, pertence ao passado. Hoje o que interessa à autoridade de trânsito é ficar de olho - eletronicamente, claro - na velocidade e, no caso de São Paulo,  no cumprimento da restricão à circulação segundo o esquema da algarismo final da placa. No país todo,  olho em quem está se comunicando por telefone. Aí é olho mesmo, não tem câmera para isso.

Sabe o leitor o que é misoneísmo? É o medo, o pavor da novidade. Para muitos, e não é só no Brasil, o telefone celular é obra do demônio, capaz de causar as maiores tragédias, perdas de muitas vidas humanas. Mas no fundo, no fundo não é nada disso, é uma proveitosa fonte de arrecadação para prefeituras sedentas de dinheiro. Os três - velocidade, restrição à circulação e falar ao celular enquanto dirige -- devem representar tranquilamente mais de 90% da multas em São Paulo (60% no resto do país).

Eu duvido que, se a fiscalização de trânsito não se concentrasse nesses três pontos, essa moça do Peugeot fizesse o que fez.

BS
Discutia dia desses com o Marco Antônio a situação do Chevrolet Classic e da Volkswagen Kombi no mercado, e cada um defendia um dos modelos como sendo melhor que o outro, apesar de serem incomparáveis.

Uma conversa não muito entusiástica, mas interessante mesmo assim.

O Chevrolet Classic é um vitorioso, mesmo tendo sido rebatizado pela mãe. Perdeu seu nome de verdade, Corsa sedã, para o sucessor que é produzido desde 2002 no Brasil. Mudou de posicionamento, de sedã pequeno com bons itens de conforto e conveniência e razoável luxo, para um básico quase tão simples quanto um Celta, mas mesmo assim dos mais desejados, principalmente por dois motivos: mecânica antiga e de fácil manutenção e um porta-malas de ótimo volume para o tamanho externo do carro: 390 litros.
 
É um bom automóvel, apesar  de não ser memorável em nenhum aspecto. Tem seus problemas como qualquer outro.

Além de um desenho externo e interno antigos, apesar do recente face-lift, destaco como o pior de todos a suspensão dianteira molóide como uma gelatina quente. Além disso, os engates de primeira marcha e de ré são inconstantes. Num dia, bons, no outro, ruins. Já sofri com isso por um tempo e levava o carro, no período de garantia, para ter a regulagem do mecanismo da alavanca refeita. Essa regulagem durava mais ou menos uma meia hora em trânsito citadino. Logo depois ficava ruim de novo. Com o fim da garantia, desisti, e passamos para outro produto, e outra marca.

Classic 2011 - foto GM do Brasil
Faz um bom tempo que havíamos prometido um pequeno vídeo sobre o tema de pegar o volante de direção por dentro, aquilo se convencionou chamar de "ordenha da vaca". Com o Paulo Keller pilotando a câmera e eu o Agile, aqui está para vocês um pouco daquilo que vimos falando. Aproveitem, e se tiveram dúvidas, perguntem!
BS 




O desenho e o o texto acima encontram-se na página 97 do manual do proprietário do Chevrolet Agile, seção  Condução e Operação. Tem lógica e por isso venho batendo na questão do bate-pé (foot pad) que está desaparecendo dos carros nacionais e obriga o uso de tapetes para que o carpete no lado do motorista não fure logo.

Devido à falta de curso do pedal, a embreagem muitas vezes não desacopla completamente. Quanto isso acontece, a primeira fica dura de engatar e a ré, se não for sincronizada ou não tiver freio, arranha. Esse mal afligiu o Fiat 147 e o Uno durante muito tempo, pois não havia margem de curso do pedal de embreagem para haver tapete. Atualmente tem.

Mais grave, porém, do que uma embreagem que não desacopla completamente é faltar curso de pedal de freio no evento -- raro, mas possível -- de falha hidráulica num dos circuitos,  situação em que o pedal baixa bastante.

É por isso que não gosto de tapetes sobre o carpete original e considero falta imperdoável um carro não trazer bate-pé, obrigando o uso de tapete adicional.

BS