google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Dilvulgação Fiat/FPT
O Punto Essence 1,6 16V tendo como pano de fundo as instalações da fábrica de onde vem seu novo motor

Confrmando e retificando o que eu havia dito ontem, os novos motores E.torQ FPT de 1,6 e 1,8 litro fazem parte do Punto 2011, mas não será utilizado no Linea aspiração natural, que continua, por enquanto, com o motor FPT de 1,9 litro trazido da Argentina, conforme lançado em setembro de 2008. Em compensação, a unidade FPT será o novo motor 1,8 do Doblò, cujas vendas começam já a partir de julho, como as do Punto.

Nesses dois modelos cessa a presença do motor Chevrolet 1,8-litro que a Fiat comprava primeiro da associada GM-Fiat Powertrain, surgida da aliança mundial entre as duas fabricantes em 2000, e depois da própria General Motors do Brasil quando a aliança acabou em 2005.

Quem também perde o GM 1,8 e ganha o E.torQ 1,6-litro é a toda a gama Adventure de exportação, como Strada, Palio, Idea e Doblò.

As novas motorizações são muito interessantes para os apreciadores do Punto, que era 1,4 ou 1,8, e que agora tem um 1,8 à altura de sua modernidade, de 132 cv (etanol), ante 114 cv, um salto considerável e que diminui bem a diferença para o T-Jet 1,4 turbo de 152 cv de 203 km/h e 0 a 100 km/h em 8,4 s, ao chegar a 191 km/h e chegar a 100 km/h, saindo parado, em 9,8 s.

Mas a melhor novidade do modelo é, sem dúvida, o motor 1,6-litro de 117 cv capaz de fazê-lo ir de 0 a 100 km/h em 10,5 s e atingir 182 km/h. É o motor na medida para um carro de 1.170 kg, que se ressentia do motor 1,4 de 86 cv mas que continua em produção com o nome de Punto Attractive 1.4, por 39.290 reais.

Os Puntos com os novos motores chamam-se Essence 1.6 16V e Essence 1.8 16V, o de motor maior oferecido também com o câmbio robotizado Dualogic, antes indisponível no modelo. Custam, respectivamente, 44.190, 46.250 e 48.750 reais.

Com motor 1,8-litro também continua o Punto Sporting, tanto com caixa manual quanto com Dualogic, por 51.200 e 53.730 reais, na ordem, sendo o mais caro de todos o T-Jet, de 64.670 reais.

A Fiat estima que 40% dos Puntos serão Attractive 1,4, 40% 1,6 16V E.torQ, os demais 4% a 5%. No Punto  "de entrada"  o ar-condicionado é opcional, mas a Fiat oferece um pacote que inclui o equipamento mais vidro do pára-brisa com faixa degradê, desembaçador e ajuste do volante em altura e distância por somente 1.290 reais. No Essence 1,6 16V e versões acima o ar-condicionado é de série.

Amanhã (quinta 1/7) iremos andar nos novos Punto no Autódromo Internacional de Curitiba. Depois eu conto.

BS
Incrível como nos fazem reféns do medo o tempo todo. Estava lendo o post do Bob sobre as "cadeirinhas" de criança quando me veio à cabeça uma conversa que tive aqui sobre a ida para o aeroporto com o carro lotado. Tão lotado que talvez seja necessário acomodar quatro pessoas num assento feito para três crianças. Ou seja, além do aperto, alguém ficaria sem cinto.

Chegamos a cogitar em alugar outro carro só para o transporte de todos em plena segurança dado o absurdo que seria alguém andar sem cinto hoje em dia. É claro que eu acho que todos devem andar afivelados, até porque a lei nos obriga. Mas parando para pensar, até bem pouco tempo todo mundo, ao menos no Brasil, andava soltinho, soltinho e não estávamos nem aí. Muitos dos mais velhos não se adptaram ao uso do cinto até hoje e vivem usando aqueles prendedores para deixar o cinto mais folgado. Absurdo? Não sei ao certo.

O fato é que com cinto ou sem cinto a segurança de um automóvel melhorou muitíssimo nas últimas duas décadas. Fora isso, a segurança nas estradas também, além dos infinitos radares espalhados por tudo que é canto que não nos deixam abusar nem em pensamento. No entanto acho que a barbeiragem dos motoristas deve ter piorado e mesmo com o aumento da seguraça acidentes acontecem.

Devemos sempre respeitar a lei, isso não se discute. Mas o que eu não gosto é de sentir medo ou culpa em andar a mais de 120 km/h, ou de ir até a padaria sem cinto. Medos que não existiam quando éramos mais desinformados ou ingênuos. Tenho certeza que o Bob diria que isso chama-se histeria.

PK





Quick ele é. Ele é rapidinho. Seu motor de 1,4 litro só gera 82 cv, ou seja, só um pouco mais que os 75 cv que os motores de 1-litro costumam ter. Mas essa maior cilindrada lhe dá mais torque, principalmente em baixa rotação. Seu torque é de 12,8 mkgf, quando os motores 1-litro costumam ter ao redor de 9 mkgf. O resultado prático é que ele responde mais rápido às aceleradas e requer menos mudanças de marcha, além de sentir menos quando o carregamos de gente e malas.
O motor é moderno e trabalha suave e silencioso. Na estrada, em 5a marcha e a 120 km/h, a rotação está em baixas 3.400 rpm, o que proporciona uma viagem tranquila e agradável. É flex, gasolina e/ou álcool, e é econômico.
Nesses mesmos dias andei no Fiat Uno novo, o transadinho, e notei que o motor 1,4 do Uno anda bem mais que esse do Peugeot. Mais torque e potência. Não comparei a ficha técnica, mas guiando a diferença é inegável.
A suspensão do 207 é bem boa: consegue ser firminha, o que dá agilidade ao carro, e também macia, nos isolando bem da buraqueira. O modelo evoluiu muito nesse aspecto, já que os primeiros 206 eram um pouco duros e relativamente frágeis de suspensão. Este, pelo que apurei, já a tem mais robusta. E é bom de curva, chegando quase a ser neutro, sem a forte tendência de sair de frente que os carros de tração dianteira, como este, costumam ter. Agarra bem, mas é arisco e não avisa com muita antecedência quando é que vai escapar.
Os pesos do volante e do pedal de freio não são nem pesados nem leves, estão no ponto certo. O trambulador de câmbio é ótimo, leve e preciso. Parabéns. A mudança de varão para cabos, introduzida no lançamento do 207 dois anos atrás, foi mesmo benéfica.
Alguns detalhes errados incomodam, principalmente porque a Peugeot sabe melhor que eu que estão errados, e mesmo assim os fez. Há um friso em forma de U, prateado, no painel – muito bonitinho, segundo os designers que não entendem de carro. Mas acontece que quando o sol bate ali seu reflexo nos ofusca a vista e também forma um “fantasma” no para-brisa. O mesmo acontece com os detalhes prateados das saídas de ar laterais, que criam fantasminhas nos retrovisores externos. O pedal do acelerador é exageradamente leve e sensível, quando deveria ser mais duro para que pudéssemos apoiar mais o pé, e isso nos induz a dar tranquinhos quando em 1ª marcha. O volante não tem regulagem de distância, só de altura. Sendo assim, para termos o volante na distância correta somos obrigados a manter as pernas encolhidas.
O ar condicionado é parte do pacote, assim como bancos diferenciados, bons para guiarmos sem camisa, e as sapatas de pedais esportivas, também boas para guiarmos descalços quando saímos do mar; afinal, Quicksilver é marca ligada ao surfe.
Conclusão: é um hatch alegre e leve de guiar. Falta pouco para que a Peugeot o deixe perfeitinho.
E o 207 Quicksilver vem com teto solar elétrico, e eu adoro teto solar, principalmente porque vejo e posso tocar a minha prancha no rack.
Ela ali, a prancha sem capa, peladinha, tomando um ventinho e doidinha pra entrar na água.
Preço: R$ 38.000 para o modelo de duas portas e R$ 39.800, para o de quatro portas.
AK
Foto: Divulgação FPT


Esta é fábrica de motores da FPT Powertrain Technologies que a Fiat comprou da Tritec Motors em março de 2008 e incorporou-a à divisão que lhe produz motores e transmissões e também para clientes não Fiat. A fábrica fica em Campo Largo, região da Grande Curitiba e são 50.000 m² de área construída num enorme terreno de 1,3 milhão de metros quadrados.

Que motores sairão de lá? Os Tritec 1,6-litro, que durante seis anos, de  2001 a 2006, propulsionaram os MINI de aspiração normal e comprimidos e por um período menor os Dodge Neon. e  PT Cruiser. Mas haverá também motores de 1,8 litro. Soa confuso?

É que em 1998 a Chrysler e a BMW formaram uma sociedade para fabricar motores, a Tritec Motors, no Paraná, motores esses projetados pela Chrysler. Só que um ano depois a Daimler-Benz (fabricante dos veículos de marca Mercedes-Benz, Smart, Maybach e Freightliner) absorveu a Chrysler e passou a se chamar DaimlerChrysler AG (AG é sigla de Aktiengesellschaft,  sociedade anônima em alemão).

Briguentos como só eles sabem ser, os alemães da fábrica bávara, no sul da Alemanha, em Munique, não admitiram ser sócios de uma fábrica do norte, de Stuttgart, arquiinimiga, e saíram do negócio, vendendo a sua parte. A DaimlerChrylser continuou com  a Tritec Motors até 2007, quando tudo o que era Chrysler na DaimlerChrysler foi vendido para o grupo americano financeiro Cerberus Capital Management e a DaimlerChrysler passou a  ser Daimler AG apenas (e teve que pagar por isso, pois Daimler é uma marca da Jaguar).

A Chrysler Corporation passou a Chrysler LLC (limited liability company, a nossa sociedade de responsabilidade limitada, simplesmente Ltda.).

Nesse ínterim, a BMW obviamente deixou de comprar os motores Tritec, passando a  usar um da  própria marca porém produzido pela Peugeot. Com isso a Tritec Motors encerrou atividades, ficando às moscas. Até cogitaram vendê-la inteira para os chineses, mas o negócio não foi adiante.

Em março de 2008, como vimos, há pouco mais de dois anos, a Fiat  acabou comprando a Tritec Motors de olho nas instalações e no motor existente, para reforçar seu arsenal, já que o 1,8 que usava era  o 1,8  bloco-pequeno comprado da General Motors.

Deu baixa na empresa Tritec Motors e estendeu a matriz de Betim a Campo Largo como filial, mas da FPT. Só que esta não é empresa constituída, filial do Grupo Fiat no Brasil, mas uma divisão da Fiat Automóveis S.A. Não é como na Itália, uma empresa do Grupo Fiat. Acabou? Não.

Em março de 2009 o Grupo Fiat adquiriu 20% Chrysler LLC, com opção de mais 15%. Quis o destino que a Fiat acabasse ficando com uma unidade produtora de motores que era metade de Chrysler. Um final que nem a mais potente bola de cristal poderia prever.

Novos motores
O fato é que agora a Fiat conta com dois novos motores, um 1,6 e um 1,8 (foto), a diferença de cilindrada ficando por conta do diâmetro dos cilindros, de 77 e 80,5 mm, respectivamente, com o mesmo curso de 85,8 mm que resultam em 1.598 e 1.747 cm³. Informa a Fiat que 70% dos motores compreende itens  novos, desenvolvidos pela FPT, e que estão aptos para receber turbocompressor e controle da válvula de admissão MultiAir, igual ao sistema introduzido no Alfa Romeo MiTo 1.4 MultiAir, lançado no último Salão de Frankfurt.

A Fiat não informa em que modelos os novos motores serão utilizados, mas muito provavelmente envolve o Punto e Linea. A inauguração oficial da fábrica será nesta quarta-feira 30/6 e certamente isso será esclarecido.

Os motores são monocomando acionado a corrente de 16 válvulas com compensação hidráulica, berço de virabrequim, bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio. Os pistões são assimétricos e de anéis finos (1,2, 1,2 e 2,41 mm).

Os motores flex são chamados de E.torQ e são realmente torcudos, a julgar pelas especificações. O 1,6, 117/115 cv etanol/gasolina a 5.500 rpm, com 16,8/16,2 m·kgf etanol/gasolina a 4.500 rpm. Segundo a FPT, é o 1,6 flex mais potente do mercado e o torque é o maior na cilindrada.

O 1,8, 132/130 cv etanol/gasolina a 5.250 rpm, 18,9/18,4 m·kgf etanol/gasolina a 4.500 rpm., o maior torque de todos os 1,8 comercializados no Brasil. Nos dois casos, 80% do torque máximo é disponível a 1.500 rpm e 93% a 2.500 rpm, o que indica curva de torque bastante plana.

As taxas de compressão é que se mostram aquém do que se espera em dias de gasolina de boa octanagem e etanol: 10,5:1 no 1,6 e 11,2, no 1,8-litro.

Serão produzidas também versões para gasolina sem etanol (E0) e uma de emissões superultrabaixas (Sulev), certamente para o mercado americano.

A capacidade de produção é de 330 mil motores/ano e está prevista para atingir 400 mil em 2012. O investimento, inclusive em 25 novas máqiuinas operatrizes de alta velocidade, foi de R$ 250 milhões. Atualmente são 350 empregados, número que chegará a 500 em breve, fora a geração de 1.500 empregos indiretos. De 2000 a 2007 foram fabricados 1 milhão de motores Tritec.

Vou estar na inauguração da fábrica amanhã e terei muito mais para contar.

BS
(Atualizado em 3/07/10 às 17h58)