google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Ou melhor, primeiras voltas. Acho que os mais jovens nunca devem ter andado em um carrinho de rolimã, mas para quem tem 40 ou mais, era uma das maneiras de se iniciar sobre 4 rodas. Eu nunca desci ladeiras com eles, por falta de uma perto de casa. Nossas corridas eram com alguém empurrando, o que limitava bastante a brincadeira, mas já nos dava uma primeira noção de velocidade nas curvas, ainda que o comando do "motor" fosse de boca e nem sempre conseguíamos diminuir a tempo. Guiar com os pés não era a melhor coisa (havia quem usasse cordinhas amarradas ao eixo dianteiro), mas era o que dava para fazer num carrinho básico. Era bem divertido, eu conseguia os rolamentos usados ali mesmo nesse concessionário VW, que nos fins de semana servia como parte da pista de testes. Bob com certeza conhece bem essa pista.
Quem aqui já pilotou um?
Foto: Divulgação Renault

Como eu só havia andado no Mégane de 2 litros no lançamento em 2006, pedi um à fábrica. Queria com câmbio manual e hoje os 2-litros só são disponíveis com caixa automática de quatro marchas. Para me atender, cederam-me uma station Grand Tour série especial Extreme, 2-litros a gasolina e seis marchas manuais, que ainda está na frota de imprensa mas em vias de desativaçào. A versão Extreme ainda existe, mas com motor 1,6-litro flex e caixa manual de cinco marchas somente.

Apesar da versão que está comigo não existir mais, confirmam-se as minhas impressões: que carro agradável, que engenhraria sadia! Tudo está visivelmente acertado, tudo no lugar. Da suavidade dos comandos de embreagem e câmbio à suspensão (McPherson dianteira, eixo de torção, traseira) que tudo filltra e ao mesmo tempo garante um comportamento esportivo na hora de exigir dela, com os corretos pneus 205/55R16. Ou seja, carro europeu na sua essência.
Outro dia fiz uma rápida pesquisa interna com os colunistas do AE para saber quais são os sites mais lidos por nós, ou seja, onde nos divertimos e nos mantemos informados. Achei que isso não precisa ser mantido em segredo. Então aí vai uma listinha dos mais lidos pelo pessoal AE. 
Houve uma coesão muito grande nos três mais frequentes:
AUTOentusiastas, é claro. É aqui que trocamos nossas experiências.
Autoblog
Best Cars Web Site
Outros comuns são:
Inside Line - onde o Bob Sharp é correspondente
Automotive News
Blog do Flavio Gomes
Argentina Autoblog
E alguns mais esporádicos:
PK
Depois de escrever algumas dessas listas de dez-qualquer-coisa, percebi que é um assunto bem bacana, pois podemos ver vários pontos de vista dos leitores. Cada um com o seu, o que é ótimo, pois é graças às diferenças que a indústria automobilística está sempre precisando criar coisas novas. E como está difícil para fazer isso!
Vejamos, então, dez carros que são, na medida do possível, compráveis.
Deixei de lado alguns superexóticos como Koenigsegg, Caterham 7, ou um Morgan Aeromax, para poder colocar alguns carros de uso normal na garagem.
1 - Ford Focus.
Escolha óbvia, e quem nos lê desde que começamos o AUTOentusiastas, em agosto de 2008, sabe que não é só pelos testes que estão sendo publicados desde que o atual modelo foi lançado. O Focus original é ainda um carro excelente e inconfundível. O novo cresceu no meu gosto, e está cada vez mais desejável. É maior e mais pesado que o antigo, mas ainda é absolutamente muito bom. E bonito. Gosto pessoal, lógico. Poderia ser um RS.
2 - VW Gol.
Como expliquei anteriormente, o Gol nunca foi desejado por mim, mas agora está muito bom mesmo, agradável de olhar, com soluções simples e efetivas para também ser um carro de desenho inconfundível. Pena que a manutenção não é mais barata como há alguns anos, mas ainda é acessível. Infelizmente andei só um pouquinho com ele. Vamos ver se conseguimos um para ser avaliado pelo blog.
3 - Ford Transit.
O Arnaldo Keller nos mostrou que um furgão grande quebra galhos muito maiores, e tenho uma atração inexplicável por esses monstrinhos. Antes a escolha seria o Renault Master, mas o Transit é mais genial ainda, o modelo atual é o resultado da soma de mais de 40 anos de experiência com esse modelo na Europa.
4 - Fiat Mille.
O Uno original trocou de nome no Brasil, mas é o mesmo desde 1984, com evoluções sucessivas e cada vez mais dirigidas a quem usa carro como ferramenta de trabalho. É o que há de mais simples em nosso mercado, e simplicidade também significa genialidade. Tive um há muitos anos, e teria um zerinho, mas do modelo antigo, de Giugiaro. Deve ficar em produção até o final de 2013. Ainda tenho um tempo para encher o porquinho. Mas o concessionário vai ter que tirar o emblema Mille e colocar Uno no lugar.
Explicação perfeita de como é o carro está aqui, no texto de Bob Sharp.
5 - Citroën C4 VTS.
Pode ser apenas um Peugeot disfarçado de Citroën como diria o MAO, mas é notável pela absoluta falta de compromisso em parecer outros carros, de ser "carne de vaca" no açougue. É diferente e tem carronalidade aos montes. A imagem do Campeonato Mundial de Rali ajuda, mas aqui não é determinante.
6 - Land Rover Discovery.
Utilitário esportivo ou "jipe" de verdade? As capacidades de andar em terreno ruim e o conforto dizem que esse carro é os dois. Eu prefiro apenas pensar que ele faz quase tudo que um Defender faz, mas sem os inconvenientes de um projeto de 63 anos. Antes dele, o Range Rover era maravilhoso, mas a Land Rover exagerou nesse projeto, e o irmão mais velho e mais caro se tornou redundante no meu entender.
Apenas um probleminha: a pequena atualização em detalhes de estilo o estragaram um pouco, eu iria precisar da grade de radiador anterior, como na foto abaixo.
Ainda bem que vende em boa quantidade. Daqui a alguns anos a oferta de usados será farta. Se o bolso não der, um Defender 90 estará ótimo também na garagem.
7 - Chevrolet Camaro.
Pouco a explicar aqui. Um ícone, trazido aos montes por importadores, e daqui a pouco, pela GM do Brasil, conforme já anunciado oficialmente, espero que com câmbio manual.
Será maravilhoso vê-lo em cada vez maior número nas ruas. É tão bonito que o meu não teria pintura que disfarçasse suas linhas perfeitas. Aço escovado com verniz por cima.
Ai meu rico dinheirinho daqui a uns anos.....
8 - Saab 9-5.
Desnecessário explicar muito. Se a Saab quiser um funcionário para garimpar o mercado brasileiro, estou à disposição. Nascido junto com a GM, foi lançado apenas agora, depois de comprada pela Spyker. As primeiras avaliações mostram um resultado que está surpreendendo a todos os jornalistas, sendo de longe o melhor Saab nos quesitos racionais. E o design é brutalmente simples, e mesmo assim, único. Nao me perguntem como os designers fazem isso, mas fico feliz em saber que eles conseguem. Para piorar meu sofrimento, pode ter tração em todas as rodas, a fabulosa XWD.
9 - Porsche 911 Turbo.
Há vários carros que não podem mudar, só evoluir, e o Porsche deve ser o maior exemplo dessa ideia. Motor no lugar errado, e mesmo assim, uma maravilha dinâmica. Há coisas que não só engenharia resolve. Tem algum tipo de magia aqui. Acho que Hogwarts é em Stuttgart.
10 - Mercedes-Benz SLS.
O novo asa de gaivota "mata a pau", como se diz por aí.
Tremendo, com aquele capô enorme e para-brisa pouco inclinado. As portas abrindo para cima são uma das grandes criações da humanidade. Sem exagero de potência, ou de agressividade no estilo, sem traseira alta, o SLS não tem as coisas óbvias dos supercarros, e mesmo assim, é super. Estou salivando para ver um ao vivo. Quem sabe em outubro, no Salão do Automóvel.
Se eu ganhasse um belo prêmio de loteria, seria comprado sem pensar muito.
Menção honrosa: BMW 530d Touring.
Minha existência terrena só será completa quando eu tiver uma perua dessas. Seis em linha diesel, turbo, 3 litros de cilindrada, torque máximo a 1.750 rpm, zero a 100 km/h em 6,4 segundos, 15,6 km/l. Seria um carro em que eu não reclamaria de ter câmbio automático. Tem 8 marchas, e deve ser perfeito.
Na verdade, se eu pudesse ter um só carro racional para toda a vida, seria esse.
JJ