Numa discussão ontem do nosso grupo sobre limpeza preventiva de bicos injetores, resultado de um vídeo em que um reparador discutia o assunto e culpava a imprensa pela difamação do serviço, segundo ele necessário sim (não é mesmo!) falou-se da profilaxia de se usar gasolina aditivada ou colocar aditivo no tanque. Aí me caiu a ficha.
É absolutamente ridículo e anacrônico termos gasolina comum e gasolina comum aditivada, algo que acabou na maioria dos países há quase 20 anos. Todas as gasolinas vendidas mundo desenvolvido afora contêm aditivos detergentes-dispersantes. Até na vizinha Argentina.
Nessa foto, feita em San Carlos de Bariloche no começo de fevereiro, ao volante de uma VW Amarok, com o intuito de obter preços dos combustíveis lá, lê-se, de cima para baixo, gasolina super premium, (98 octanas RON) gasolina premium (95), diesel europeu, diesel normal e gás natural. O diesel europeu é o de teor de enxofre ultrabaixo (ULSD), 50 partes por milhão, que também começa a ser vendido aqui em determinadas capitais e será obrigatório em 2014 em todo o país.
Note-se que na tabela nada há sobre gasolina comum e gasolina aditivada. Mas no enorme país da América do Sul, lá estão, nos postos, a gasolina comum e a gasaolina aditivada. E a que preços!
Nos preços da tabela mostrada, muliplique por 0,45 para saber os preços em reais: vai tomar um susto de ver como estamos sendo explorados. A mais cara custa R$ 1,82 o litro..
A razão de as gasolinas serem aditivadas há tantos anos mundo afora? Manter os motores dentro das especificações originais por mais tempo, o que inclui os bicos injetores. Assim as emissões de gases nocivos serão as menores possíveis. Fácil e sensato, não? Por que não é assim aqui? Afinal, a gasolina premium e a Podium já são.
Cada vez mais acho que temos uma maldição energética...
BS