google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Divertida foto publicitária do Chevrolet Opala 1971, sem se preocupar com a imagem da marca, ou com o politicamente correto. Pudera, há 39 anos atrás essa expressão nem existia.

As coisas do marketing são realmente incríveis.

Imaginem hoje, aquela noiva do comercial do Classic 2011, sentada no capô com uma arma na mão!

JJ

É um momento e um sentimento especial, se aproximar de um supercarro.
Um bicho baixo e largo, com um estilo longe dos carros comuns. Com um preço bem alto, lá no céu. As portas abertas apontam também para o céu. Como num Spyker.

Nunca vi um de perto antes e isso não é tão estranho. São apenas uns 30 a 40 produzidos cada ano desde 2000.
Mas agora está na minha frente, um Spyker de verdade.
Em alguns ângulos que eu vi o carro antes, em fotos, achei-o um pouco estranho, mas agora ao vivo andando uma volta a pé em torno dele, melhor. Ainda tudo muito doido com cinco entradas de ar feitas de alumínio, ou melhor, sem cor, visto que o carro inteiro é de alumínio.
Agora, a chave está comigo. Estou brincando não. Não comprei, mas posso pegar emprestado por algumas horas.
Ah, a chave... chave não é. É um disco de alumínio com quatro botões e um vidro no outro lado, por onde pode se ver o transponder. A chave normal já está no carro, no porta luvas. Não se precisa operar e tirar toda vez, só se você quer ter uma segurança melhor.
Então, abre-se a porta apontando ela para o céu, e pensa-se um pouco como se faz para entrar nele.

Os tanques de gasolina ficam embaixo das portas. Bunda primeiro, sim, tem que ser assim. E depois entrar com as pernas, ok, funcionou bem.
A cabine não é muito grande, mas mesmo com 1,80 m não tive problema para achar uma posição boa. O banco é bem esportivo com um conforto aceitável, até bom. O ajuste da inclinação das costas é elétrico, porque não há espaço para um comando manual para fazer isso. O ajuste longitudinal é manual. O volante tem ajuste de ângulo apenas. A visão dos instrumentos é muito boa, só que a cor é branca, e os mostradores digitais e as marcações são feitas apenas para serem bonitas, e não para melhor visibilidade.
O estilo do painel em geral provoca risos e opiniões variadas de cada pessoa que o vê. Algumas pessoas acham o painel esquisito e feio. Outras acham o painel totalmente maravilhoso. De uma forma ou outra, em 2010 o Spyker deve ser o único carro do mundo com painel de alumínio com acabamento virolado, brilhante.
Mas agora quero escutar o V-8 lá atrás. Tem uma tecla principal no painel que se coloca para cima e em baixo dela um outro botão para apertar.
Agora !
O motor tem um som bastante grave, som de V-8 mesmo. Não como algo americano velho, mais como um Audi RS4 com escape aberto. Nada estranho, visto que o motor é realmente um Audi.
É um S4 com modificações da Spyker para se obter 400 cv. Pode ser que a minha cabeça esteja meio ruim, mas eu pensei na hora: “só” 400… ok, 400 não é pouco. Só que hoje, em 2010, existem muitos carros com mais de 500.
Conversando com algumas pessoas da Spyker, depois, dá para entender que daqui a algum tempo vão aparecer mais deles… Bom, agora, vamos pela estrada, porque afinal de contas com 400 dá para brincar bastante, sem problema.
Tem que fechar a porta primeiro e isso se faz melhor com o cotovelo. Parece estranho mas funciona bem.
A embreagem é um pouco dura mas sem problema para controlar ou usar rápido. Um motivo para isso é que o motor fica muito baixo e não tem espaço para uma embreagem com diâmetro normal, então Spyker utiliza outra com diâmetro menor, mas com três discos.
Agora estamos andando. Na cidade a visibilidade para frente e para cima sofre bastante com o adesivo “Spyker” no para-brisa. Seria melhor tirar esse treco. Ver os semáforos é difícil, sorte que o teto é de plástico transparente. Fora este problema de fácil solução, a visibilidade é boa para um carro tão esportivo. Dar marcha à ré e olhar para trás é algo factível, coisa que não consegui fazer no Pagani Zonda ou no Lamborghini Murciélago.

É melhor sair da cidade.
Na estrada o Spyker é um grande divertimento. A aceleração é forte. Trocar marchas é fácil, a alavanca de câmbio parece estranha, mas funciona bem. A direção e bastante direta e gostosa. O chassi é bem calibrado para dirigir rápido e de modo esportivo nas estradas, e é duro de suspensão, mas não tão duro de modo que qualquer coisa no asfalto bata forte.
Nas estradas com muitas curvas eu me divirto pacas, a única coisa que se pode perturbar um pouco é que tem um pouquinho de bump steer, mas só se a estrada não é plana. Fora isso o Spyker é divertimento puro, eu poderia andar assim o dia inteiro, muito bacana.

Se o carro é barulhento? É. Bastante. Acho que só andei em dois carros “normais” que fazem mais barulho. Acelerando forte num Koenigsegg é uma sinfonia de gritos e barulhos. E o V-10 de um Lamborghini Gallardo às vezes atinge freqências onde o ruído é meio desagradável e alto. Mas estou reclamando? Não. No Spyker vem barulho de toda parte, um pouco do vento, um pouco das rodas, e uma parte do motor, e nenhuma destas partes é muito mais alta de que a outra.
No painel, meio escondido, tem um botão para o som do motor. Andando na estrada com 100 km/h sem acelerar se escuta um pouco de barulho V-8 do motor. Aperte o botão e o motor fica quase de todo silencioso. O escapamento tem válvulas que direcionam os gases de escape, ao toque deste botão, para um silenciador maior. Mas eu andei o tempo todo com o botão no modo barulhento, porque o som é muito bonito.
Desta versão LM85 foram feitas 24 unidades. LM vem de Le Mans, 85 é o número do carro que Spyker tem na corrida, e 24 unidades porque a corrida tem 24 horas. Parece que ainda existem dois deles à venda.
As diferenças em relação a um Laviolette normal são principalmente cosméticas. A única diferença técnica é nos freios, o LM85 tem freios AP com pinças de seis pistões na frente. Nas estradas normais não se sente diferença, mas devem ser muito úteis para um dia numa pista.
Eu conversei com o pessoal da Spyker sobre a corrida de Le Mans. A equipe vem melhorando ano a ano, e em 2009 chegaram em vigésimo quinto lugar (com quatro Ferrari 430 na frente, cinco atrás).
Interessante foi a relação com a Audi na prova. Quando a Spyker disse para a Audi que ia correr em Le Mans, ela respondeu: “Com aquele motor? O nosso motor não é feito para competição! Por exemplo, o virabrequim não é plano, os cabeçotes tem 40 válvulas… não é para corrida.”
A Spyker ficou preocupada, porque na classe GT o carro tem que ser o homologado, derivado do de rua. A empresa então conversou com a FIA, a Ferrari, a Porsche, e no final teve permissão de mudar algumas coisas do motor. E é por isso que o carro para a pista grita, e o carro de rua tem um som mais grave: o de corrida tem virabrequim plano.

Depois de dirigir, fiquei pensando: Quem compra um Spyker?
Um Gallardo ou um 458 são mais baratos, tem mais potência, e apesar de não serem mais fáceis de usar todo dia, o Gallardo se pode usar até na neve sem problema.
Ok, o Spyker é mais caro, mas para alguém que tem o dinheiro parece que isso não importa tanto.
Sobre a potência menor, em qualquer estrada 400 cv são mais que suficientes, com 0-100 abaixo de 5 segundos e velocidade máxima de 300 km/h. O carro definitivamente não é nada de vagaroso, nada.
É só na pista tentando baixar os tempos, ou no bar contando histórias, que uns 500 e pouco seria bom ter.
Humm, então, um Spyker se compra porque você gosta do estilo ou você quer algo diferente e raro.
Nos bairros mais chiques, Gallardos são até comuns. É a conseqüência de produzir 1.000 por ano e não só 30. E, na verdade, as pessoas que compram um Spyker já têm ou já tiveram algum carro italiano deste tipo nas suas garagens.
De qualquer forma, o Spyker é um brinquedo divertido. Já estou com saudades das horas que passei com ele.
HJ

Se alguém quiser saber mais sobre o carro, veja em http://www.spykercars.nl/

Quando eu estava junto com o primo para fotografar um Jaguar XK120 seu dono nos disse que suas curvas eram comparáveis as de uma bela mulher. Na época eu gostei da comparação, mas hoje, falando com o primo ele me disse que fazer uma comparação assim é desmerecer as mulheres. Nada como um primo mais velho para nos guiar... concordei com ele. A natureza de ambos é totalmente diferente e se pensarmos bem, as reações físicas e emocionais da atração, mesmo que comparáveis, também são diferentes.

Mas o que me fez lembrar disso foi um comentário de um amigo dizendo que o Cesar Cielo comprou um Maserati Granturismo. Eu respondi que o nadador simplesmente comprou o carro mais bonito do mundo. Pelo menos da atualidade.

Está certo que a afirmação é forte, principalmente se tratando de uma questão tão subjetiva. Mesmo que essa afirmação não seja uma unanimidade eu duvido que alguém não ache o Granturismo ao menos muito interessante. Deve existir alguns estudos para tentar explicar porque achamos alguns carros bem mais bonitos que outros com explicações mais elaboradas e até científicas. Mas aqui eu vou simplesmente tentar resumir o que acho.

Proporções. Tudo começa com proporções bem resolvidas, ou seja, um equilíbrio de formas que não causa estranheza alguma. A frente é mais alongada e a traseira não muito curta com a queda do teto na medida certa e as quatro rodas, de tamanho apropriado, nas extremidades. Olhando pela lateral a frente representa 30% do comprimento, a cabine ocupa 60% e a traseira 10%. Acho que essas proporções são muito adequadas.

Agressividade. Mas com classe e não violência. Como um lindo e esguio felino a espreita aguardando o momento certo para sair correndo que nem louco atrás da presa. Os para-lamas musculosos parecem patas flexionadas prontas para o bote. Os faróis são olhos com sobrancelhas retesadas encarando a presa como se nada mais existisse no mundo. E a grade dianteira uma boca aberta apenas o suficiente para o ataque preciso. Isso nos hipnotiza como se fôssemos uma presa indefesa.

Suavidade e continuidade. Se deslizarmos a palma da mão da extremidade dianteira até a traseira não sentiremos nenhuma curva ou interrupção repentina, tanto pelo meio da carroceria quanto pelas laterais, sobre os para-lamas. Essa suavidade facilita o entendimento das linhas e faz bem ao olhar. É como observar uma onda perfeita quebrando, simplesmente nos dá prazer em ficar contemplando sem ter que pensar em nada.

Esprotividade com classe. O desenho é requintado, clássico, mas expressa ao mesmo tempo muita esportividade. Isso evita uma polarização em uma única direção. Os amantes de carros esportes se identificam e os mais comportados não se sentem desencorajados. É como um traje esporte-fino. Sentimos-nos bem à vontade por estarmos confortavelmente bem vestidos. E por isso até nos sentimos mais bonitos do que se estivesse de bermuda ou de terno.

Existem carros mais esportivos, com melhor desempenho, mais extremos, mais elegantes e muitas outras coisas mais. Mas poucos são tão equilibrados como o Granturismo. Mais belo do mundo ou não, ele me encanta. E isso sem falar nenhuma palavra a respeito do seu sistema nervoso e do seu sangue quente italiano...


Há coisas que não dá mesmo para entender. Esse carro que estou dirigindo é um Renault Symbol  Expression 1,6 8-válvulas, que custa R$ 38.840 mas já vem com ar condicionado, bolsas infláveis frontais, direção assistida hidráulica, travas elétricas e repetidoras dos indicadores de direção nas laterais, entre muitos outros itens. Um deles é fundamental, justamente o que a foto mostra.

Pois não é que a norma Normas de Segurança Federais para Veículos a Motor (FMVSS) 111 proíbe espelho convexo no lado do motorista? Não dá para acreditar.

Vê-se na totalidade dos carros europeus, região onde se dirige muito mais velozmente que nos EUA, espelhos esquerdos convexos. É segurança!

Na foto vejo totalmente a faixa imediatamente à minha esquerda e parte da adjacente a ela. Quer dizer, melhor impossível.

Hoje não consigo dirigir sem espelho esquerdo convexo. Se o carro não tem, dou um jeito de conseguir um, seja no fabricante de espelhos ou numa loja de acessórios.

Foi o caso de um Kadett que comprei em 1993, em tomei um baita susto devido a ponto cego na esquerda. Quase fui causador de acidente entre moto e carro. Simplesmente não vi o veículo de duas rodas na minha esquerda.

Alguém me recomendou a loja MD27, aqui perto de casa (av. Moema, 504, www.md27.com.br) e lá pegaram um espelho direito de C-14, cortaram-no e o aplicaram na carcaça do Kadett. Perfeito! Para os dois Celtas daqui de casa consegui no fabricante que fornece à GM.

Por isso, a recomendação para quem preza segurança: espelho esquerdo convexo sempre.

A repetidora salvadora

Na foto acima, do mesmo Symbol, a repetidora lateral do indicador de direção. Todo carro devia ter isso, sendo lamentável que vários fabricantes não as apliquem. Motivo? Economia. E porca. O que pode custar duas lanternas e uns metros de fio diante do preço de um automóvel?

A Resolução 227 Contran, de 9 de fevereiro de 2007,  vigente de desde 1° de janeiro do ano passado, estabelece diversas especificações importantes para os sistemas de iluminação, mas deixou facultativas as repetidoras. Uma lástima. Isso me lembra o tal do ponto facultativo de repartição pública...

Em tempo: considero o Renault Synbol uma das excelentes compras hoje. O carro é todo certo, ótimo de andar. Por mais R$ 1.280 têm-se o motor 16-válvulas de 115/110 cv etanol/gasolina, bem superior ao 8-válvulas de 95/92 cv em tudo. E com o Symbol pode-se viajar com tranquilidade pelos países vizinhos, pois seu motor Hi-Torque (8 válvulas) ou Hi-Flex (16V) foi previsto para funcionar com gasolina sem etanol.

BS
(Atualizado em 13.05.2010 às 20:40)