google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Hoje o assunto é engenharia civil.
Vou falar de um dispositivo muito simples, que é a boia da sua caixa d'água.
A boia da caixa d'água tem três componentes básicos:
Um flutuador, que se mantém na superfície da água;
Uma haste, na qual o flutuador está fixo;
Um registro, que controla o fluxo de água conforme a inclinação da haste.

A boia funciona de uma maneira simples.
O flutuador sente a altura do nível da água na caixa d'água, e movimenta a haste. Conforme a haste se move, ela altera a vazão de água através da atuação do registro.
Então no nosso sistema o flutuador é o sensor, o registro é o atuador e a diferença entre o nível atual e o nível de caixa cheia. é o erro.

"Estourei" a minha primeira caixa aos 20 anos de idade. Eu já tinha feito a proeza de estourar um diferencial aos 19 anos (deixei uma planetária de 11 dentes praticamente banguela), mas não uma caixa inteira.
Naquela época eu poderia muito bem mandar consertar o câmbio e deixar por isso mesmo, mas preferi comprar um novo, o que diminuiria o "tempo de internação" do carro na oficina e de quebra ainda deixaria nas minhas mãos uma caixa quebrada, para que eu pudesse desmontá-la e com isso aprender um pouco mais.
Procurei um especialista em câmbios e combinei que eu lhe daria o quebrado se ele me ensinasse como é que aquela coisa funcionava. Dito e feito, o cara me ensinou a desmontar a caixa e mostrou como é que funcionavam os pares de engrenagens, sincronizadores, garfos, a posição correta de montagem da coroa e pinhão do diferencial, entre outras informações preciosas.
Relembrei de todas as lições ao ver a apresentação da Efficient Dual Clutch Gearbox da Renault, que vocês podem conferir no link abaixo. É realmente muito legal e também ajuda a doutrinar os leigos com velhas lições: "seu carro é tão forte quando o ponto mais fraco de sua transmissão".
FB

De tudo o que vimos, vale comentar que:
- A prova em si foi ótima, bem disputada e interessante. Teria sido memorável, não fossem os problemas mencionados nos posts anteriores.
- Magistrais, as interpretações dos hinos nacionais americano e brasileiro pelo Ed Motta e Daniela Mercury, respectivamente. Dois grandes momentos!
- Muito boa a passagem dos dois F-5 da Força Aérea Brasileira; pena que o teto estivesse muito baixo no momento.
- Sabe-se que arranjar data é difícil, mas coincidir justamente com a F-1?
- A Indy 300 é um exemplo perfeito do "nadar um oceano e morrer na praia". Tudo que o aconteceu de errado era evitável. Daria bem pouco trabalho a mais. Por exemplo, andar com um carro de corrida no circuito, um F-3 ou um Stock Car, para avaliar as superfícies. O problema de aderência no trecho do sambódromo, e que gerou sozinho o maior problema, simplesmente não teria existido.
- A cena do leite sorvido no Tetra Pak foi mesmo lamentável, mas fazer o quê, se as coisas no Brasil acabam? O litrão de leite, de vidro, sumiu, como não existe mais cola na aba dos envelopes e nem o clássico mocassin -- quem quiser comprar um par, só na Argentina, Estadus Unidos e Europa.
- Como o MB comentou no post anterior, o evento foi bem estruturado; organizado e divulgado. Se se repetir nessa linha e mais cuidado for dado aos detalhes, está pronto o caminho para a prova do ano que vem ser um enorme sucesso em todos os sentidos e dar orgulho de sermos brasileiros.
E que tragam no Jumbo alguns litros de leite em embalagem de vidro, por favor!
BS
Algumas últimas considerações sobre a corrida, que foi uma total falta de respeito e consideração tanto para com o público, como para os pilotos e a imagem do Brasil-sil-sil como organizador de eventos automobilísticos.

- A reta do Sambódromo estava mais lisa e escorregadia que político tupiniquim, como já cansamos de falar aqui, então durante a noite lixaram a superfície para melhorar, e realmente melhorou. Só esqueceram de jogar uma aguinha para lavar a poeira, que na largada da corrida parecia uma nuvem.

- Quando choveu, a pista virou um rio. Só faltou o Tietê transbordar pra completar o serviço. Será que esqueceram que em São Paulo chove, e não proveram escoamento de água?

- As equipes de resgate estavam muito mal preparadas. Demoraram umas três semanas para retirar o carro do Mário Moraes de cima da cabeça do Marco Andretti, que poderia ter sido muito mais sério do que foi.

- Muitos carros ficaram parados no meio da pista, em pontos perigosos, sem que fossem devidamente recolhidos em tempo adequado. Os guindastes estavam muito mal localizados, por se tratar de um traçado de rua, sem áreas de escape e cercada quase que inteiramente por muros.

A organização se preocupou muito com o evento em si, que não podemos negar que foi bem estruturado, divulgado e organizado, mas esqueceram da parte mais simples, a pista. Novamente, parece que era mais importante o show que a corrida em si. 

MB